Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Troca de prontuários resulta em erro em cirurgia e afastamento de médico em SP

Menino de dois anos teve a boca e a barriga cortadas por engano na zona sul
Uma suposta troca de prontuários fez com que um garoto de dois anos passasse por duas cirurgias desnecessárias em um hospital municipal na zona sul de São Paulo. A administração do hospital está investigando o caso e o médico responsável já foi afastado.
O garoto foi acompanhado pelo pai até o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, no M’Boi Mirim, para fazer uma cirurgia simples de fimose no dia 5 deste mês. Ele foi internado com outras duas crianças em um quarto e, cerca de uma hora depois, voltou do centro cirúrgico com marcas de três cirurgias pelo corpo. Os pais afirmam que houve troca de prontuários e que o filho não precisava “operar a boca ou retirar uma hérnia”.
A mãe do menino, Elaine Souza da Silva, conta que, em julho deste ano, foi atendida por um médico do hospital, que recomendou ao filho dela uma cirurgia de fimose. A operação foi marcada para três meses depois no mesmo hospital. Ainda segundo Elaine, uma das crianças internadas no mesmo quarto do filho também seria operada de fimose e a outra faria uma cirurgia na boca e retiraria uma hérnia do umbigo.
- O que aconteceu foi que trocaram as fichas e fizeram no meu filho as cirurgias que deveriam ter feito no outro paciente. Fiquei desesperada quando vi meu filho cheio de cortes pelo corpo.
Os pais da criança afirmam que os funcionários do hospital não quiseram contar o que havia acontecido e, tampouco, assumiram que houve falha médica. Segundo Elaine, os enfermeiros disseram que “se foram feitas outras duas cirurgias era porque tinha que ser feito”. A criança teve alta no mesmo dia e se recupera em casa.
- As outras duas cirurgias que fizeram errado no corpo do meu filho não foram tão sérias. Mas imagina se fossem? O Samuel saiu do hospital com cortes na barriga e na boca sem precisar.
O Hospital Municipal do M’Boi Mirim informou que “as causas do evento estão sendo investigadas e o profissional envolvido está afastado de suas funções até o término da apuração dos fatos”.
O pai do paciente, Carlos Eduardo da Silva, disse que, em reunião no Hospital Municipal M’Boi Mirim na manhã quarta-feira (9), que o diretor admitiu o erro médico. Ele ainda afirmou que os prontuários dos pacientes que estavam no mesmo quarto foram trocados e que o médico responsável pela cirurgia não conferiu o nome da pulseira de identificação do menino com a ficha médica.
Ainda de acordo com Silva, o diretor do hospital garantiu que a criança não ficaria com sequelas por causa das duas cirurgias erradas e prometeu consultas quinzenais para a criança. A reportagem do R7 tentou entrar em contato com a direção do hospital para confirmar as informações repassadas por Silva, mas até a publicação desta notícia não conseguiu retorno.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Crescem as denúncias contra médicos

Número aumentou 200% desde o ano 2000

Crescem as denúncias contra médicos. Desde o ano 200, o número aumentou 200%. A cada erro médico fatal, surge a desconfiança de que as falhas em hospitais crescem assustadoramente.
Porém, de acordo com pesquisas dos conselhos regionais de medicina e enfermagem, não se trata apenas de impressão.

Fonte:http://entretenimento.r7.com/hoje-em-dia/noticias/detalhes-20101210.html

RS: médico que antecipou parto para tirar férias é condenado


O médico obstetra Oscar de Andrade Miguel foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande de Sul (TJRS) nessa quarta-feira (29) a cinco anos de reclusão, em regime semiaberto, por lesão corporal de um recém-nascido. O caso ocorreu em fevereiro de 2000.
Em 13 de fevereiro de 2000, o médico obstetra antecipou, sem justificativa, um parto que seria normal utilizando Misoprostol sem o conhecimento da parturiente ou de seu marido. O medicamento, conhecido como Cytotec, cuja venda é restrita a hospitais cadastrados e credenciados junto à Autoridade Sanitária é abortivo e, além disso, considerado experimental e sem liberação para ser utilizado durante a gestação. O objetivo de Oscar de Andrade Miguel com a antecipação do parto era garantir suas férias, que estavam marcadas para a mesma época do parto natural. A vítima tinha data de nascimento prevista para 22 de fevereiro de 2000, mas a gestante foi convencida pelo médico a fazer um parto induzido. A antecipação do parto, tendo em vista a maturidade fetal, anulava a necessidade de o médico organizar sua equipe durante as férias.
Embora com alguma resistência, a paciente recebeu das mãos do médico, em seu consultório, um aplicador vaginal contendo meio comprimido de substância cujo nome ou procedência não lhe foram explicados. Oscar de Andrade Miguel ainda instruiu a parturiente de que esta deveria introduzir o medicamento por volta das 23h do dia 12 de fevereiro de 2010, afirmando que as contrações iniciariam por volta das 6h do dia seguinte. A gestante e seu marido chegaram a telefonar pouco antes do horário indicado pelo médico, perguntando se era mesmo necessária a indução do parto, pois gostariam de aguardar pelo parto normal, mas o médico confirmou que a indução seria o procedimento mais indicado.
Três horas depois da introdução do medicamento, a gestante passou a sentir fortes dores, sendo que às 4h30 as contrações se davam a cada cinco minutos. O casal chegou ao hospital por volta das 6h30, com a parturiente reclamando de dores insuportáveis. Anestesiada e medicada com Diazepan (Valiun), durante o período de expulsão do bebê foi constatado sofrimento fetal agudo, sendo o parto realizado com o emprego de fórceps.
A menina nasceu deprimida, com "apgar" 2 (escala que avalia cinco sinais objetivos dos recém-nascidos: frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele) no primeiro minuto, quando o normal 10. Reanimada e depois entubada, apresentou crises compulsivas, sendo medicada com Valiun e Fenobarbital (Gardenal). Aos seis meses, foi submetida a exame de ressonância nuclear magnética, constatando-se Leucoencefalomalácia, lesão que está associada à asfixia perinatal.
O caso foi julgado pela 3ª Câmara Criminal do TJRS.
Data:30 de dezembro de 2010

Morre idosa que quase foi enterrada viva

A aposentada Maria das Dores da Conceição, 88 anos, que estava internada no CTI do Hospital Municipal de Ipatinga, no Vale do Aço, foi sepultada neste sábado (25). Ela quase foi enterrada viva, na última quarta-feira (22), após ser dada como morta pelo hospital. No entanto, a mulher se mexeu no caixão quando seu corpo era preparado para o velório.
A idosa, que sofria de pressão alta e complicações de Alzheimer, morreu no final da tarde desta sexta-feira (24) e foi sepultada no Cemitério Parque Senhora da Paz.
Familiares e amigos da aposentada, que neste sábado (25) acompanharam o enterro, estavam inconsolados em ter que reviver o drama da morte da mulher. Mesmo abalada com a situação, Custódia Tereza de Amâncio, filha de dona Maria, prometeu que irá à Justiça para cobrar explicações dos responsáveis pelo transtorno que os familiares tiveram que passar.
– Eles trataram minha mãe como uma qualquer. Ninguém tem noção de como é ver a mãe da gente viva, se mexendo, dentro de um caixão.
Silvério de Oliveira, agente da Funerária Paraíso, foi o primeiro a perceber o erro. Ele estava acabando de ornamentar o caixão, com a idosa dentro, quando percebeu que ela estava respirando.
– Todos da funerária ficaram assustados e perplexos com a situação. Ficamos revoltados com o descaso dos médicos do SUS.
A Polícia Civil abriu inquérito sobre o caso e continua as investigações para apurar as falhas do hospital. O médico responsável pela emissão do primeiro atestado de óbito não foi localizado pela reportagem do Hoje em Dia para comentar o caso. O Conselho Regional de Medicina espera que os familiares da aposentada façam uma denúncia formal ao órgão para que seja aberta uma sindicância para apurar o caso. A direção do HMI se reuniu com familiares da idosa e se colocou à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Paciente é mal tratada no Hospital de Humaitá

A senhora Edinelza Zacarias de Souza Rocha, residente na rua Castro e Silva, no bairro de Santo Antônio, procurou a redação deste informativo eletrônico, para denunciar maus tratos e descriminação sofrida por ela no Hospital Geral de Humaitá.
A mesma fez questão de se identificar, pois já não agüenta mais sofrer com problemas de saúde sem poder ter o direito a ter atendimento digno em Humaitá. A senhora Edinelza relatou o fato ocorrido com a mesma, afirmando que se deslocou até a Unidade Hospitalar do município para receber atendimento médico pelo Dr. Nilson, que é conhecido em Humaitá como o um dos melhores médicos da cidade.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Atendimento médico ruim encurta vidas nos EUA, diz estudo


Expectativa de vida no país é menor que em outras nações desenvolvidas. Pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Columbia, em Nova York.
Os norte-americanos morrem mais cedo do que em vários outros países desenvolvidos, e a culpa não é dos suspeitos de sempre - obesidade, acidentes de trânsito e homicídios -, segundo um estudo da Universidade Columbia, de Nova York, divulgado nesta quinta-feira (7). O mau atendimento médico é o novo responsável.
De acordo com o estudo, publicado na revista Health Affairs, a taxa de sobrevivência ao longo de 15 anos para homens e mulheres com idades de 45 a 65 anos caiu nos Estados Unidos nas últimas três décadas, em comparação com outros 12 países desenvolvidos.
Peter Muennig, coordenador da pesquisa, disse que fatores como obesidade, tabagismo, acidentes de trânsito e homicídios foram levados em conta, "mas o que realmente nos surpreendeu é que os suspeitos de sempre não são os culpados".
"Falhas no sistema de saúde dos EUA, como o atendimento caro, especializado e fragmentado, devem ter um grande papel nesse desempenho relativamente ruim na melhoria da expectativa de vida", disse o pesquisador.
Posado por Laelie Machado

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Mau atendimento de médico-peritos do INSS atinge níveis insuportáveis

A falta de um atendimento digno e respeitoso aos trabalhadores por parte de médico-peritos da agência do INSS de Criciúma atingiu níveis insuportáveis e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região vai passar a fazer fiscalização rigorosa nesses procedimentos e, sobretudo, denunciar os abusos. A garantia é do presidente do sindicato, Carlos de Cordes, o Dé, inconformado com mais um caso que chegou ao conhecimento da diretoria, nessa terça-feira.
Antônio Braz Figueiredo tem 41 anos e por mais de 20 anos atuou no setor de logística de uma empresa da indústria plástica da região e adquiriu doenças profissionais, em especial na coluna vertebral. “Afastado há sete anos da função nem as necessidades básicas pessoais ele consegue executar, como por exemplo tomar banho, se vestir e calçar os sapatos; o filho de 14 anos é quem faz isso diariamente”, relata Carlos de Cordes, desenhando o estado crítico de mais uma vítima do mau atendimento de um médico perito do INSS.

Segundo o líder sindical, o trabalhador está com cirurgia na coluna vertebral marcada para a próxima sexta-feira e seu médico lhe prescreveu um atestado de afastamento por mais 180 dias, documento que, por lei, deve ser homologado pelo perito. O médico de Figueiredo, no entanto, acrescentou, sem necessidade a data da cirurgia no atestado médico e ao escrever a data cometeu um pequeno erro e o corrigiu no mesmo documento. O procedimento não alteraria em nada o processo, mas o perito exigiu que o trabalhador retornasse ao seu médico e solicitasse um novo atestado.

“Se fosse apenas isso, até seria aceitável, mas a forma como o trabalhador foi tratado é que nos deixa revoltados e da mesma forma ficou o trabalhador”, disse de Cordes. Conforme ele, “Antônio foi tratado como um animal, não como um ser humano, um trabalhador vítima da sua atividade profissional e que merecia todo respeito, quanto mais um tratamento digno”. A conduta será denunciada à Ouvidoria do INSS em Brasília, à gerência da agência da Previdência em Criciúma,ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e a assessoria jurídica do sindicato estuda a situação para, possivelmente, ingressar em juízo com uma ação de danos morais contra o médico-perito.

domingo, dezembro 26, 2010

Polícia diz que médicos adulteraram atestado de óbito de recém-nascido perfurado em SP

Bebê teve um corte de 2 cm causado por um bisturi; residente teria cometido o erro
A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar uma possível fraude no atestado de óbito do recém-nascido que foi perfurado por um bisturi na hora do parto, no domingo (29), no Hospital Municipal do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. O bebê morreu uma hora após nascer.
De acordo com dados da polícia, no laudo foi indicado que houve um corte na região dorsal da criança, de dois centímetros, mas não dizia que foi causado pelo bisturi. Além disso, a equipe médica teria aumentado o tempo de gestação da criança no documento.
A responsável pelo corte teria sido uma médica residente de 25 anos, mas o responsável pelo grupo, o médico André Luís Veloso, se responsabilizou pelo erro.
Segundo familiares da mãe do recém-nascido, que é uma adolescente de 14 anos, a direção do hospital disse que a criança, também prematura, teria nascido com os batimentos cardíacos fracos – e por isso teria morrido.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “lamenta o falecimento” e que está à disposição da família para esclarecimentos. Uma sindicância foi aberta para apurar o caso. A investigação policial está sendo feita no 92º DP (Parque Santo Antônio).

sábado, dezembro 25, 2010

Posto de saúde faz exame em coração de aposentada, em vez de braço

Maria Tavares está com um problema no braço, procurou o hospital. O exame foi feito. Mas o coração da aposentada é que foi examinado.

Veja o caso dramático da aposentada Maria da Conceição Tavares. Ela está com um problema no braço, procurou o hospital. O exame foi feito. Mas o coração da aposentada é que foi examinado.
As dores no braço direito começaram há um ano, depois de uma cirurgia para retirada de um tumor na mama. Quando a situação piorou, a aposentada Maria da Conceição Santos procurou um posto de saúde em Aracaju. O médico solicitou uma eletroneuromiografia, um exame para analisar os nervos e músculos do braço.

“Quando fui ao médico, ele disse que o exame ia demorar. E demorou mesmo, foram três meses", lembra a aposentada Maria da Conceição Santos.
O resultado indicou que ela não sofre do coração, mas o problema investigado era outro.
"Quando chegou lá, o médico disse que estava errado. Era para fazer do braço e fizeram do coração. Tem que fazer mais rápido para saber o que tem no braço”, conta a aposentada Maria da Conceição Santos.
No encaminhamento, o médico indicou o código do exame a ser feito. Mas na hora da liberação pelo posto, foi digitado o código de outro exame. A aposentada teve que retornar à unidade em busca de uma nova autorização.
Já se passaram três meses desde que foi verificado o erro do exame. Maria já perdeu as contas de quantas vezes veio à unidade de saúde com uma nova solicitação médica, para fazer o exame correto.
“Disseram que tinha que esperar para liberar. Sempre dizem que tem que vir de dois em dois dias quando liberar, para fazer e sempre eu voltando com o exame para o posto", afirma a aposentada Maria da Conceição Santos.
Uma espera dolorosa.
“Fico pensando que vou ficar aleijada. Meus dedos não estiram mais, meu dedo é dormente e eu fico pensando”, lamenta a aposentada.
A secretaria de saúde de Aracaju informou que o eletrocardiograma foi feito porque havia um pedido anterior. O exame correto de Maria da Conceição está marcado para daqui a uma semana.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Médicos fazem cirurgia no lado errado do cérebro e paciente sobrevive no ES

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Gazeta de Vitória

Professora entrou com processo contra médico em Guarapari (ES).No Rio de Janeiro, paciente morreu após suposto erro médico.

A professora Lígia Balbino, 24 anos, diz ter sido vítima de um suposto erro médico, em Guarapari (ES). Ela passou por uma cirurgia do lado errado do cérebro ao que tinha um problema. O caso é semelhante ao sofrido por Verônica Cristina do Rêgo Barros, de 31 anos, que morreu no sábado (7), vítima também de um suposto erro médico no Rio de Janeiro. Apesar da semelhança dos casos, Lígia fez uma nova cirurgia a tempo e não morreu.A primeira cirurgia realizada pela professora, no Espírito Santo, ocorreu em dezembro de 2008. Ela tinha sofrido uma queda, que ocasionou um coágulo no lado direito do cérebro.


Apesar disso, um corte do outro lado da cabeça, revela que a cirurgia foi realizada do lado errado. A operação foi realizada em um hospital particular em Guarapari. O coágulo continuou crescendo e o problema só foi sanado quando a família dela a levou para uma segunda avaliação do caso no Hospital São Lucas, em Vitória.

A secretaria Estadual de Saúde disse que não pode abrir sindicância para investigar o problema, pois a cirurgia foi realizada em um hospital particular. O Conselho Regional de Medicina do estado ainda não se pronunciou sobre o caso.


O médico que realizou a cirurgia equivocada chegou a receitar medicamentos usando formulários de uma clínica particular de Minas Gerais.

A família da professora entrou com um processo contra o médico, que tramita na 1ª Vara Cível de Guarapari.
Foto 1:Professora Lígia Balbino se recupera de segunda cirurgia realizada no lado certo da cabeça (Foto: Divulgação/TV Gazeta de Vitória
Foto 2: Professora mostra foto de cicatriz da cirurgia equivocada (Foto: Divulgação/TV Gazeta de Vitória)
Fonte:http://g1.globo.com Data:10/03/09

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Criança recebe medicação vencida em posto de saúde de Cariacica

Uma dona de casa levou o filho de 1 ano e 8 meses para um posto de saúde e a criança recebeu medicação vencida em Porto de Santana, Cariacica. Após passar a noite acordada, Keila Maraísa Pampolim não esquece o transtorno que passou ao levar o pequeno Thiago para tratar gripe e febre. "Ele passou a noite toda com febre. Fiquei a noite toda acordada e eu não sabia o que dar. Não tinha nada aqui em casa. A primeira coisa que eu fiz foi recorrer ao posto", conta a dona de casa.
Sem medicamento em casa para dar ao filho, Keila tentou buscar ajuda na unidade de saúde mais próxima. Mas na tentativa de curar o filho, a criança foi exposta a mais um risco. O antigripal receitado por um dos pediatras, e entregue na farmácia da unidade de saúde de Porto de Santana, estava com a data de validade vencida. A mãe percebeu o problema apenas depois de ter medicado a criança.
"Acho um absurdo porque a gente recorre ao posto para melhorar o filho da gente, aí chega lá eles dão remédio vencido. Ele podia ter piorado. Queria curar meu filho e acabei colocando ele em risco. Vou lá para saber o que aconteceu para eles darem remédio vencido", afirma Keila.

Na unidade de saúde, a equipe de reportagem da TV Vitória foi informada de que nenhum funcionário estaria autorizado a prestar esclarecimentos sobre o caso. Na farmácia, foi constatada a existência de medicamentos com data de validade prestes a vencer. A dona de casa teme que o aconteceu com ela ocorra com outros pacientes e afirma: "Graças a Deus ele está bem, não teve consequências, mas poderia ter acontecido".

A Secretaria de Saúde informa que a entrega do medicamento vencido se deu por erro de uma funcionária da farmácia que retirou a caixa do remédio do montante que já estava separado para descarte. A constatação que o lote encontrava-se vencido já havia sido feita e as caixas do medicamento estavam separadas dos demais aguardando o recolhimento para descarte. Na data que o medicamento foi entregue para Keila Maraísa, já havia na farmácia o lote de medicamento dentro da validade. A Secretaria de Saúde pede desculpas pelo erro ocorrido e alerta que já reiterou com os funcionários do local os procedimentos de conferência da validade dos medicamentos antes da entrega aos pacientes.
Foto:Reprodução TV Vitória

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Denúncias de erros médicos comprometem trabalho de hospital que deveria ser modelo em SP

A Prefeitura de São Paulo paga para que o hospital M’boi Mirim, na zona sul de São Paulo, seja administrado por duas instituições particulares, o Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim e o hospital Albert Einstein, um dos mais caros e conhecidos do país.
A qualidade do atendimento do hospital municipal, que foi construído para ser modelo, começou a ser questionada após denúncias de erro médico, como a do menino de três anos que foi submetido a três cirurgias no local, sendo duas delas por engano.
Em resposta, por meio de sua assessoria de imprensa, o hospital Albert Einstein afirma que "não recebe remuneração alguma pela gestão do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch – M’Boi Mirim". As importâncias mencionadas, diz a instituição, são reembolso dos custos de seus funcionários que prestam serviços. O Einstein diz também que as falhas no atendimento são pontuais, identificadas e corrigidas.

terça-feira, dezembro 21, 2010

“Quantas vidas tem que se perder?”, questiona avó sobre erro médico que matou a neta

Vilma Holmo Contreira, avó da menina de 12 anos que morreu após receber vaselina na veia em vez de soro, no hospital São Luiz Gonzaga, falou à reportagem da Rede Record e disse estar indignada com a troca de medicamentos. Emocionada, ela afirmou que espera uma solução para o caso e pede que novas situações de erros médicos sejam evitadas.
-Eu espero, pelo menos, que quem trabalha com ser humano esteja ali para curar e salvar vidas, não para terminar com elas. A gente ouve, mas jamais pensaria que aconteceria com a gente. Alguma providência tem que ser tomada. A gente vê todo dia um erro na televisão. Quantas vidas tem que se perder?
A neta morreu no hospital depois de entrar com sintomas de virose. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina. O documento da morte da criança aponta que 50 ml da substância foram aplicados e atesta que a causa da morte foi reação à medicação.
- Eu estou abismada, porque como pode um frasco de vaselina estar junto à medicação? Não existe isso. Por que esta vaselina estaria aí? Foi a enfermeira, ou auxiliar quem aplicou não prestou atenção no que estava administrando na criança”.
Vilma contou que depois do segundo tubo de soro, a garota passava bem, iria tomar uma sopa e sair do hospital. No entanto, na hora do terceiro soro, que seria a vaselina, pouco tempo antes de receber alta, a neta sentiu a boca formigar e adormecer.
- A mãe acompanhava a criança. Foi instantânea a reação, logo que foi injetada. Ela tinha feito o primeiro e o segundo soro, e estava melhor, sorridente para ter alta. Ela entrou em convulsão, entortou a boca e disse ‘mãe, eu estou morrendo’.
O delegado responsável pelo caso, o Alexandre Ianovalli, afirmou que o hospital não ajudou nas investigações e os funcionários tiveram que ser intimados. A resistência dos mesmos pode se configurar como crime de favorecimento por parte dos funcionários do hospital.
A direção do hospital Luiz Gonzaga informou que vai abrir uma sindicância interna para apurar as denúncias.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Equipe de hospital é afastada após morte de menina de 12 anos que recebeu vaselina na veia

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriram sindicância para apurar a morte da estudante Stephane dos Santos Teixeira, de 12 anos, que recebeu vaselina líquida na veia no lugar de soro fisiológico, no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. A Santa Casa comunicou que a equipe médica envolvida no erro médico foi afastada.
A garota morreu na sexta-feira (3), depois de entrar com sintomas de virose no hospital. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina. O documento da morte da criança aponta que 50 ml da substância foram aplicados e atesta que a causa da morte foi reação à medicação.
A gestão do hospital municipal é terceirizada para a Santa Casa. Em nota, a entidade comunicou que "os profissionais envolvidos no atendimento da paciente permanecem afastados até a conclusão das apurações". A sindicância do Cremesp apura se houve desvio de conduta ética pelos profissionais de saúde.
O caso também está sendo investigado pelo 73º Distrito Policial (Jaçanã). Segundo os policiais, serão ouvidos nesta segunda-feira (6) ou nesta terça-feira (7) funcionários do hospital envolvidos no incidente. Neste fim de semana foram interrogados familiares da vítima.

domingo, dezembro 19, 2010

Dez falsos médicos atendiam no Hospital Municipal José Mota Araújo, em Valente (BA)

Dez falsos médicos – utilizando CRM de médicos verdadeiros – estavam atendendo no Hospital Municipal José Mota Araújo, em Valente, município situado no semi-árido da Bahia. A denúncia foi feita pela vereadora Leninha (PT) na Câmara Municipal e no Conselho Municipal de Saúde. Os nomes dos médicos foram revelados e o assunto tornou-se de conhecimento público através do programa Rádio Comunidade da emissora Valente FM.
Na reunião do Conselho Municipal de Saúde, quinta-feira (2), o fato foi discutido com a presença dos vereadores Leninha (PT), Zé de Zeli (PMDB), Agnaldo (PT) e Vado (PR). Nessa reunião foram revelados os nomes dos registros dos médicos cujos CRM estavam sendo utilizados pelos falsos médicos.
O fato foi amplamente discutido no programa “Rádio Comunidade” da Valente FM, que vai ao ar todos os dias no horário do meio dia, pelos radialistas Cleber Silva e Tony Sampaio. Aos radialistas o secretário municipal de Saúde, Arnaldo Amaral, admitiu o fato e também falou que a culpa deveria ser da Cooperativa de Médicos por ser a instituição responsável pelo fornecimento dos “profissionais de saúde” à Prefeitura Municipal de Valente durante mais de um ano.
MÉDICO BÊBADO
Outro absurdo. Populares denunciaram que um médico apareceu para trabalhar (e fez atendimento) bêbado. A crise está instalada desde que o servidor público Orlando, radiologista do hospital municipal e integrante do Conselho Municipal de Saúde, convocou reunião quinta-feira (2), no auditório da câmara municipal, e lá denunciou os vários casos, tornando público os nomes e números dos CRM’s utilizados pelos falsos profissionais de saúde. Há suspeitas que a fraude esteja ocorrendo em outros municípios da região sisaleira.
NOMES DOS MÉDICOS
Os nomes e números de CRM dos falsos médicos, também divulgados no programa “Rádio Comunidade” da Valente FM, são de Márcio Oliveira (CRM 62.604), Wiliam Lopes (CRM 19.980), Luciano (CRM 19.624), Rafael Pereira (CRM 1.626), Maria do Carmo Rodrigues (sem CRM divulgado), Adonias C. de Assis (CRM 23.783), Emerson B. Leite (CRM 21.810), Gabriel Araújo Dantas (CRM 21.023), Ailton Nogueira Dantas (CRM 23.227) e Josman Bastos que também atua no Hospital São Matheus, em Feira de Santana.
Não está comprovado se os médicos cujos CRM estão sendo usados têm conhecimento da fraude. Os vereadores estão solicitando investigações. Há suspeitas de que a prefeitura de Valente tenha prestado contas ao TCM com comprovantes de pagamentos de falsos médicos. A vereadora Leninha (PT) afirmou que está comunicando a fraude à CGU. “O caso é grave porque envolve a saúde da população”, afirmou.

Fonte:http://bahiadefato.blogspot.com Data:3 de dezembro de 2010

sábado, dezembro 18, 2010

Hospitais erram dose e hora ao ministrar remédios a pacientes

JULLIANE SILVEIRADE
SÃO PAULO
Hospitais oferecem remédios ao paciente em horário e doses errados em ao menos um terço dos casos.
É o que aponta uma pesquisa realizada em cinco hospitais do Brasil pela USP de Ribeirão Preto e Universidade Federal de Minas Gerais. Das 4.958 administrações de medicamentos analisadas durante o estudo, 1.500 apresentaram problemas.
A maioria dos erros foi cometida com drogas para tratar problemas cardiovasculares e do sistema nervoso e antibióticos. Tomar antibiótico fora do horário, por exemplo, favorece o surgimento de bactérias resistentes.
Os nomes das instituições não foram divulgados pelos pesquisadores, mas a proporção de erros encontrada é a mesma de outros estudos realizados no país e no exterior. O problema atinge hospitais públicos e privados.
Um dos principais gargalos é falta de formação da equipe de enfermagem sobre questões relacionadas à segurança do paciente, segundo Adriano Reis, professor de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais.
"Erros também podem ocorrer por problemas como falhas no sistema de distribuição dos medicamentos e sobrecarga das equipes de trabalho", diz.
Medidas preventivas elementares, como checar o nome do paciente no frasco do medicamento e a via correta de administração, também são deixadas de lado.
O doente pode ajudar a reduzir equívocos. Usar a pulseira de identificação durante toda a internação ajuda.
"O paciente informado pode ser uma barreira. Deve suspeitar e perguntar sobre alterações na administração, como receber uma injeção no lugar de um comprimido", aconselha Hessem Miranda Neiva, diretora do Instituto para Práticas Seguras do Uso de Medicamentos.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Família denuncia erro médico em Pernambuco

Publicado em 14.04.2010
Do JC Online

Familiares de Alice Arruda Gonçalves, 3 anos, acusam médico do Hospital Infantil Maria Lucinda, no Parnamirim, Zona Norte do Recife, de negligência. A criança foi submetida a uma cirurgia de adenoide na última sexta-feira, mas após algumas paradas cardíacas não resistiu e morreu. Sob orientação da Promotoria de Direitos Humanos de Saúde, os pais da menina irão prestar queixa amanhã contra o profissional na delegacia de Casa Amarela e entregarão uma denuncia ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). A menina foi enterrada na manhã de ontem.
De acordo com a mãe de Alice, a doméstica Maria Lúcia Neves de Arruda, 31, a menina tinha problemas respiratórios e por isso foi submetida ao procedimento. Com duração prevista de 1h, a cirurgia, que havia começado às 13h, se estendeu além do normal. “Às 16h, fui procurar saber o que estava acontecendo e eles informaram que ela tinha tido uma parada cardíaca. Depois disseram que ela havia sido reanimada, mas que precisaria ser transferida para uma UTI”, contou.
Alice faleceu por volta das 4h do sábado, mas, segundo os familiares, a informação só foi dada duas horas depois. O irmão da menina, Pedro Gonçalves Neto, 41, alega que no laudo preliminar entregue à eles, a causa da morte da garota estava como desconhecida. “Como o médico não sabe, se era ele quem estava realizando o procedimento?”, questionou.
Ainda durante o sábado, o corpo da criança foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do Hospital das Clínicas de Pernambuco, mas não chegou a dar entrada. “O médico de lá afirmou que tinha sido negligência médica e que não iria colocar as mãos nela para não sobrar pra ele. Então ela foi transferida para o IML”, disse o irmão da menina. Segundo um atendente do SVO que não quis ser identificado, o laudo entregue pelo Maria Lucinda informava que a morte da menina havia sido causada por choque anafilático. “Não teve nada a ver com erro médico”, afirmou.
De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), Alice faleceu devido a uma asfixia por broncoaspiração. Durante todo o dia de ontem, a reportagem tentou entrar em contato com o médico e o diretor do Hospital Maria Lucinda, mas ambos não foram encontrados para comentar o caso.

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Posto de "Saúde" do Bairro Santa Maria de BH

6Até hoje não temos nenhuma resposta do Posto de “Saúde” do Bairro Santa Maria de Belo Horizonte sobre a morte “assassinato” do mecânico Edmilson Coelho, no dia 01/09/2010.
Era para ser uma simples consulta para tratamento de uma gripe que resultou em sua morte. A Secretária Municipal de Saúde (SMS) simples fez uma pequena reunião para ouvir os “profissionais” do posto e os familiares – lógico que por medo e para não apurar a verdade, fizeram separadamente, e mais nada. Os ditos “profissionais de Saúde” ainda estão trabalhando no referido posto fazendo as mesmas praticas.
Será que outra pessoa trará que morrer para a SMS fazer alguma coisa mais seria? Ainda vamos ter que conviver com estas pessoas que tratam mal a população carente?

Polícia intima 28 plantonistas de hospital onde menina morreu medicada com vaselina em SP

A Polícia Civil de São Paulo já começou a intimar os 28 profissionais que faziam parte da equipe que estava de plantão no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga quando a menina Stephane dos Santos Teixeira, de 12 anos, morreu após ter vaselina líquida injetada em seu corpo. O delegado responsável pelo caso, José Bernardo de Carvalho Pinto, afirmou que pretende ouvir as testemunhas até o final desta semana.
De acordo com o delegado, é possível que os depoimentos comecem a ser colhidos a partir de quarta-feira (8).

-Provavelmente não vou ouvir ninguém hoje porque eles ainda estão sendo intimados. Eles devem vir a partir de amanhã.

Na segunda-feira (6), prestaram depoimentos o diretor do hospital, a mãe da vítima, e duas senhoras que acompanhavam pacientes na mesma enfermaria onde estava Stephane. No sábado (4), o delegado ouviu dois médicos, dois enfermeiros e um auxiliar de enfermagem que fizeram plantão após a morte da menina.

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriram sindicância para apurar a morte da estudante no Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. A Santa Casa comunicou que a equipe médica envolvida no erro médico foi afastada.

A gestão do hospital municipal é terceirizada para a Santa Casa. Em nota, a entidade comunicou que "os profissionais envolvidos no atendimento da paciente permanecem afastados até a conclusão das apurações". A sindicância do Cremesp apura se houve desvio de conduta ética pelos profissionais de saúde.


Entenda o caso


A garota morreu na sexta-feira (3), depois de entrar com sintomas de virose no hospital. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina.

O documento da morte da criança aponta que 50 ml da substância foram aplicados e atesta que a causa da morte foi reação à medicação.

O caso também está sendo investigado pelo 73º Distrito Policial (Jaçanã). Segundo os policiais, funcionários do hospital envolvidos no incidente começaram a ser ouvidos.
Foto:Frascos com vaselina e solução hidratante apresentados na delegacia / Tiago Queiroz/AE

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Médico com registro cassado é preso em Contagem

JÚNIA BRASIL
Um médico cardiologista foi preso no fim da tarde desta terça-feira, 14, por exercício ilegal da profissão. Segundo a Polícia Militar, o médico, que estava atendendo em uma clínica particular no bairro Eldorado, em Contagem, teve o registro profissional cassado no dia 1 de dezembro deste ano.
Um paciente do cardiologista que desconfiou da conduta do médico e chamou a polícia durante uma consulta que teve com ele, nesta tarde. De acordo com o Cabo Gildásio, do 26º Batalhão da PM, após uma consulta o paciente começou a fazer uso de um medicamento receitado por ele. Após alguns dias, o homem começou a se sentir mal e desconfiou do cardiologista.
Ele, então, começou a pesquisar o nome do médico na internet e descobriu que o registro profissional do cardiologista havia sido cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais. “A cassação foi publicada em um jornal e, por causa disso, o paciente viu que o médico estava em situação irregular e resolveu denunciar”, disse o Cabo Gildásio.
O paciente ligou para o consultório e se informou sobre os horários que o médico iria atender e chamou a polícia. O cardiologista, que segundo a PM atua na área desde 1980, disse que não sabia que o registro profissional dele havia sido cassado e que, por isso, continuou a atender.
A PM não soube informar por qual motivo o médico teve o registro cassado mas, segundo o Cabo Gildásio, o motivo estaria ligado a questões éticas da profissão. O médico foi encaminhado à 2º Delegacia de Polícia, em Contagem.

Fonte:
http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=104559 Data: 14/12/2010

Mãe diz que garota foi atendida por "auxiliar de enfermagem distraída"

A mãe da criança que morreu após ser medicada com vaselina contou que a profissional que aplicou a substância em vez de soro em sua filha parecia ser uma auxiliar de enfermagem. Roseane Teixeira afirmou que a funcionária estava distraída no momento em que aplicava o produto. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (7), na casa da família, na zona norte de São Paulo.
Segundo Roseane, a auxiliar de enfermagem que teria aplicado a medicação em Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, estava com um jaleco diferente dos que eram usados pelos médicos, e conversava com outras enfermeiras enquanto trabalhava.
A mãe da vítima também contou que esteve, nesta segunda-feira (6), no 73° DP e viu fotos dos profissionais que trabalharam no último dia 6, quando a criança foi levada ao Hospital Municipal São Luiz Gonzaga. Entretanto, ela afirmou não ter reconhecido a auxiliar de enfermagem que atendeu a filha.
- Eu não a reconheci pelas fotos, mas poderia reconhecê-la em outra ocasião.
Bastante emocionada, Roseane disse que ainda que seus dias têm sido “tristes e dolorosos”.
- O mundo acabou para mim. Os dias são tristes e dolorosos. Minha ficha não caiu ainda.
Roseane afirmou que percebeu que foram aplicadas duas doses de soro com os medicamentos Dipirona e Dramin. Já o frasco da terceira dose, ainda segundo a mãe, era diferente dos dois primeiros. Ela ainda criticou o fato de nenhum médico ou enfermeiro ter dado informações enquanto Stephanie passava mal.
A mãe descreveu o momento em que Stephanie foi medicada com vaselina.
- Ela disse pra mim: “mãe, minha boca está adormecendo!”. Daí, minha filha começou a se debater e eu pedi socorro, porque ela parecia que estava morrendo.
Em nota, a direção da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, responsável pela administração do Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, informou que, antes das contratações, os funcionários da unidade passam "por processo seletivo e prático, treinamento admissional, processo de integração ao trabalho e depois, em exercício, por reciclagens no Setor de Educação Continuada".

Homicídio culposo


O delegado José Bernardo de Carvalho Pinto, que investiga a morte de Stefanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, que recebeu 50 ml de vaselina na veia, em vez de soro, no último sábado (4), trabalha com a hipótese de erro humano. O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio culposo (sem intenção), quando não há intenção de matar.
- Está claro que houve uma imperícia de algum funcionário. É uma equipe formada por mais de 20 pessoas. Por isso, temos que individualizar a conduta de cada um. Estamos apurando um homicídio culposo.
O delegado deve começar a ouvir a partir desta quarta-feira (8) as 28 pessoas que trabalhavam no plantão do hospital São Luiz Gonzaga no dia em que ocorreu o fato. As intimações foram entregues nesta terça-feira (7).
Foto:Mãe de Stephanie diz ter presenciado o momento em que filha passou mal após receber dose de vaselina na veia. / Julia Chequer/R7

terça-feira, dezembro 14, 2010

Médico preso em flagrante enquanto abusava de menor em consultório de Cachoeiro

Um médico de Cachoeiro de Itapemirim, município localizado ao sul do Espírito Santo, foi preso em flagrante nesta terça-feira (22) quando abusava sexualmente de um adolescente de apenas 14 anos. O crime teria acontecido no consultório do médico João Herminío Altoé Vargas.
Em depoimento, a mãe do adolescente contou que o suspeito aproveitou uma consulta para violentar o menor. Os abusos do médico podem ter acontecido mais vezes, já que essa não foi a primeira vez que a vítima foi até o consultório.
O médico acusado de pedofilia foi encaminhado ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da cidade e pode pegar de três a dez anos de prisão.
Foto:Portal Via ES

segunda-feira, dezembro 13, 2010

BAIXADA SANTISTA: MÉDICO PERUANO, EX-DIRETOR DE SAÚDE DE MONGAGUÁ, PRESO POR ENVOLVIMENTO COM O TRÁFICO

Os produtos eram comprados por uma farmácia e repassados a traficantes.Um dos presos é ex-diretor de Saúde de Mongaguá.
Do G1 SP
Foram presas nesta quarta-feira (28) em São Paulo 16 pessoas acusadas de desviar produtos farmacêuticos usados na produção de cocaína.
Os produtos químicos eram comprados legalmente por uma farmácia em Mongaguá, na Baixada Santista, e depois repassados a traficantes, principalmente da Zona Leste da capital. Entre os presos está um médico peruano, ex-diretor de Saúde de Mongaguá.
A Prefeitura de Mongaguá diz que desconhecia o envolvimento do ex-funcionário com o crime.

domingo, dezembro 12, 2010

Polícia Civil prende falso médico em Rio Branco

RIO BRANCO - A Polícia Civil, numa ação conjunta com representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM-AC), e da Sociedade Brasileira de Oftamologia, sob o comando do delegado Leonardo Alves Alvarenga, da 1ª Regional, conseguiu apreender material de divulgação, documentos e produtos que estavam na Ótica La Bella Visão, localizada na Galeria Meta e que comprovaram o exercício ilegal da medicina no estabelecimento. Segundo Alvarenga, o crime estaria sendo cometido pelo optometrista Kaleo Antonio Maciel, que tem um consultório no interior da Ótica, onde realizava consultas, receitava e vendia óculos para pessoas simples e humildes que procuravam o estabelecimento, motivados por uma propaganda e do baixo custo das "consultas", que ficava em torno de R$ 30.

sábado, dezembro 11, 2010

'Ela foi induzida ao erro', afirma advogado de auxiliar de enfermagem

Mulher de 26 anos admitiu à polícia nesta quarta troca de soro por vaselina.Delegado indiciou funcionária por homicídio culposo, sem intenção de matar.
Marcelo Mora Do G1 SP

O advogado da auxiliar de enfermagem Cátia Aragaki, de 26 anos, que teria aplicado vaselina no lugar de soro na menina Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo, disse que a mulher admitiu a troca em depoimento à polícia, ocorrido na tarde desta quarta-feira (8). “Ela foi induzida ao erro. É a frase que melhor explica o que aconteceu”, afirmou Roberto Vasconcelos da Gama. A funcionária acabou indiciada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar.
No fim de semana, Stephanie chegou ao Hospital São Luiz Gonzaga com sintomas de virose e morreu depois de receber vaselina líquida, em vez de soro, na veia. Ela chegou a ser transferida para a Santa Casa, no Centro, mas não resistiu.
Segundo o advogado, Cátia admitiu ter administrado a vaselina na menina, mas afirmou ter sido induzida ao erro por causa da semelhança dos rótulos. A auxiliar chegou às 15h35 ao 73º Distrito Policial, no Jaçanã, para prestar esclarecimentos à polícia. Ela permanecia na delegacia por volta das 18h40, apesar de o depoimento ter acabado.


A auxiliar foi indiciada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. A informação é do delegado-assistente Antônio Carlos Corsi Sobrinho, do 73º DP. A pena prevista para o crime é de um a três anos de detenção. “É um erro que não pode acontecer, imperdoável”, afirmou o delegado.
Em seu depoimento à polícia, a auxiliar de enfermagem tentou explicar de que forma teria acontecido o erro. "Na hora de instalar a medicação, ela disse que pegou os dois frascos, vocês viram que são bem parecidos os rótulos, e ela leu em um hidratação e o outro passou a vista e pensou ter lido hidratação, mas era vaselina", revelou Corsi. O delegado afirmou que a mulher está "muito emocionada, traumatizada", e que "entende que, involuntariamente, causou a morte da menina"
.
O advogado da mulher considera que o problema foi gerado "pelo acondicionamento das substâncias" - o soro de reparação e a vaselina - no mesmo local, um armário. "Ela aplicou a vaselina justamente em uma total inconsciência em relação ao produto que continha o vasilhame. Nas circunstâncias em que estavam acondicionados as duas embalagens de vidro era impossível que qualquer pessoa percebesse a diferença na hora. Até porque não era do conhecimento dela, que administrava aqueles medicamentos, que existia envasado naquele mesmo tipo de recipiente de soro reparatório vaselina líquida", afirmou.


Segundo o advogado, ela é formada há dois anos e que há um ano e meio trabalhava no hospital. "Ela só está afastada, já que não tem condições de fazer qualquer tipo de atendimento, pois está muito abalada", disse. O delegado Antônio Corsi disse que as responsabilidades do hospital estão "sendo apuradas".
Além da auxiliar de enfermagem, prestaram depoimento nesta quarta-feira dois médicos e uma advogada do hospital. Antes de concluir o inquérito, Corsi deverá ouvir mais dois médicos que estavam de plantão na sexta-feira.
Depois da troca dos medicamentos, o superintendente da Santa Casa, que administra o Hospital São Luiz Gonzaga, disse que a entidade pretende usar rótulos ou até vidros diferentes para guardar vaselina e soro. A medida deve ser tomada para que o erro não volte a acontecer.
Foto 1:Auxiliar de enfermagem chega para depor emdelegacia da Zona Norte (Foto: Letícia Macedo/G1)
Foto 2:Frascoscom vaselina e soro(Foto: Reprodução/TV Globo)


Falso médico é preso em Ponta Grossa


Márcio Barros
Um rapaz, de 29 anos, com uma carteira falsa do Conselho Regional de Medicina (CRM), foi preso em Ponta Grossa, na tarde de quarta-feira. Médicos do hospital do município, desconfiaram do nervosismo do falsário, quando ele fazia uma sutura.Segundo o delegado Jairo Duarte, o rapaz foi levado para a delegacia onde foi constatado que usava a carteira, com o número de registro em nome de um médico, de Curitiba. “Ele vai responder por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.”

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Menina de 12 anos morre ao receber vaselina em vez de soro

A Santa Casa afastou toda a equipe médica que estava envolvida no atendimento

Brasil - Uma menina de 12 anos morreu, em um hospital de São Paulo, depois de receber um medicamento errado. Em vez de soro, aplicaram vaselina. A polícia abriu inquérito de homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar.
Ninguém consegue acreditar que a pequena Stephanie,(foto) de 12 anos, partiu assim, tão de repente. Ela passou mal na sexta-feira. A família conta que, em um hospital na Zona Norte de São Paulo, o médico diagnosticou uma virose e receitou soro com remédios. Rita conversou com a mãe de Stephanie logo em seguida: “Ela falou que a filha dela tinha passado mal com um remédio que deram para ela. Ai disse que ela já sentiu as mãos formigar e falou para a mãe dela que a mão estava formigando”, conta Rita Cândido da Silva, amiga da família.
Stephanie foi transferida para a Santa Casa, mas não resistiu. No relatório da própria Santa Casa diz que ela havia recebido 50 ml de vaselina. Uma mulher estava no primeiro hospital e ouviu a conversa das enfermeiras sobre o caso. “Falaram que tinham aplicado medicamento oleoso na menina e falaram também sobre a família, que a família não poderia ficar sabendo disso”, diz.
O toxicologista do Hospital das Clínicas Antony Wong explica o que acontece quando entra vaselina na corrente sanguínea: “Provoca um fenômeno que nós chamamos de embolia que vai provocando obstrução ou entupimento de várias veias e artérias. Cinquenta ml de vaselina em uma menininha de 12 anos é uma quantidade muito, muito grande”, explica.
A Santa Casa, que também administra o hospital onde Stephanie piorou, abriu uma sindicância. Mas, antes mesmo que essa investigação termine, afastou toda a equipe médica envolvida no atendimento à menina.

Morte de garota de 12 anos é investigada

5 de dezembro de 2010
A policia civil de São Paulo investiga a morte da adolescente de 12 anos Stephane dos Santos Teixeira. Segundo depoimento do pai da garota, que registrou um boletim de ocorrência no 77° DP de Santa Cecília, ela teria sido medicada incorretamente na Santa Casa de São Paulo por volta da meia-noite deste sábado.
O pai de Stephane, um operador de máquina de 36 anos, foi até a delegacia e disse que sua filha havia sidointernada por volta das 15h de sexta-feira com dores abdominais, diarreia e vômito. De acordo com a ficha de evolução clinica da menina, foi ministrada uma solução de vaselina líquida na corrente sanguínea dela, o que agravou seu estado de saúde. O caso foi registrado como homicídio culposo e foi encaminhado ao 73° DP do Jaçanã, que conduz as investigações.

Falso médico aplica golpe em advogados de SC

Um falso médico vem aplicando um golpe em escritórios de advocacia no estado de Santa Catarina. O golpista age fazendo contato telefônico com os estabelecimentos alegando estar preso numa delegacia de município próximo ao escritório da “vítima”.
Com o argumento de que está acompanhado de familiares e munido de uma boa quantidade de dinheiro, o advogado é convencido a ir até a delegacia. A caminho da repartição, vem o bote final: o falso médico faz um novo contato telefônico pedindo a compra de R$ 300 em créditos telefônicos, a serem pagos no encontro na delegacia.
Desconfiado, um advogado que estava em vias de atender o falso médico pediu para um colega ligar na delegacia onde o golpista estaria preso. Descoberta a farsa, o escritório comunicou a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Santa Catarina, que vem alertando os advogados locais sobre a prática. Ninguém foi preso até agora.
Fonte:
http://colunistas.ig.com.br/leisenegocios/2010/07/22/falso-medico-aplica-golpe-em-advogados-de-sc/

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Falso médico é preso dentro da Santa Casa de Porto Alegre

Jovem estava usando roupas para cirurgia e caminhando no ambiente externo da unidade.
Um jovem foi preso no final da tarde desta sexta feira, dentro da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, se passando por médico.
Ele estava usando roupas para cirurgia e caminhando no ambiente externo da unidade. Ao ser abordado pelos seguranças, ele disse que seria doutorando do Hospital. No entanto, a versão logo foi desmentida após os seguranças analisarem a carteira de identidade dele.
O nome William Rodrigues Marques estava bordado no jaleco que o rapaz usava e coincidia com os dados da carteira de identidade. Ele disse ter vindo de Manaus e que mora na zona Sul de Porto Alegre. O jovem disse ainda que nunca prestou vestibular para medicina e que é estudante de biblioteconomia.
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, os seguranças estranharam o fato de o jovem estar caminhando no ambiente externo com roupas de cirurgia, prática que é proibida no Hospital. O Hospital informou que o jovem circulava pelo local há pelo menos uma semana e que qualquer pessoa pode adquirir um jaleco e bordar o que desejar.
A Santa Casa, descartou a possibilidade de o falso médico ter tido contato com pacientes, até mesmo porque doutorandos não têm esse tipo de acesso. O jovem foi preso pela Brigada Militar e prestou depoimento na Área Judiciária da Polícia Civil, que registrou a ocorrência de falsa identidade.
RÁDIO GAÚCHA

quarta-feira, dezembro 08, 2010

PE: Falso médico é detido em flagrante pela 2ª vez


Em cada plantão noturno, o falso médico atendia entre seis e sete pacientes

José André da Silva trabalhava há um mês e meio como clínico-geral no hospital da rede particular Santa Genoveva, em Candeias, Jaboatão. Ele é acusado de exercício ilegal da medicina e estelionato
Um homem foi preso, na manhã de ontem, acusado de exercício ilegal da medicina e estelionato. José André da Silva, 30 anos, foi detido em flagrante no Hospital Santa Genoveva, da rede particular, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Ele trabalhava há um mês e meio como clínico-geral plantonista. Em cada plantão noturno, o falso médico atendia entre seis e sete pacientes. Em 2006, José André já havia sido preso pelo mesmo crime.
Para conseguir o emprego, José André, que é técnico em enfermagem, usou o nome de um médico oftalmologista identificado apenas como Rômulo, que atua no interior do Estado. O acusado se consultou com o verdadeiro médico, pegou as informações da receita e confeccionou um novo carimbo. A denúncia partiu do médico verdadeiro. Rômulo desconfiou que estavam usando seu nome e prestou queixa à polícia. “Como ele tinha um pouco de conhecimento da área médica, devido a sua formação, conseguia atender os pacientes, receitar medicamentos e dar alta”, disse a delegada de Jaboatão dos Guararapes, Patrícia Domingos.
Com o falso médico, foram apreendidos um jaleco, um estetoscópio (instrumento usado para auscultar sons vasculares e respiratórios do corpo humano), o carimbo com as informações clonadas, prontuários, receitas e amostras grátis de remédios. Após o registro do flagrante, o acusado foi encaminhado ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
O Hospital Santa Genoveva confirmou, em nota, que havia contratado José André como plantonista autônomo e que pagava R$ 400 por cada plantão. O pagamento era feito em cheques nominais a Rômulo. Todos foram sacados ou compensados. A advogada do hospital, Maria José Mendonça, disse que no momento da contratação o falso médico apresentou apenas o carimbo. “Checamos no site do Cremepe e vimos que o registro era legal. Também solicitamos outros documentos, como o diploma, que ele ficou de apresentar e acabou não o fazendo”, completou.
A delegada Patrícia Domingos afirmou que, caso seja comprovado que houve negligência do hospital na contratação do acusado, a empresa poderá passar por sanções administrativas. Também foram solicitados prontuários dos pacientes atendidos por José André. Os doentes que identificarem o falso médico, podem entrar em contato com a Delegacia de Jaboatão pelos telefones 3184-3439 ou 3184-3442. A pena para os crimes de exercício ilegal da medicina e estelionato podem chegar a sete anos de detenção.
HISTÓRICO
José André foi detido em novembro de 2006 e já cumpriu pena por um ano e nove meses. Na época, ele trabalhava nos hospitais de Itaquitinga e Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte, e no Hospital de Limoeiro. Antes, já havia passado pelos hospitais de Carpina e Igarassu e chegou a atuar na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Maria Lucinda, no Recife, e como médico regulador, com atendimento por telefone, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), também na capital. Quando foi preso pela primeira vez, ele apresentou um diploma falso e usava o registro profissional de um médico que tinha o nome parecido.
Este ano, o Conselho Regional de Medicina (Cremepe) registrou dois casos de exercício ilegal da medicina. O conselho orienta pacientes que se sentirem lesados a denunciar.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Preso em Sergipe falso médico que "prestou serviço" na Bahia


A polícia de Lagarto, interior de Sergipe, prendeu o baiano de Jaguaquara, Élvio Silvio Rocha da Silva, 34 anos, sob acusação de exercício ilegal de profissão. Silva, que passou meses se passando por médico nos municípios baianos de Rio Real e Jaguaquara, confessou ter “atendido” mais de mil pessoas, incluindo pacientes em dois hospitais de Lagarto.Ele foi preso na manhã desta terça-feira, 18, horas depois de tentar financiar um veículo, apresentando documentação em nome de outra pessoa. De posse dos dados fornecidos, o agente financeiro descobriu que o verdadeiro médico residia em outra cidade e entrou em contato com a vítima.O titular da documentação, que mora em Salvador, comunicou o fato ao delegado, Ademir da Silva, e foi orientado sobre como deveria agir. Seu pai, então, marcou uma consulta com o falso médico no hospital de Lagarto e, em seguida, registrou uma ocorrência na polícia, que prendeu o acusado em flagrante.Ao chegar ao hospital, a polícia encontrou Élvio no consultório “atendendo” mais um paciente. No local, foram apreendidos prontuários, blocos de atestados, medicamentos e receituários.
De acordo com as informações preliminares, o acusado se apossou da carteira do Conselho Federal de Medicina do médico, que trabalha em Salvador, e passou a utilizar o documento para conseguir dinheiro. Os valores arrecadados não foram divulgados pela polícia, que continua as investigações.Em depoimento, o falso médico tentou se defender, alegando que tinha conhecimento na área de saúde “por ter cursado alguns períodos em uma faculdade de Medicina de Buenos Aires, na Argentina". Contou que desistiu depois de ficar sabendo que o curso não era reconhecido no Brasil. O falso médico vai responder pelos crimes de estelionato tentado, falsidade ideológica, uso de documentação falsa e exercício ilegal da medicina.
Ele foi apresentado na sede da Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP) e está à disposição da Justiça.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Falso médico morador do Triângulo Mineiro é preso em Brasília

A suíte 803 do Hotel Bristol, em Brasília, era o consultório de Miguel Arcanjo. Lá, o suposto médico de 46 anos foi detido na tarde de sábado, após uma denúncia anônima feita ao Ministério Público do Distrito Federal. Além de realizar procedimentos típicos de uma clínica médica, o terapeuta prescrevia e vendia de forma ilegal diversos remédios para hipertensão, coração e reposição minerais.
Por volta das 15h, os agentes da 5ª Delegacia de Polícia renderam o chamado Doutor Arcanjo, natural de São Paulo. Com ele, foram encontrados pelo menos 400 unidades de medicamentos trazidos de sua empresa de distribuição em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, onde também mora. Em depoimento, umas das vítimas contou que há muito tempo se consultava com o falso médico e, por isso, levou a filha de 5 anos em busca de uma prescrição de um remédio para depressão. "Segundo ela, Miguel era muito requisitado, mas conseguiu um encaixe para a filha. A vítima não sabia que ele não era médico. Mas no final do depoimento tentou ajudá-lo por gratidão aos serviços prestados", conta Diaulas Ribeiro, promotor de Defesa dos Usuários de Serviços de Saúde (Pró-Vida).
Segundo investigações do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), há pelo menos três anos ele vinha da cidade mineira para atuar em Brasília. Ele fazia diagnóstico de doença cardíaca sem ter ao menos um aparelho de pressão no consultório improvisado. Arcanjo não possui registro no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, tampouco em Minas Gerais. Apresentava aos pacientes a carteira de terapeuta — CRT-Nº35258, emitida sem validade pelo Conselho Regional de Terapia, sindicados e associações.
Para o promotor Diaulas, o Sindicato Nacional dos Terapeutas quer pressupor a existência da profissão, mas eles não têm autonomia para isso. "Só uma lei federal pode garantir o livre exercício. Além disso, esses profissionais não podem prescrever remédios, assim como os médicos, e muito menos vendê-los", alerta. Vale lembrar que entre os diversos tipos de terapia somente a ocupacional, que exige nível superior, é regulamentada.
Na tarde de sábado, o falso médico assinou um termo circunstanciado pelo crime de exercício ilegal da medicina e responderá em liberdade. Neste domingo, ele voltou para Ituiutaba (MG). Se condenado, a pena varia de seis meses a dois anos de prisão. "Pelo crime do exercício ilegal, ele pode fazer um acordo com o Ministério Público e receber uma pena alternativa. Agora, em relação ao crime tributário, ele não escapará", afirma Diaulas Ribeiro.
Fonte:http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/05/02/noticia_minas,i=158048/index.shtml

domingo, dezembro 05, 2010

Falso médico acusado de atender pacientes é preso em hospital no RJ

Estudante atuava em hospital na Baixada Fluminense.
Ele nega as acusações e diz que fazia estágio no local.
A polícia prendeu um estudante suspeito de exercício ilegal da medicina em um hospital na Baixada Fluminense. Ele usava carimbo e até receitava medicamentos para pacientes. O suposto falso médico atuava como obstetra e foi preso em flagrante no domingo no Hospital de Clínicas de Belford Roxo.
No consultório onde o suposto falso médico preso no domingo atuava, a polícia encontrou receitas em branco assinadas e carimbadas por médicas, com registro. Muitas delas para remédios com venda controlada.
Segundo a polícia, o estudante de medicina recebia R$ 700 por mês para fazer quatro plantões.
Quando a polícia chegou ao local, um colombiano que também estaria se passando por médico fugiu pela porta dos fundos. Segundo os investigadores, o dono do Hospital de Clínicas deve ser indiciado pelos mesmo crimes, exercício ilegal de medicina e falsificação de documentos.
O hospital tem um centro cirúrgico e uma maternidade. De acordo com a polícia, na domingo os únicos plantonistas eram os supostos falsos médicos. A mãe de uma gestante, que perdeu o bebê durante o parto, conta que a filha recebeu alta e voltou para o hospital com fortes dores.O hospital faz atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e também, segundo o inquérito, atente gratuitamente alguns pacientes fora do SUS.
No local, a polícia encontrou propaganda eleitoral de um candidato a deputado estadual, que seria irmão do dono do hospital. Por causa da suspeita de crime eleitoral, a delegacia vai encaminhar cópia da investigação ao TRE.
Número de denúncias aumentou
O caso também será levado à Vigilância Sanitária e ao Conselho Regional de Medicina (Cremerj). O estudante flagrado pela polícia negou as acusações e disse que fazia apenas um estágio no Hospital de Clínicas de Belford Roxo.
O número de denúncias de estudantes de medicina e de outros profissionais da área da saúde atuando como médicos aumentou em 50% após a morte da menina Joanna Cardoso Marcenal.
O levantamento feito pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP) aponta que os locais com mais registros da prática ilegal são hospitais da rede particular, situados na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
Menina de 5 anos foi atendida por outro falso médicoA prisão do médico acontece 20 dias após a morte da menina Joanna Cardoso Martins, de 5 anos. Joanna ficou quase um mês em coma no hospital.
A menina foi atendida no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade e foi liberada desacordada por um falso médico, estudante de medicina. Joanna foi internada depois em um hospital em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
Na sexta-feira (3), o Ministério Público do Rio denunciou por exercício ilegal da Medicina, com resultado morte, estelionato, falsificação e uso de documentos e tráfico ilícito de entorpecentes, nesta sexta-feira (3) o estudante que liberou Joanna.
Já a pediatra que o contratou foi denunciada por homicídio doloso e pode pegar até 20 anos de prisão. A médica está presa desde o dia 14 de agosto, e nega as acusações.

sábado, dezembro 04, 2010

Falta de conversa (entre os médicos) eleva o número de mortes em UTI


Comunicação falha entre médicos causa atrasos fatais em procedimentos

Estudo com 792 doentes mostrou que taxa de mortalidade cai quando equipes fazem mais troca de informações
A falta de comunicação entre médicos de UTI pode aumentar a taxa de mortalidade, revela um estudo feito por grupo ligado ao Hospital Moinhos de Vento e à Universidade Federal de Ciências da Saúde, de Porto Alegre.
De tão grave, o problema é uma das prioridades da campanha lançada esta semana pela Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) com o objetivo de aumentar a segurança nas unidades de terapia intensiva.
"Certamente, a falta de comunicação é a primeira causa de eventos adversos em UTIs", diz Álvaro Réa-Neto, coordenador da campanha da entidade, que prevê reuniões em várias capitais. Um dos itens da cartilha é dedicado a essa questão.
O ambiente lotado de pacientes críticos, a correria dos profissionais e a falta de rotinas estabelecidas para disseminar as informações criam um terreno fértil para a comunicação truncada.

FALTA REUNIÃO

Entre os problemas mais citados estão a falta de encontros entre todos os profissionais envolvidos, os atrasos em procedimentos como o início de uma terapia com antibióticos, a retirada da ventilação mecânica e técnicas de prevenção da trombose venosa profunda.
Os especialistas notam também diferentes percepções do que é importante relatar, dificuldades que os membros mais jovens têm de questionar os mais velhos e visões diferentes de condutas dentro da equipe.
"Um dos grandes problemas é a comunicação entre diferentes profissionais. Nem sempre o que um transmite é o mesmo que é ouvido pelo outro", diz o médico especialista em medicina intensiva Cassiano Teixeira, um dos líderes do trabalho.
"A rotina ideal é aquela em que todos os participantes do caso conseguem se reunir em algum momento do dia para discutir o caso." Mas isso nem sempre acontece.
Para chegar ao resultado, os pesquisadores gaúchos acompanharam 792 pacientes durante um ano e meio. Eles foram divididos em três grupos, conforme a frequência de comunicação entre os médicos-assistentes -que comandam o caso, mas não ficam o tempo todo na UTI- e os médicos rotineiros da unidade, responsáveis pelas complicações agudas.
A taxa de mortalidade foi de 26% no grupo que se comunicava raramente -que incluiu quase 10% dos pacientes. Naqueles em que as conversas eram quase diárias, a taxa ficou em 13%.
"O importante não é achar culpados, mas encontrar processos que levam a repetições de erros. Se não cuidar do processo, não adianta trocar pessoas", diz Réa-Neto.
"É uma questão de hábito, de boa vontade, mas muitas equipes ainda não desenvolveram esse hábito", observa Maria Ângela Gonçalves Paschoal, enfermeira-chefe da UTI do Hospital Santa Isabel e da Santa Casa de São Paulo.
Unidades com dez leitos têm, em média, dois médicos e dois enfermeiros por turno, e oito técnicos de enfermagem e dois fisioterapeutas.
Também circulam por ali médicos de outras especialidades, fonoaudiólogos, psicólogos e nutricionistas. Todos se revezam em turnos de quatro ou seis horas e plantões noturnos de doze horas.

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Reclamação deixada no Centro de Saúde de Melgaço sobre a morte do meu Amigo Gonçalo Cavalheiro

Melgaço, 17 de Agosto de 2010

Ex.mos Srs.

Serve a presente reclamação para sensibilizar todos os médicos deste posto de saúde, que diariamente cuidam os pacientes que aqui se dirigem em busca de auxílio. Tudo começa com a ida do Gonçalo ao Posto de Saúde de Melgaço, no dia 30 de Julho de 2010 às 20h00. Entrou febril a queixar-se de cansaço e alguma dor de garganta, ao que lhe foi diagnosticado uma faringite, uma vez que já não tem amígdalas. O médico de serviço, receitou-lhe um anti-inflamatório ( Brufen), um anti-pirético ( Ben-U-Ron) e ainda um antibiótico ( Augmentin-Duo). Ele dirigiu-se à sua casa em Melgaço, onde ficou em repouso e em contacto com a família que estava no Porto, transmitindo que seria um simples resfriado. No dia 01 de Agosto às 11h40 voltou ao posto de saúde por não sentir qualquer melhora no seu estado de saúde e porque lhe haviam aparecido umas manchas no corpo que o preocuparam. Nesta mesma ida à consulta, cujo à observação médica não durou mais de 5 minutos, não lhe sendo tão pouco confirmada a febre (40 graus) nem o cansaço que bem demonstrava, nem outro tipo de exame, como por exemplo auscultação e medição da tensão arterial (medida no Centro Hospitalar de Gaia na 2ª. feira dia 02 de Agosto e que era de 4 /9) e ainda não lhe foi valorizada a informação que ele prestou ao médico dada pelo seu vizinho que o transportou de que aquelas manchas poderiam ter sido provocadas pela febre da carraça e que a autópsia virá certamente elucidar. O Gonçalo era um rapaz atlético, forte, desportista e muito saudável, foi jogador de ténis de alta competição e estava a leccionar Educação Física na Escola de Melgaço. Conhecido por todos por ser um excelente amigo e exemplar professor, trabalhador, dedicado e esforçado, merecia ter sido atendido com mais consideração à segunda vez que se apresenta aos médicos desesperado por ajuda. Acontece que nem a febre lhe tiraram nesta segunda consulta e as tais manchas foram desvalorizadas, tendo sido associadas a uma mera alergia ao antibiótico……só que essa hipótese custou a vida de um homem, de um amigo, de um filho, de um irmão e é na qualidade de mãe e por toda a família que me dirijo aos responsáveis deste posto de saúde, de modo a consciencializar todos os que aqui trabalham para que cumpram as suas funções de forma mais responsável, de modo a evitar que maus diagnósticos possam continuar a provocar o sofrimento desnecessário e até a morte dos cidadãos que pagam e confiam no sistema de sáude. Para além de ser super saudável, o Gonçalo era ainda um cidadão exemplar. Era dador de sangue, bombeiro voluntário e não vejo porquê não repetir, um excelente professor. A nossa indignação não nos trará o Gonçalo de volta, mas tem a força necessária para que seja ouvida e faça reflectir a todos os que estiveram envolvidos com o tratamento deste JOVEM DE 36 ANOS. O Gonçalo deveria ter sido imediatamente encaminhado ao hospital para que lhe fossem feitas análises ao sangue e demais exames. Mas não, foi mandado para casa, onde lentamente adoecia e uma infecção generalizada (Septicemia) tomava silenciosamente conta do seu sistema imunitário.O Pai vem em seu auxílio no dia 1 de Agosto para o levar para o Porto ao hospital. Só que o Gonçalo já estava bastante doente e apesar dos esforços dos médicos ele acabou por falecer no dia 5 de Agosto de 2010 às 12h50, depois de ter sido induzido em coma para se tentar identificar o foco da infecção que o conduziu a tal destino. Se o Gonçalo tivesse sido diagnosticado convenientemente, tratado dignamente, recebido os cuidados indispensáveis à sua saúde, certamente ainda estaria a gozar a vida e a todos nós teria sido poupado o sofrimento, a indignação e o questionamento da incoerência da vida, mas mais e pior do que isso, o questionamento de todo este sistema de saúde falho, indiferente e que em vez de tratar, deixa morrer. Que as pessoas desta vila possam ver os seus direitos de saúde assegurados e não mais sejam tratadas desta forma irresponsável que pode piorar os seus estados de doença e no limite, levá-las à morte e que os pais não sejam enganados à distância (150 KM) como nós fomos, fazendo-nos acreditar tratar-se de um simples estado gripal. Pela saúde, este apelo.

A mãe, em nome de toda a família,


Maria Manuela Dias da Silva Guardão Cavalheiro


Esta carta é aqui publicada a pedido da família, para conhecimento e sensibilização de todos e para divulgação.
Enquanto amigos, fazemos e faremos o que nos compete, delatar esta situação. Porque há incompetências e negligências que não se podem branquear. E porque deve haver justiça, o que quer que isso signifique.


F.B.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Estude sobre a caracterização do erro médico Belo Horizonte, Minas Gerais

O objetivo desse artigo é promover a análise acerca dos erros médicos. O autor descreve as situações e a Legislação Brasileira. Conheça os detalhes de quando a condenação pode ocorrer.
Erro médico é a falha do médico no exercício da profissão. É o mau resultado ou resultado adverso decorrente da ação ou da omissão do médico, por inobservância de conduta técnica, estando o profissional no pleno exercício de suas faculdades mentais. Excluem-se as limitações impostas pela própria natureza da doença, bem como as lesões produzidas deliberadamente pelo médico para tratar um mal maior. Observa-se que todos os casos de erro médico julgados nos Conselhos de Medicina ou na Justiça, em que o médico foi condenado, o foi por erro culposo.

O erro médico pode ocorrer por:

a) Imperícia decorrente da falta de observação das normas técnicas, por despreparo prático ou por insuficiência de conhecimentos. Considerar um médico imperito é discutível, tratando-se de um profissional longamente treinado nas escolas médicas e nos programas de residência médica, com no mínimo 8 até um máximo de 11 anos de estudos e prática. É uma premissa que, não sendo aceita, torna-se um agravante;
b) Imprudência quando o médico assume riscos para o paciente sem respaldo científico para seu procedimento;
c) Negligência, é a forma mais freqüente de erro médico nos hospitais do governo, onde o doente é um matriculado na instituição e não um paciente do médico, e este negligencia os cuidados por falta de uma relação médico-paciente-familia estreita.

Freqüentemente se associam imprudência com negligência - induzir uma anestesia sem ter à mão uma cânula para intubação traqueal e oxigênio!

2 - Falha Técnica: esta depende da competência e da dedicação do médico mas também da resposta do paciente que pode falhar, agravada por doença ou situação desconhecida.
3 - Erro doloso: é aquele cometido voluntariamente, sendo inadmissível que um médico o venha a cometer. Trata-se pois de um crime!
4 - Erro diagnóstico: o diagnóstico para ser exato deve ser genérico, pois são desconhecidas as causas de 25% a 30% das doenças conhecidas.
5 - Erro de conduta: o médico não pode errar a conduta (imperícia!). Esta deve ser ajustada a cada momento, seguindo a evolução clínica (diagnóstica ou terapêutica) e de acordo com as respostas a cada momento. Tudo deve ser corrigido passo a passo, em tempo real, para que o desvio seja o menor possível e o retorno ao caminho certo seja mais fácil, rápido e com as menores seqüelas.
6 - Erro deliberado: é aquele realizado para tratar mal maior.
7 -Erro profissional: a Justiça assim considera aquele decorrente de falha não imputável ao médico, e que depende das naturais limitações da Medicina que não possibilitam sempre e com certeza o estabelecimento de um diagnóstico exato. A omissão de dados e informações pelo paciente também contribuem para este tipo de erro médico.
8 - Erro técnico: se refere a erro do médico procedente de falhas estruturais, quando os meios (falta de equipamentos) ou as condições de trabalho na instituição por ocasião do atendimento médico são insuficientes ou ineficazes para uma resposta satisfatória. São comuns as falhas dos esfigmomanômetros, dos autoclaves, dos aparelhos de raios-X, dos aparelhos de anestesia, dos aparelhos para ventilação mecânica, das ambulâncias, nas condições de higiene propiciando a infecção hospitalar, etc., e até mesmo a inexistência do próprio leito para o paciente, fato lamentávelmente comum...

A legislação brasileira aprecia o erro médico em vários diplomas:
Decreto-Lei No. 20.931/32 de 11 de janeiro de 1932:"(...)

Art. 11 - Os médicos, (...) que cometerem falta grave ou erro de ofício, poderão ser suspensos do exercício de sua profissão pelo prazo de seis meses a 2 anos e, se exercerem função pública, serão demitidos dos respectivos cargos.(...)"
Art. 186 do N.C.C - Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar direito ou causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito prejuízo a outrem ficando assim obrigado a reparar o dano.(...)

Código Penal

Art. 18 - Diz-se o crime:I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzí-lo;II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.(...)
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.(...)"
Do ponto de vista jurídico o erro médico é o mau resultado involuntário do trabalho médico, sem a intenção de produzí-lo. Havendo tal intenção qualifica-se como infração prevista no Código Penal Brasileiro no seu Art. 129.
Código de Ética Médica: É vedado ao médico -"(...)
Art. 29 - Praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser caracterizados como imperícia, imprudência ou negligência. (...)"
Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, reza:"(...)
Art. 37 - XXI - parágrafo 6o.: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.(...)"

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sendo pessoas jurídicas de direito público interno, são diretamente responsáveis por todos os atos praticados por seus agentes públicos. Estes, agindo nessa qualidade, em produzindo danos ao patrimônio alheio, geram a obrigação de indenizar para o ente público ao qual estão vinculados. É o que se chama de responsabilidade objetiva.Assim, se um médico do serviço público (SUS, por exemplo), no exercício de sua profissão, por culpa (negligência, imperícia ou imprudência) provocar dano à saúde de algum paciente, provado o fato e caracterizado o nexo causal, a União será obrigada, por sentença, a indenizar a vítima, independentemente das sanções penais, cíveis, éticas e administrativas a que o autor do ato ilícito estiver sujeito.
O mesmo raciocínio se aplicará, por força do Art. 1.521, III, do Código Civil, aos particulares, por ações praticadas a serviço deles, desde que lesem o patrimônio juridicamente protegido de terceiros.
Caberá aos inicialmente responsabilizados o direito de regresso sobre o último, isto é, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios indenizam o paciente e depois cobrarão o indenizado do médico através de processo.

Bacharel em Direito pelo Centro Unificado de Ensino de Brasília - Uniceub, Pós -graudado em Direito em Direito Público, palestrante sobre temas relacionados a Responsabilidade Civil do Médico.Fonte:
http://local.artigosinformativos.com.br/Estude_sobre_a_caracterizacao_do_erro_medico_Belo_Horizonte_Minas_Gerais-r1184730-Belo_horizonte_MG.html