Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

terça-feira, novembro 30, 2010

Laudo pode apontar erro médico em hospital de BH

A família do engenheiro aposentado José Maria Batista, de 84 anos, aguarda com ansiedade o resultado do laudo de necropsia que apontará o motivo da morte do aposentado. No fim da última semana, familiares levantaram a suspeita de que José Maria pode ter sido vítima de um erro médico da equipe do Hospital Vila da Serra, localizado no bairro de mesmo nome, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ficou internado por 10 dias. De acordo com os parentes, um enfermeiro teria se enganado e injetado alimentação na veia no paciente, e não pela sonda, como deveria ter ocorrido. No domingo, o diretor-clínico do hospital, Márcio de Almeida Sales, informou que uma sindicância interna para apurar o episódio será concluída até terça-feira.
Para a família, a necropsia é o mais importante. “Temos que aguardar o resultado do laudo. Na próxima semana, vou discutir o assunto com meus irmãos. Entendemos que o momento mais apropriado para isso ainda está por vir”, disse Adriana Alvares Batista, de 45 anos, filha do aposentado. A família estuda a hipótese de acionar um advogado para acompanhar o caso e a investigação do 2º Distrito de Polícia Civil, de Nova Lima.
Na sexta-feira, um boletim de ocorrência foi registrado e o delegado Nilton de Fátima Miranda chegou a visitar o hospital investigado. O policial informou que o laudo é a principal peça de apuração do episódio. Funcionários da unidade de saúde também devem ser chamados a depor.
O corpo do engenheiro foi enterrado na tarde de sábado no Cemitério e Crematório Parque Renascer, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em cerimônia marcada pela revolta e emoção. José Maria foi internado com quadro de derrame cerebral e deveria receber alta nos próximos dias. Há cinco meses, ele só se alimentava por sonda ligada ao estômago. O procedimento era acompanhado por profissionais contratados pela família. Na manhã de sexta-feira, a suposta inversão das mangueiras usadas para alimentação e medicamentos teria sido testemunhada por uma das acompanhantes.
Segundo o diretor-clínico do Vila da Serra, Márcio de Almeida Sales, o hospital abriu sindicância para apurar o episódio. “Já chamamos enfermeiros e médicos para ouvi-los e verificar o que aconteceu. Vamos conferir os prontuários para chegar a uma conclusão até terça-feira”, disse Sales. Nos últimos dias, o hospital sustentou que o caso do paciente era considerado grave, por isso seria cedo para saber se a versão da família é a correta.
Segundo a assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina (CRM), casos como o da morte do aposentado podem ser investigados por meio de sindicância. Se houver indícios que comprovam a denúncia, é aberto processo ético-profissional. Se a família quiser que o caso seja acompanhado pelo Ministério Público, poderá acionar a Promotoria de Defesa da Saúde da comarca de Nova Lima. As secretarias municipal e estadual de Saúde afirmaram que só poderiam atuar no caso se o paciente tivesse sido atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, José Maria Batista utilizou convênio médico do Hospital.
Fonte:http://wwo.uai.com.br

segunda-feira, novembro 29, 2010

Falso médico é preso após indicar remédio errado em MG


Da Globominas*
Com registro do Ceará, ele trabalhava em hospital há mais de um ano.Segundo polícia, ele já havia sido investigado em Mato Grosso.

Um homem suspeito de trabalhar ilegalmente como médico está preso em Ipiaçu (MG). Ele estaria se passando por clínico-geral e foi detido na noite de segunda-feira (19), no momento em que fazia um atendimento.
A polícia chegou até ele depois de uma denúncia feita por um dos pacientes. O suspeito teria indicado um medicamento errado. Ele trabalhava no hospital há um ano e quatro meses e chegava a fazer até 50 consultas por dia. As receitas tinham o carimbo com um número do Conselho Regional de Medicina do Ceará. Segundo a direção, ele recebia R$ 12,8 mil de salário.
O secretário de Saúde de Ipiaçu, João Batista Souza, não quis comentar o caso. Apenas informou que o homem era prestador de serviço. Além do secretário, a diretora do hospital e uma chefe de enfermagem também foram ouvidos pela polícia, mas o conteúdo dos depoimentos não foi divulgado.
O médico correspondente ao CRM que era usado pelo suspeito informou à polícia que teve todos os documentos roubados quando trabalhava em um hospital cearense. Os dois já haviam trabalhado juntos.
Segundo a polícia, o homem detido já havia sido investigado pelo menos motivo. Ele também é suspeito de ter se passado por médico em 2008, em Mato Grosso.
*(Com informações da TV Panorama e do Megaminas.com)

domingo, novembro 28, 2010

Teste errado na rede pública faz grávida viver o drama da Aids

16/03/2009
A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto pode abrir uma sindicância para apurar se o médico que atendeu a gestante errou
Uma dona-de-casa do bairro Monte Alegre, de 26 anos, ficou 45 dias acreditando que era portadora do vírus HIV. Em janeiro do ano passado, Dulce (nome fictício) coletou sangue para fazer exames de acompanhamento de gravidez no Núcleo da Saúde e Família, no Sumarezinho, e, foi surpreendida com a notícia.
“Fiquei desesperada e entrei em pânico. Foram dias de terror. O médico disse para não me preocupar porque era só tomar o coquetel e que a doença não matava.”
Ao chegar em casa, a primeira reação que teve foi colocar o marido contra a parede. “Eu estou casada há 10 anos e perguntei com quem ele havia saído. Ele negou e eu disse que o meu exame deu Aids e que se alguém tinha feito algo de errado era ele. Fiquei dias chorando e com medo do meu bebê nascer com a doença.”
Em casa, o marido também sofria com a reação da esposa. Ela ficava o dia todo deitada, não comia e apenas chorava.
“Eu ia trabalhar empurrado porque só via minha mulher chorando e deitada na cama. Olhava para uma das minhas filhas que é magrinha e achava que ela também tinha a doença”, afirmou.
O médico do Núcleo de Saúde IV do Sumarezinho encaminhou a paciente para o Hospital das Clínicas campus, o único que tem condições de dar atendimento às grávidas soropositivas.
“No hospital fui colocada no grupo de apoio as pacientes e ao realizar os exames uma das moças que me atendeu teve contato com o meu sangue. Ai, fizeram novos exames e então descobriram que eu não tinha a doença.”
Mas o drama de Dulce não terminou com a boa notícia. A tensão provocou nela diabetes gestacional e ela continuou recebendo tratamento no campus da USP.
Dulce acredita que poderia ter superado o problema com mais rapidez se tivesse recebido orientação psicológica. Depois do nascimento do bebê, ela fez e pagou, com dificuldades, oito sessões de uma psicóloga. “Frequentar a psicóloga tem me ajudado muito, mas não tenho dinheiro para fazer o tratamento corretamente”, disse.Ela pretende processar a prefeitura por dano moral. “Ela teve prejuízos emocionais e a vida dela se transformou em um verdadeiro inferno”, afirmou o advogado Alexandre Durante.

sábado, novembro 27, 2010

Médico opera pé errado de paciente no Sul de Santa Catarina

O bacharel em Direito Gianfelippe Bastos Bianco, 28 anos, aguentou a dor por três anos até se submeter a uma cirurgia para reparar uma lesão no pé esquerdo. O problema foi ocasionado por uma entorse, após o jovem levar um tombo. Porém, logo após a cirurgia, em março, Gianfelippe descobriu que o médico operou o pé errado.
Segundo o estudante, o pé lesionado nem foi tocado pelo médico no centro cirúrgico. O rapaz é morador de Orleans, no Sul de Santa Catarina, mas procurou um especialista em Tubarão. Ele conta que tudo correu bem até terminar o procedimento.

Enquanto se recuperava no hospital, o médico o procurou. Durante a conversa foi certificar-se de que o pé a ser tratado era o direito, mas não teve a confirmação.

— Perguntei a ele se estava brincando. Tentei levantar meu pé esquerdo e consegui, vi que estava normal. Quando vi o direito levei um susto, ainda estava meio anestesiado. Vi que ele colocou as duas mãos na cabeça e saiu — descreve Gianfelippe.

Na semana passada, o jovem procurou uma clínica em Criciúma para se submeter a um exame de ressonância magnética. A intenção é descobrir quais as consequências da cirurgia feita no pé direito. O médico teria dito ao paciente que fez uma limpeza na articulação do tornozelo. E se desculpou pelo erro.

— Todos os exames foram pagos por minha família, não fiz nada por plano de saúde ou SUS. Mas após o erro, o médico preferiu me isentar dos custos da cirurgia e propôs fazer a cirurgia correta no pé esquerdo. Não aceitei — afirma.


Recuperação


A última conversa que Gianfelippe teve com o médico foi dia 18 de março, para tirar os pontos da cirurgia. Ele teria dito ao paciente de que não seria necessário fazer fisioterapia e que a recuperação é rápida.

— Pelo calendário está sendo rápida, estou começando a largar as muletas. Mas para mim é uma eternidade — lamenta Gianfelippe, que nos últimos dias tem como atividades internet e televisão, em vez dos compromissos no escritório de advocacia do pai.

A sua família preferiu preservar o nome do médico. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (Cremesc), José Francisco Bernardes, afirma que só vai se manifestar quando houver denúncia formalizada ou se alguma notícia chegar ao conhecimento do Cremesc através da imprensa e for analisada por um núcleo preparado para isso.


O que diz o médico


O médico ortopedista que fez a cirurgia preferiu não ser identificado. Admitiu o erro e explicou que houve um equívoco de posicionamento do paciente na maca, o que o induziu ao erro.

Em vez de estar com lado esquerdo do corpo voltado para baixo para melhor absorção da anestesia, Gianfelippe estava com este lado do corpo virado para cima. Conforme o médico, quando ele entrou no centro cirúrgico, Gianfelippe estava preparado e anestesiado para a cirurgia.

O ortopedista ressalta que olhou os exames e o prontuário do paciente antes do procedimento de que o pé a ser operado era o esquerdo. Mas em razão do posicionamento, "foi automático" no pé que estava virado.

O médico alega que encontrou uma pequena inflamação no tornozelo direito, o que acredita ajudado a não perceber o erro no momento da cirurgia. E que só se deu conta que teria errado quando preencheu a descrição da cirurgia no prontuário, ao final do atendimento.


DIÁRIO CATARINENSE
O pé esquerdo deveria ter sido operado, mas foi o direito
Foto:Maurício Vieira


sexta-feira, novembro 26, 2010

Médico acusado de estuprar pacientes pega 278 anos de prisão

Da redação.
O médico Roger Abdelmassih, dono uma clínica de fertilização em São Paulo, foi condenado a 278 anos de prisão na terça-feira, dia 23, acusado de estuprar e cometer atentado violento ao pudor contra no mínimo 37 mulheres.
O número elevado de vítimas de crime sexual – que faziam o tratamento em sua clínica, para engravidar – levou a juíza Kenarik Boujikian Felippe a determinar a pena de 278 anos em regime fechado. É um processo inédito na história da Justiça brasileira.
Na sentença de quase 200 páginas, a juíza definiu como “gigantesco” o drama pelo qual as vítimas passaram e considerou “absolutamente aceitável que somente se sentissem encorajadas quando viram que não eram casos isolados, quando souberam que o réu fez o mesmo ou parecido com outras mulheres”.
“Foram anos de batalha e é uma sensação muito forte de que vale a pena lutar. Que lutando e com perseverança, você consegue derrubar até quem tem muito dinheiro e muitos amigos”, desabafa uma das vítimas.
Essa decisão é em primeira instância e graças a um habeas corpus, concedido pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o médico Abdelmassih poderá continuar em liberdade para recorrer dessa sentença.
O Ministério Público vai recorrer. Os promotores querem uma pena maior e que seja cumprida em regime fechado.
Informações de Bom Dia Brasil e O Globo
FOTO: reprodução / depurar.net

quinta-feira, novembro 25, 2010

13 horas de vídeo mostram medico pediatra abusando de 102 meninas e um menino

Certamente este é o maior e mais rumoroso caso de abuso sexual contra menores da crônica policial norte-americana. Contra o pedriatra Earl Bradley, do Estado de Delaware, pesam nada menos do 471 acusações de ter molestado 102 garotas e um menino durante décadas. Sua vítima mais nova tinha 3 meses e a mais velha, 13 anos.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Médicos acusados de matar pacientes para tirar rins vão a júri

Uma enfermeira de 56 anos se emociona até hoje do que testemunhou em 1986 em um hospital de Taubaté (SP). “Falaram que o rapaz tinha sido atropelado. Quando foi trazido para o centro cirúrgico, ele estava com a cabeça toda enfaixada. Pensei que fosse uma cirurgia de crânio e, no fim, foi tão estranho: tiraram os seus dois rins, que foram colocados em uma caixa de plástico. O paciente ainda estava vivo e se debatia muito porque a anestesia não pegou. Aí ele [Pedro Henrique Torrecillas] pegou... Ah, meu pai. Ele pegou um bisturi e deu um pique, um pique praticamente no meio do peito. O paciente parou de se mexer, nós levamos ele para a UTI. E aí encerrou.” O nefrologista Pedro Henrique Masjuan Torrecillas é um dos médicos que serão submetidos a um júri popular em 2011, provavelmente no primeiro semestre, sob a acusação do Ministério Público de tirar órgãos de pacientes ainda vivos para vendê-los a clínicas particulares de São Paulo. Os outros médicos são os neurocirurgiões Mariano Fiores Júnior (foto) e Antônio Aurélio de Carvalho Monteiro e o urologista Rui Noronha Sacramento (foto). Todos afirmam que são inocentes, e a seu favor têm a absolvição em 1988 do CRM (Conselho Regional de Medicina) de São Paulo da acusação de tráfico de órgãos e de eutanásia. Absolvição confirmada em 1988 pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Garantem que os pacientes estavam em morte encefálica quando houve a retirada dos órgãos e que a documentação apreendida pela polícia foi manipulada. O diagnóstico das mortes foi assinado por Fiore Júnior. A polícia precisou de dez anos, até 1996, para encerrar as investigações por causa das dificuldades em obter provas e dos seguidos recursos – todos negados pela Justiça -- impetrados pelos médicos para o arquivamento do caso.
Mesmo assim, o delegado Roberto Martins de Barros, 66, que responsável pelo inquérito, não conseguiu provar ter havido um esquema de tráfico de órgãos, mas ele garante existir provas de que os médicos cometeram homicídio doloso (intenção de matar) de José Miguel da Silva, Alex da Silva, Irani Gobo e José Faria Carneiro. Os pacientes tiveram órgãos retirados quando ainda estavam vivos, em coma, mas atividade cerebral, de acordo com laudo do IML (Instituto Médico-Legal).
O médico Rossevelt Kalume, 63, é a principal testemunha de acusação. Foi ele quem denunciou ao CRM que estava havendo algo de estranho com médicos da Faculdade de Medicina de Taubaté que atuavam no Hospital Santa Isabel de Clínicas, hoje extinto. Esses médicos participavam de um suposto convênio entre a faculdade de medicina e o Hospital das Clínicas de São Paulo para a retirada de órgãos de pacientes mortos no Santa Isabel. Mas Kalume era o diretor da faculdade e sabia que nunca existiu tal convênio. Para aonde então estariam indo os órgãos retirados por aqueles médicos que administrativamente estavam sob o seu comando? Depois Kalume ficou sabendo que os “mortos” não estão tão mortos assim. "Os pacientes ainda tinham fluxo cerebral." A equipe médica, segundo ele, falsificava diagnóstico de morte encefálica para que a família dos pacientes autorizasse a retirada dos rins e de outros órgãos. Na época, os jornais chamaram as denúncias de "caso Kalume". Em 2003, o caso foi apresentado a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) de tráfico de órgãos. Na CPI, Kalume contou que os médicos se valeram até mesmo de um médium que procurou a família de um paciente para dizer que acabara de ter contato com o espírito do morto e que ele tinha dado a permissão para a retirada dos órgãos. A família que recebeu o "aconselhamento" do médium está entre as testemunhas. Acusação de Kalume e depoimento de uma enfermeira.
Fonte:http://e-paulopes.blogspot.com/2010/09/medicos-acusados-de-matar-pacientes.html

terça-feira, novembro 23, 2010

Médicos vão a Júri por retirada de órgãos de pacientes

Após 23 anos, quatro médicos acusados de matar quatro pacientes em Taubaté, no interior de São Paulo, como parte de um suposto esquema de tráfico de órgãos humanos deverão ser julgados em 2011. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, o Júri popular poderá ocorrer no primeiro semestre do próximo ano, no Fórum Central da cidade. A reportagem é do portal G1.
A demora para o julgamento se deu por conta da investigação policial, que levou mais de dez anos para ser concluída, além do fato de os réus estarem em liberdade e as defesas deles terem entrado com diversos recursos na tentativa de anular o processo. Segundo o TJ-SP, no entanto, os pedidos foram negados e já não cabem mais recursos.
As mortes ocorreram em 1986. Uma equipe médica da Faculdade de Medicina de Taubaté que usava o extinto Hospital Santa Isabel de Clínicas (Hosic), é suspeita dos crimes. Atualmente, no local funciona o Hospital Regional de Taubaté. Como hoje, na época a instituição era popular, mas atendia convênios médicos particulares. O fato, porém, só se tornou público no ano seguinte após revelação feita pelo médico Roosevelt Kalume, então diretor da mesma faculdade. Ele havia procurado o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) em 1987 para informar que um programa ilegal de retirada de rins de cadáveres para doação e transplantes acontecia sem o seu conhecimento e aval.
Procurado pelo G1, o Cremesp informou, por meio de sua Assessoria de Imprensa, que o caso foi decidido em recurso pelo Conselho Federal de Medicina em Brasília (CFM-DF). A assessoria do conselho não se pronunciou até quarta-feira (22/9). Documentos obtidos pela reportagem mostram que os quatro médicos réus foram absolvidos das acusações de tráfico de órgãos e eutanásia nos procedimentos administrativos e éticos do Cremesp, em 1988, e do CFM, em 1993.
Apesar da decisão daquela época, Kalume não se calou. O programa de transplantes era tido como parte de um suposto convênio entre a faculdade de medicina da Universidade de Taubaté (Unitau) e o Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Mas, segundo o então diretor, esse acordo jamais existiu. “Eu era o diretor da faculdade e esse programa [de transplantes] era feito por médicos subordinados administrativamente a mim e eu não sabia do programa e quando eu tomei conhecimento eu fiquei com medo”, diz Kalume, que está com 63 anos.
Procurada nesta semana, a Universidade de Taubaté informou que “não se pronunciará sobre esse assunto”. A Assessoria de Imprensa da superintendência do HC da USP não respondeu aos questionamentos da reportagem feitos por e-mail e telefone.
Plano espiritualVoltando aos anos 80, Kalume também tinha dito que a equipe médica envolvida falsificava diagnósticos de morte encefálica para convencer as famílias dos pacientes a autorizar a retirada dos órgãos. Em alguns casos, continua o denunciante, uma espécie de médium foi apresentado pelos médicos aos parentes para dizer que havia entrado em contato com o morto no plano espiritual e ele havia pedido para os familiares autorizarem a retirada de seus rins. “Era um programa de retirada de órgãos de pacientes comatosos [em estado de coma] para mandar para clínicas particulares de São Paulo”, diz Kalume.
Mas, segundo Kalume, o fato mais grave nessa história toda é que os pacientes estavam vivos, e não mortos. “Os pacientes tinham os órgãos retirados, mas eles tinham fluxo cerebral. Eles não estavam enquadrados no conceito de morte cerebral ou no conceito de cadáver. Radiografias revelaram que havia atividade cerebral”, diz o médico. “Em outras palavras, eles morreram porque tiveram esses órgãos retirados.”
Segundo o CFM, morte encefálica e morte cerebral são sinônimos. Apesar de os anos 80 não terem tido uma legislação específica para transplantes de rins no país, o recomendado era seguir as normas da Associação Médica Mundial. Ela determinava a retirada de órgãos de pacientes com morte encefálica (sem atividade cerebral e sem respiração natural).
“O meu interesse maior, pessoal, é o mesmo que eu tinha há 24 anos. Pode? Pode fazer o que foi feito aqui em Taubaté? Mesmo dentro da legislação atual, mesmo dentro da legislação vigente. Mesmo dentro das determinações do Código de Ética, que já foram modificadas, depois desse episódio. Essa resposta quem vai dar é a Justiça. Se a Justiça achar que pode, então ela vai consagrar que pode tirar órgãos de pacientes sem estar em morte cerebral”, diz Kalume, que, por conta das acusações, foi afastado do cargo de diretor da faculdade na época. Atualmente, trabalha como cirurgião de tórax no Hospital Geral de Taubaté.
Na época, o assunto ficou conhecido nacionalmente e a imprensa o tratou como caso Kalume, em referência ao sobrenome do denunciante. O escândalo culminou com a abertura de inquérito policial em 1987 e até virou alvo em 2003 da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava a atuação de organizações criminosas atuantes no tráfico de órgãos no Brasil. Um dos depoimentos mais marcantes em Brasília foi o de uma enfermeira que contou ter visto um paciente ter os órgãos retirados enquanto se debatia na mesa de cirurgia. A mulher também disse que um médico pegou o bisturi, enfiou no peito do homem e ele morreu.
“Lembro que eles avisaram que ia entrar uma cirurgia. De urgência. Eu trabalhava no centro cirúrgico. E a gente preparou a sala. Eu e uma outra amiga. Falaram que era um rapaz que tinha sido atropelado. Quando entrou o paciente, ele estava com a cabeça toda enfaixada. Eu até pensei que fosse uma cirurgia de crânio. Aquela correria de uma cirurgia quando vai começar e o paciente muito agitado. Ele não parava de se debater. O paciente superagitado. Eu pensava que fosse uma cirurgia de crânio e, no fim, foi tão estranho, eles fizeram uma cirurgia... Tiraram os dois rins do paciente e logo já mandaram a minha colega de sala, pegar uma caixa assim de plástico, uma espécie de reservatório, uma caixa reserva para transportar", contou ao G1.
"Ele colocou os dois rins ali dentro, muito bravo. E saiu com os dois rins, mas o paciente ainda continuava vivo. O paciente se debatia muito porque a anestesia que ele tomou não pegou. Aí ele [o médico Pedro Henrique Torrecillas] pegou... Ah, meu pai. Ele pegou um bisturi e deu um pique, um pique praticamente no meio do peito. O paciente parou de se mexer, nós levamos ele para a UTI. E aí encerrou. Nós ficamos só no comentário depois”, disse a ex-enfermeira, de 56 anos.
Além disso, o caso em Taubaté ajudou na discussão a respeito da elaboração da atual lei que trata sobre a regulamentação dos transplantes de órgãos no país até hoje. Segundo o CFM, a lei é a 9.434, de 1997. Em 1993, Kalume chegou a publicar um livro sobre o caso. Para narrar os fatos, ele usou nomes diferentes dos personagens da vida real. “Transplante”, no entanto, deixou de ser publicado. Apesar disso, a obra também faz parte do processo contra os médicos.
Já em 1996, após quase dez anos de investigação, a Polícia Civil de Taubaté concluiu o inquérito que responsabilizou quatro médicos pelas mortes de quatro pacientes. Apesar de o Cremesp e o CFM absolverem os quatro médicos das acusações, a polícia afirmou que o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) atestava que os pacientes estavam vivos quando tiveram os órgãos retirados. A retirada de órgãos para transplantes foi apontada como motivação do crime. Apesar disso, a suspeita de tráfico envolvendo comércio ilegal de rins jamais foi comprovada. Quanto ao destino dos órgãos, é incerto até hoje.
“Tratava-se de um caso extremamente complexo que ia demandar um longo tempo, o que de fato ocorreu. Esse inquérito tramitou durante dez anos. Eu tive que procurar as provas subjetivas, ou seja, as provas testemunhais, e também as provas periciais. Então tive que contar com o Instituto Médico-Legal [IML] de São Paulo, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Nós tentamos, no inquérito policial, verificar se houve comércio desses órgãos. Não foi possível a gente determinar isso daí. Mas concluímos que houve homicídio doloso, ou seja, homicídio intencional. Eles assumiram o risco de produzir o resultado. Logicamente se eu retirar os seus dois rins, eu estou assumindo um risco de determinar sua morte”, disse o delegado Roberto Martins de Barros, de 66 anos, delegado titular do 1º Distrito Policial de Taubaté, em 1987, e atualmente titular da delegacia do idoso em São José dos Campos.
Segundo o delegado, caso sejam condenados, os médicos poderão pegar penas de 6 a 20 anos de reclusão.
Mesmo sem a confirmação do destino dos órgãos retirados dos pacientes em Taubaté, o Ministério Público denunciou em 1996 os neurocirurgiões Mariano Fiore Júnior e Aurélio de Carvalho Monteiro, o nefrologista Pedro Henrique Masjuan Torrecillas e o urulogista Rui Noronha Sacramento por homicídio doloso dos pacientes José Miguel da Silva, Alex da Silva, Irani Gobo e José Faria Carneiro.
Depois, a Justiça pronunciou os acusados que passaram a ser réus no processo. Todos sempre alegaram inocência e disseram que exames de arteriografia comprovaram que os pacientes estavam clinicamente mortos, em coma irreversível ou morte encefálica.
AcusaçãoEm entrevista ao G1, o promotor Luiz Marcelo Negrini disse que os médicos assumiram o risco de matar os quatro pacientes que haviam dado entrada no Pronto-Socorro do antigo Hospital Santa Isabel com suspeita de traumatismo craniano. Além disso, afirmou, a equipe praticou desvio de conduta ética e moral.
Para conseguir a autorização da família de um paciente para doação de rins, a equipe médica se utilizou de um método pouco ortodoxo, segundo o promotor. “Parentes de uma vítima relataram que uma médium, uma espírita, havia entrado em contato com aquela pessoa que havia acabado de morrer. E o morto teria dito para ela no plano espiritual que a família deveria autorizar a doação de seus órgãos. Pode parecer absurdo, mas isso foi feito. A família autorizou a doação”, afirmou o promotor.
De acordo com Negrini, a convicção da Promotoria de que os médicos cometeram assassinatos é amparada pela denúncia de Kalume, depoimentos de familiares das vítimas e enfermeiros, além de provas técnicas.
“Era constatada essa morte cerebral e imediatamente era feito contato com os familiares das vítimas, comunicando aquela situação e pedindo autorização para que tivessem os órgãos transplantados ou retirados para um futuro transplante. Os familiares, certamente chocados com a notícia da morte do seu familiar, concordavam. Esses órgãos eram retirados e encaminhados para São Paulo. Só que posteriormente ficou comprovado que muitas dessas vítimas não apresentavam esse estado de morte cerebral. Então, elas ainda apresentavam atividade cerebral”, afirmou o promotor Negrini.
Segundo ele, a atividade cerebral pôde ser verificada por meio das radiografias dos pacientes. O promotor também rebateu a versão da defesa dos réus de que o Cremesp e o CFM absolveram os médicos.
“Em exames que foram recolhidos e fazem parte do processo consta que essas vítimas ainda apresentavam atividade cerebral. São arteriografias, exames semelhantes que mostravam que essas vítimas ainda apresentavam atividade cerebral. Nem sempre o que o Cremesp e o que o CFM decidem é levado em conta na acusação. O promotor e o juiz não são médicos. Os laudos que temos são de peritos médicos do IML.”
A respeito do suposto médium que procurava as famílias dos pacientes para pedir a autorização da doação de órgãos, Negrini afirmou que ouviu isso de familiares. “Mas nada foi comprovado posteriormente.”
Outro ladoO G1 procurou os quatro médicos réus no processo de homicídio contra os quatro pacientes para comentar as acusações. Todos se defenderam, seja pessoalmente ou por meio de seus advogados. Disseram que havia um programa de transplante, sim, mas que os rins eram retirados de pacientes com morte encefálica e mediante autorização das famílias deles. Alegaram ainda serem inocentes dos crimes. Disseram que o Conselho Regional de Medicina os considerou inocentes das acusações e que tiveram prejuízos na carreira profissional e na vida pessoal por conta do que chamaram de acusações mentirosas.
“Ficou comprovado que [os pacientes] estavam em morte encefálica. Estavam mortos. Se os indivíduos estavam mortos, não tem como eu ser acusado de uma coisa, se eles estavam mortos. O que eu fiz...a minha participação foi no diagnóstico da morte encefálica”, disse o neurocirurgião Mariano Fiore Júnior, de 62 anos.
A respeito do julgamento, Fiore Júnior disse que aguarda somente ser absolvido pelos jurados. “Eu espero ser considerado inocente, né? Já que eu fui envolvido numa situação na qual eu não acho justa porque eu só fiz o diagnóstico da morte encefálica. Não participei de retirada de órgãos, não sei fazer isso, não entrei no centro cirúrgico, não tive contato com enfermagem de centro cirúrgico, não sei de nada disso. Isso daí foi a equipe de doação. A minha função era fazer o diagnóstico. Minha função como plantonista era fazer o diagnóstico da morte encefálica. E escrever e dizer para o médico intensivista: ‘está em morte encefálica’. Ele ou alguém do hospital comunicava a equipe de captação de órgãos que fazia... Eu não fazia parte da equipe de captação de órgãos. Desconheço a razão dessa acusação de envolvimento na morte encefálica porque eu não fiz... Eu só fiz o diagnóstico da morte encefálica”, afirmou.
O urologista Rui Noronha Sacramento, de 60 anos, também rebateu as acusações do Ministério Público. “Em primeiro lugar, é uma mentira a acusação. Em segundo, eu há 36 anos sou médico para cuidar da vida das pessoas e para melhorar a vida delas. Nunca agi contra a vida em nenhum momento da minha carreira. Na equipe que há vinte e tantos anos, na cidade de Taubaté, realizou retiradas de rim, nefrectomias de cadáver para transplante renal, e que realizou transplante renal na cidade de Taubaté e em outras cidades lá, eu era o cirurgião responsável pela retirada do órgão e pela colocação nos outros pacientes que precisavam do transplante. Nunca foi feita retirada de órgão de paciente que tivesse o menor sinal de vida”, disse.
O advogado João Romeu Correa Goffi, que defende Rui Sacramento, o nefrologista Pedro Henrique Masjuan Torrecillas e o neurocirurgião Aurélio de Carvalho Monteiro, também afirmou que seus clientes são inocentes das acusações.
“Esses rapazes [médicos] estão sendo injustiçados, profundamente injustiçados. Quando foram feitas as retiradas dos rins, não estavam somente eles, equipe de transplante, presentes na sala. Havia estudantes de medicina, anestesistas, havia um grande corpo clínico, pessoas que se interessavam em conhecer o procedimento. Então, como num contexto desse pode ter havido algo tão grotesco? Eles disseram que pelo que foi apresentado a eles, não dava para afirmar que os pacientes estavam mortos. Só que nós alegamos que houve manipulação de documentos. Havia um convênio entre a equipe daqui e a polícia para fazer esse serviço. E depois com o Exército. A aeronave do Exército fazia o transporte desses órgãos para São Paulo. Era uma coisa totalmente pública”, disse o advogado Correa Goffi.
O G1 entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal em São Paulo e com o Exército, com sede na capital paulista, para comentar o assunto.
O departamento de comunicação da Polícia Rodoviária Federal disse desconhecer o transporte de órgãos humanos nos anos 80.
“Não é uma prática comum, corriqueira. Nem o transporte nem a escolta para o transporte. Se existir uma eventual solicitação, essa solicitação tem de ser devidamente documentada e oficiada. A polícia informa ainda que desconhece transporte de órgãos na década de 80. Os policiais têm treinamento de resgate, primeiros-socorros, e não transporte de um órgão humano. Nenhum policial rodoviário está autorizado a transportar órgãos”, informou o departamento de comunicação.
O Exército divulgou nota na qual nega que tenha auxiliado no transporte de órgãos de Taubaté a São Paulo. “Considerando que o primeiro voo com origem na Base Aérea de Taubaté ocorreu em abril de 1989, a Força não possui registros anteriores a esta data”, informou a nota.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Moradores reivindicam manutenção em Posto de Saúde na Enseada

A unidade de Saúde da Enseada de Brito foi reformada e ampliada no fim do ano passado. Porém, as manchas causadas pelas infiltrações, rachaduras nas paredes e a quantidade de mofo em algumas salas preocupa os usuários que buscam atendimento médico no local. A preocupação aumenta para quem vai ao posto para trocar curativos ou retirar pontos de procedimentos cirúrgicos.
O técnico de informática Cercino Magalhães fez uma cirurgia em um hospital e precisou ser acompanhado de perto pelo Posto da Enseada. Segundo ele, diariamente ia até a unidade para refazer curativos. Depois acabou retirando os pontos da cirurgia na unidade de Saúde. O morador confessa que ficou com medo de contrair uma infecção na cirurgia devido à quantidade de mofo e à aparência insalubre que as infiltrações causam nas paredes. “Não dá para entender como uma obra com menos de um ano pode ficar neste estado”, comenta. Segundo ele, as manchas e o mofo das paredes não condizem com um ambiente que lida com a saúde da população: “a Secretaria precisa tomar medidas urgentes”, opina o morador.
Depois da reforma a Unidade de Saúde da Enseada se transformou em um dos pontos de referência para a atual administração. Durante a inauguração autoridades estaduais e municipais elogiaram a obra e parabenizaram a comunidade pela qualidade de atendimento que o posto iria proporcionar. O que na opinião da auxiliar de serviços gerais e moradora da comunidade Maria Bernadete “foi tudo fachada”. Ela afirma que “o Posto só ficou bonito por fora”. Segundo ela, além da falta de vários profissionais, como dentista, por exemplo, “as paredes mofadas e rachadas revelam o descaso com que a administração trata a saúde na Cidade”, reclama. Para Maria, uma obra inaugurada há menos de uma não poderia apresentar “problemas desta natureza em tão pouco tempo”, denuncia.
Texto: José Bulin

domingo, novembro 21, 2010

População de Campinas sofre com problemas em postos de saúde

No bairro Pq. Oziel a situação do posto de saúde é crítica. O local não tem capacidade para atender os 28 mil moradores dos três bairros da região. No Jardim Rosália, o posto é improvisado em uma casa. Já nos bairros Jd. São Bernardo e Itatinga, os postos não estão prontos.
A causa desses problemas, segundo a prefeitura, é a falência da empreiteira que era responsável pelas obras. A administração municipal ainda promete resolver a questão de falta de médicos.

Fonte:
http://www.tvb.com.br

sábado, novembro 20, 2010

Posto de saúde em Cidade da Esperança enfrenta problemas no atendimento

Quem precisa de atendimento, ou fazer exames, volta pra casa decepcionado Dona creusa caiu perto de casa. Veio ao Centro de Saúde da Cidade da Esperança para fazer um curativo na perna e cuidar do braço dolorido, mas...- Não faz o curativo, não tem o remédio para a pessoa dizer assim:Passe aí em cima.Vai fazer o que?Vai passar o que? Água - critica a aposentada Creusa Figueiredo.Já dona Francisca veio marcar exames de sangue.E teve uma noticia nada boa.- Foi carregada até as máquinas – constata Francisca Cândido de Souza,doméstica.Nós tivemos acesso ao laboratório do centro. No local, encontramos funcionários que não quiseram gravar entrevista, mas que se dizem ociosos, ja que os exames não sao mais realizados.Naquela bancada vazia ficavam os aparelhos de exame de sangue e glicose.O centro era referência nesse tipo de exame e atendia a mais 7 comunidades. Mas as máquinas, de uma empresa terceirizada, foram retiradas por falta de pagamento.Pouco depois, fomos procurados pelo diretor do centro.Ele também não quis gravar entrevista, mas nos disse que as máquinas não estão mais lá por que o contrato com a empresa terminou ha 30 dias.Um novo está sendo providenciado.O centro de saúde de cidade da esperança ja foi mostrado mais de uma vez por nossos telejornais. Entre os motivos: problemas na estrutura e até baratas na cozinha. Hoje, os insetos sumiram.A cozinha foi dedetizada e reformada. Mas os problemas estruturais continuam. Banheiros quebrados, infiltrações, fossa estourada...e a questão da privatização dos serviços, que motivou um protesto por parte de moradores e sindicalistas, em frente ao local.- A gente espera que o tribunal de justiça do nosso estado, dê ganho de causa a ação do ministério público contra essa ação danosa, que é repassar para a iniciativa privada o nosso patrimônio público que foi construído a duras penas pela população brasileira, que é o sistema único de saúde.Para atender a toda população do Brasil - analisa Soraia Godeiro presidente Sinsenat.NotaA assessoria de comunicação da secretaria de saúde de Natal, informou, que já está em processo de licitação, a contratação de uma nova empresa de máquinas para fazer exames.Quanto aos problemas de estrutura, o setor de engenharia está fazendo um levantamento para iniciar a reforma ainda este mês.Quanto a contratação de administração terceirizada, segundo a assessoria, é um modelo que tem como objetivo a melhoria no serviço prestado, mas não é a privatização das unidades de saúde.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Problemas em postos de saúde

Falta de médicos e infra-estrura prejudicam atendimento
19/04/10
Além da falta de médicos nos postos de saúde em Fortaleza, a infra-estrutura desses postos também prejudicam o atendimento dos pacientes.
Quatro dias sem água e esgoto interditado. O problema no posto de saúde Paulo Marcelo, no centro da cidade, começou na cozinha e ameaça fazer parar os atendimentos nos consultórios.
Apesar da falta de infra-estrutura, a vacinação não parou. Pelo menos mil pessoas são atendidas por dia e, segundo a diretora, o conserto já começou a ser feito. A situação do posto de saúde Evandro Ayres de Moura, no conjunto Palmeira, é ainda pior. Há dois meses o posto está sem água encanada, bancos e com muitas paredes quebradas.
Sem condições de funcionamento, um dos consultórios foi interditado. Apenas quem chega com urgência é consultado. Foram suspensas: vacinações, exames, aerosol e atendimentos odontológicos.
Na recepção do posto encontramos pacientes nas filas. Parece que o posto funciona normalmente, mas a fila é para marcação de consultas e o tempo mínimo de espera é de sete dias. Muitos pacientes acabam voltando para casa, doentes e sem atendimento médico.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Médico e secretária brigam dentro de posto de Saúde

Uma briga que começou dentro de um consultório do posto médico Saúde da Família do Jardim Irene II, em Santo André, foi parar na delegacia na tarde de ontem. Uma secretária de 24 anos e um clínico geral de 61 trocaram socos e pontapés no posto de Saúde, segundo informou a Polícia Militar.
No 6º DP da cidade, o médico contou que a jovem buscava o atendimento de um especialista e que o encaminhamento foi realizado. Porém, a jovem não se conformou e passou a agredi-lo. Ele disse ainda que a secretária sempre passa na unidade atrás de atendimento especializado, que não é realizado no local.
A Prefeitura de Santo André reforçou a versão do médico e informou que a secretária tem diagnóstico de diabetes e foi encaminhada para o Pronto-Atendimento da Vila Luzita, para se consultar com um endocrinologista.
A jovem disse à polícia que quem começou a briga foi o médico. Ela teria pedido medicamentos no consultório, e o clínico geral a mandou buscar na Vila Luzita. Depois, ele teria empurrado a jovem e começado as agressões, segundo a versão da moça.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Paciente morre após briga entre médicos por atraso da ambulância

Redação CORREIO
A irmã do paciente se desesperou ao ver a briga dos médicos. O irmão estava deitado na maca à espera de socorro quando a confusão começou.
“Do nada eles começaram a se agredir, foi uma briga feia que meu marido precisou entrar lá dentro”, conta Márcia Ferreira da Silva, irmã da vítima
“Eu fui correndo pra dentro e perguntei o que estava acontecendo. Eu disse pra eles: ‘um rapaz em cima de uma maca precisando de ajuda e vocês brigando’”, diz Dorival Dias da Silva, cunhado da vítima.
A discussão foi em frente a um posto de saúde para onde o paciente de 51 anos foi trazido com fortes dores no peito. Ele precisava ser transferido para um hospital e a ambulância do serviço de urgência foi chamada, mas levou uma hora e meia pra chegar ao local.
A briga entre os médicos foi por causa dessa demora. O vendedor Carlos Ferreira da Silva sofreu uma parada cardíaca e morreu ainda no posto de saúde.
“Fica a nossa indignação, agente não aceita. Meu pai entrou andando, respirando, consciente, pedindo para não deixá-lo lá e ele acabou saindo de lá morto”, diz Melissa Medeiros da Silva, filha da vítima.
O médico da ambulância, Rodrigo Tadeu Silvestre foi demitido por justa causa. “É inadmissível um funcionário agredir fisicamente outro, no decorrer do trabalho”, afirma José Victor Maniglia, secretário municipal de saúde de São José do Rio Preto – SP.
O médico do posto de saúde também foi punido. João Carlos de Mauro Filho foi afastado por 30 dias. A polícia agora quer saber se a briga entre os médicos e a demora no atendimento foram as causas da morte do paciente. Os dois médicos foram procurados por nossa equipe de reportagem, mas não foram encontrados. As informações são do G1.

terça-feira, novembro 16, 2010

Criança morre após ser dispensada em posto de saúde no Rio, diz família

A família de Emily dos Santos, de 3 anos, ainda não sabe explicar a morte da criança. Ela foi encaminhada para o Posto de Atendimento Médico (PAM) de Del Castilho, no subúrbio do Rio, no último domingo (19), quando começou a ter febre e enjoo. Segundo a família, Emily foi diagnosticada com uma inflamação na garganta, mas não teriam sido realizados exames na criança.
“Eles injetaram uma injeção junto com medicamentos para febre e enjoo. Ela tomou soro, ficou em observação e dispensaram ela”, contou o pai de Emily. De acordo com o PAM, logo que chegou, a menina foi avaliada e medicada.
Ao chegar em casa, a criança voltou a sentir dores no corpo. No dia seguinte os pais encontraram a filha morta. Eles levaram a criança até o Hospital de Irajá, no subúrbio do Rio, que informou que a morte teria sido causada por meningite infecciosa. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve levar 30 dias para ficar pronto.
A Secretaria municipal de Saúde determinou a abertura de sindicância para apuração dos fatos e esclarecimento do caso. Emily será enterrada na tarde desta terça-feira (21) no Cemitério de Irajá.

domingo, novembro 14, 2010

Drama: Morte no posto de saúde

A Secretaria de Saúde abriu sindicância para apurar a morte de um homem, na noite da última terça-feira(17), no Posto de Saúde Nº 2 do Recanto das Emas. O porteiro Sérgio Ricardo dos Santos, 38 anos, chegou à unidade por volta das 19h, com dificuldade para respirar. Ele esperou atendimento por quase 20 minutos. Quando dois médicos apareceram para prestar socorro, já era tarde. O paciente já estava morto. Para a esposa da vítima, Evernice Silva Guimarães, 29, houve negligência. “Meu marido estava perdendo a respiração aos poucos dentro do carro. Se algum especialista tivesse chegado, ele poderia estar vivo. Simplesmente ficaram todos (funcionários) de braços cruzados dizendo que não tinha médico para o caso dele”, desabafa.
O porteiro já havia sido internado na sexta-feira passada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com suspeita de pedra nos rins. Depois de ser medicado, ele recebeu alta. No domingo, começou a sentir fortes dores no peito e também na perna esquerda. Achou que estava com gases e preferiu não ir ao hospital. Na terça-feira à noite, Sérgio assistia à televisão no sofá de casa quando sentiu a visão escurecer e, em seguida, desmaiou. Evernice, desesperada, pediu ajuda. Um vizinho o colocou dentro do carro e o levou ao posto de saúde, que fica menos de dois quilômetros da residência da família, na Quadra 601 do Recanto das Emas. Durante o percurso até a unidade de saúde, Evernice tentou reanimar o marido com massagem no peito. Ao chegar ao posto, ela chamou uma enfermeira, mas a servidora teria informado que ninguém poderia atendê-lo. A família, com a ajuda de pessoas que aguardavam atendimento no local, carregou Sérgio até uma sala dentro do posto. Somente após muita insistência, dois pediatras apareceram. Eles fizeram massagem cardíaca no porteiro, aplicaram medicação, mas Sérgio não resistiu.
De acordo com o diretor-geral da Regional de Saúde do Recanto das Emas, Paulo Uchôa, o procedimento adotado pelos profissionais da unidade foi correto. “O posto, depois das 19h, só atende a especialidades de clínica-geral e de pediatria. As pessoas acham que se forem ao posto vão encontrar solução para tudo, mas não é bem assim”, justifica.
O diretor também minimizou o fato de dois pediatras realizarem os primeiros socorros. “Pediatra é médico, cardiologista é médico, ginecologista é médico. Independentemente da especialidade, ele sabe agir num momento de emergência”, complementou Paulo Uchôa.
ApatiaNo entanto, um servidor do posto contou ao Correio que os dois clínicos escalados para o plantão noturno não foram trabalhar. “Isso ocorre com frequência. É comum os médicos faltarem ou encerrarem o expediente antes do horário”, denuncia.
A auxiliar de serviços gerais Antônia Aparecida do Nascimento, 42 anos, confirma a ausência dos profissionais. Ela ficou revoltada com a apatia dos funcionários do posto diante de uma situação tão grave. “O homem estava com a pele preta, a língua enrolando, com dificuldade para respirar e ninguém se comoveu com isso. A gente teve que ameaçar invadir a sala onde eles estavam para que tomassem alguma providência. Pena que chegaram muito tarde”, lamentou Antônia, que esperava atendimento há 40 minutos para a filha de seis anos, que estava com febre.
Essa é a segunda morte (1)em menos de quatro dias por suspeita de falta de atendimento na rede pública do DF. No último dia 14, Maria Lucas Barbosa da Silva, 56 anos, morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ela aguardava, há sete dias, pela internação na Unidade Intensiva de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria, mas não conseguiu vaga. O GDF garantiu que o contrato com a gestora da unidade médica, Real Sociedade Espanhola Beneficência, será revisto.
1 – AcompanhamentoO presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Júnior, está acompanhando os dois casos de perto e hoje, deve se reunir com representantes da Secretária de Saúde para discutir melhorias na área da saúde e evitar mais mortes.
Fonte: CB

sábado, novembro 13, 2010

Médico perfura fígado por engano e mata paciente

Kanto , Tokyo - Mainichi Shimbun
A polícia terminou as investigações sobre a morte de um paciente em um hospital de Tokyo em setembro de 2006. Segundo os investigadores, um médico perfurou por engano o fígado de um paciente com um tubo de drenagem, causando sua morte.
O hospital admitiu o erro, pediu desculpas à família do paciente de 72 anos e está estudando pagar uma compensação à família da vítima.
A polícia está investigando o médico de 39 anos, sob suspeita de negligência profissional que acabou em morte.
O homem deu entrada no Hospital Azusawa, em Itabashi-ku (Tokyo), no dia 7 de setenbri de 2006. Depois de ter problemas respiratórios, uma radiografia mostrou que ele estava com líquido nos pulmões.
Quando o homem inseriu o tubo de drenagem no seu peito para remover o líquido, o paciente começou a ter hemorragia. Ele foi, então, transferido para um hospital em Shinjuku-ku, onde os médicos descobriram que o tubo havia perfurado seu fígado. Os méditos tentaram para a hemorragia, mas não foram sucedidos. O homem morreu em consequência da perda de sangue.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Morador reclama do atendimento no Posto de Saúde da Rasa

Foto: Agência JPH
O morador do bairro Vila Verde Armando Figueiredo da Silva reclamou que esteve no posto de saúde da Rasa, domingo (23/10) e não tinha médico para atendê-lo.
-Estava com muita dor no osso do braço e chegando lá não tinha medico. Tive que voltar para casa e prepara meu próprio medicamento. Sorte que aliviou a dor – Disse Adalberto.
O mesmo aconteceu com Maria José de Almeida quando precisou dos serviços daquela unidade.
-Estava vomitando muito na quarta-feira (27/10) e procurei atendimento no posto, mas infelizmente não tinha médico. A situação está difícil aqui- Disse Maria José
Procurado para esclarecimentos o administrador daquele posto Adalberto Rodrigues disse que realmente nestes dois dias não tinha médico.-A prioridade de atendimento é a Policlínica e o Hospital Rodolfo Perissé. Se estiver faltando medico nestes pontos temos que enviar o daqui para lá. Daí, encaminhamos com nossa ambulância o paciente que for necessário após a triagem pela nossa enfermeira. Esta difícil a contratação de médicos para fazer plantão nos finais de semana por exemplo. Ninguém quer. E te adianto que estamos com dificuldade de médicos aos domingos.
Colaborador: Guilherme Barcellos

domingo, novembro 07, 2010

Sem remédio em posto de saúde, dona de casa tem de pagar medicamento

A falta de medicamentos em postos de saúde gerou reclamação da dona de casa Vera Lúcia Buzin da Silva, 49, que na manhã desta segunda-feira não localizou o calmante clonazepan, utilizado em tratamento psiquiátrico na unidade de Saúde da Família da zona sul. “Faz dois meses que estou vindo até aqui e não tem o remédio”.
Por conta da ausência do medicamento, ela necessitará adquiri-lo novamente. Cada caixa custa em média R$ 10,00 e a doméstica utiliza o remédio diariamente. Uma vez por mês ela também passar por consulta na rede.
A crise na saúde não fica apenas nas prateleiras sem medicamentos. Os médicos que atuam no Programa Saúde da Família não descartam a assembleia prevista para quarta-feira e que decidirá se a categoria entrará ou não em greve.
Governo municipal se reunirá com os profissionais da saúde na quinta-feira, 4, às 17h30, para debater as falhas na gestão da saúde.

sexta-feira, novembro 05, 2010

Pombos infestam posto de saúde em Piraquara

Uma infestação de pombos no posto de saúde Caiçara, do bairro Vila Nova, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está deixando os usuários do local preocupados.
Além de serem vetores de várias doenças, algumas transmitidas por meio de suas fezes, as aves estão trazendo pulgas e piolhos para o recinto, tornando-o insalubre.

O aposentado João Antônio de Lima conta que esse problema já é antigo. Algumas salas tiverem que ser fechadas por estarem cheias de piolhos. “O consultório do dentista estava com uma colônia destes insetos e não tinha a mínima condição de atender a gente. A sala de fisioterapia está sem forro e é comum encontrar fezes dos pombos no local. Se tivesse outra opção, com certeza não viria até aqui. Mas como não tenho, sou obrigado a encarar esta situação”, afirma.

A dona de casa Júlia Carvalho diz que os pombos começaram a aparecer quando o forro do posto caiu. “Como pode ver, há muita parte do telhado sem o forro. Existem espaços pelos quais os pombos entram e criam o seu ninho. Além disso, volta e meia a gente vê arranhas-marrom e também cobras, uma vez que o matagal está tomando conta da lateral do posto. Também é comum ver cachorros de rua, que trazem as pulgas aqui para dentro. Se um dos meus filhos ficar doente, eu dou um jeito e os levo para outro lugar para ser atendido. De forma alguma vou expô-los a esta situação”, revela. Carvalho informa ainda que quando chove, há goteiras em diversos cantos do posto. “Em dias de chuva, isso aqui vira uma tristeza”, alertou.
Foto:Fezes dos animais sujam o local. Moradores estão preocupados.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Mulher Reclama do Mau Atendimento em Hospital Municipal.

Uma mãe chamada Luciana está com seu filho doente e procurou o Hospital Municipal da cidade de Agricolândia no dia 09/01/2010(sábado), mais a mesma foi informada que não seria atendida porque não pegou a ficha de espera para ter direito a consulta, a mãe logo perguntou se eu filho de apenas 1 anos e 7 meses não tinha prioridade póis o mesmo estava com febre muito alta e com vômito, a recepcionista do Hospital disse que não e que a mesma deveria retornar do dia seguinte, a mãe ficou inconformada mais não poderia fazer nada e foi para casa, no dia seguinte a mãe foi procurar atendimento na cidade de Teresina.

quarta-feira, novembro 03, 2010

Melhor solução

Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz: - Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo,mas num espaço grande entre um e outro....
O médico então perguntou:
- Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?
A mulher respondeu: - Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido. Ele então completou:
- Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror! Matar um criança é um crime.
- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.
O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!

Uma pergunta: Você sabe desde quando Deus te ama?
"DESDE O VENTRE DA TUA MÃE! "
Fonte: Texto enviado por e-mail.

terça-feira, novembro 02, 2010

Usuários do PA do Cervezão ficam mais 7 horas em fila de espera

(Da Redação) - O Pronto-Atendimento da Zona Norte, no Cervezão, volta a ser notícia mais uma vez pelo desrespeito ao usuário. A demora na fila de espera na ante-sala do posto chegava a sete horas, segundo os próprios pacientes. A morosidade no atendimento é fruto da grande demanda aliada a falta de médicos."Havia um senhor aqui, seu Agenor, que estava no PA desde as 9 da manhã, não aguentou esperar mais tempo e foi embora sem atendimento. Agora já são 16h30 da tarde", relata Lucia Helena Fier, que procurou o PA, às 12h30, sentindo dores nos rins. E também não havia sido atendida até às 16h30.Ao lado dela encontrava-se Maria Aparecida Farias Alves, que sentia tontura. "Não consigo nem ficar de pé", reclamava ela que também chegara ao PA do Cervezão às 12h30 e às 16h30 ainda não havia sido atendida."Também estou aqui desde às 13h e com uma tremenda dor de garganta e de cabeça. Mas pior que isso é ver crianças chorando de dor. Agora a pouco mesmo uma delas teve de ser atendida às pressas porque ameaçava desmaiar de tanta febre. A demora é demais na sala de espera", relata Regina Bortolon, indignada com o desrespeito aos usuários.E não é só isso. Na sala de espera do PA da Zona Norte há pouca ventilação. Pois não há ventilador. E o calor chega a ser sufocante.Segundo Fabiano Golçalves, que chegou às 12h10 no posto sentindo fortes dores na coluna, o intervalo do atendimento de um paciente para outro demorava de 30 a 40 minutos."É muito tempo. Já estou aqui há quase cinco horas e em todo esse tempo só passei pela triagem. Isso é um descaso", critica ele. Segundo os usuários, até as 16h só havia dois médicos para atender a grande demanda de pacientes. Depois desse horário, a morasidade cresceu. "Porque um médico foi embora e sobrou só um para atender todo mundo. Com sorte saio daqui lá pelas 7 da noite", ironiza Lúcia Helena.De acordo com a assessoria de comunicação da Fundação Municipal de Saúde, durante a tarde de ontem o PA do Cervezão teria três médicos, mas um profissional faltou por motivos de saúde. Durante a tarde, uma médica teve que acompanhar um paciente até o Pronto-Socorro Integrado porque seu estado de saúde era delicado. Apenas um médico permaneceu no atendimento. Mas de acordo com a assessoria, a situação deveria melhorar a partir das 17 horas, quando começa o atendimento no novo Pronto-Atendimento no Wenzel.

segunda-feira, novembro 01, 2010

Espera em unidade de saúde chega a sete horas

A fila de espera para quem procura o Centro Municipal de Urgências Médicas do Boa Vista, em Curitiba, pode variar entre quatro e sete horas. São os próprios pacientes e seus familiares que relatam a situação.
Quem não tem outra alternativa, espera até que o atendimento médico seja realizado. Outros preferem ir para casa e não resolver o problema do que aguardar este tempo todo.
Os usuários reclamam porque consideram o tempo de espera enorme, mesmo sabendo que o local atende casos de urgência e os pacientes em estado crítico são passados na frente na ordem do atendimento.A aposentada Waldete Claudino dos Santos procurou o centro na última quinta-feira à noite. Ela levou o neto dela, que estava com muita dor de ouvido. “A atendente me informou que demoraria entre cinco e sete horas. Como eu ficaria com o meu neto sofrendo de dor de ouvido aquele tempo todo?”, questiona.
Conversando com pacientes que aguardavam o atendimento, todos citaram que estavam esperando há horas. “Eu cheguei lá às 20h30 e tinha gente que estava esperando desde às 13h30 e ainda não tinha sido ainda atendida por um médico”, relata.A demora também aconteceu com a manicure Sirlene dos Santos, que levou o avô dela para o centro do Boa Vista no último domingo, às 14h. O atendimento, de acordo com ela, ocorreu apenas entre 20h e 20h30.
Antes, ela foi informada que a previsão para que o atendimento ocorresse era de quatro horas. “Já de cara deram essa previsão. Meu avô estava com muita dor no peito e tem histórico de infarto e um AVC (acidente vascular cerebral)”, comenta.
“A primeira avaliação é rápida e, depois que vai para o médico, o processo acontece normalmente. O problema está entre a primeira avaliação e o atendimento com o médico”, esclarece.A situação também foi confirmada para a reportagem de O Estado por familiares de pacientes que foram atendidos rapidamente por serem casos críticos. Eles ouviram as reclamações de quem já aguardava há horas enquanto realizavam os trâmites para a internação. O diretor do sistema de Urgências e Emergências da Secretaria Municipal de Saúde, Matheos Chomatas, explica que o centro do Boa Vista está passando por um problema no quadro de profissionais.
Alguns saíram de lá e o Hospital de Clínicas, que é o responsável em fornecer pessoal para o centro mediante termo de cooperação, está atrás de novos médicos. “Em alguns dias, faltam três profissionais na escala. Mas daqui a pouco será regularizada a situação”, conta.
O processo de contratação está em andamento e em poucos dias a equipe estará completa, de acordo com ele. Enquanto isto, a capacidade para consultas é reduzida e o setor de emergência opera normalmente.
Além do problema com os médicos, Chomatas explica que o tempo de espera também está relacionado com os resultados dos exames de diagnósticos. O paciente não é liberado sem o resultado dos testes e isto pode demorar.
O centro do Boa Vista ainda tem algumas particularidades, como a procura por moradores da Região Metropolitana de Curitiba (de acordo com ele, 55% das pessoas que procuram diariamente a unidade) e o acesso fácil pelo transporte coletivo na comparação com outros centros.