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terça-feira, novembro 30, 2010

Laudo pode apontar erro médico em hospital de BH

A família do engenheiro aposentado José Maria Batista, de 84 anos, aguarda com ansiedade o resultado do laudo de necropsia que apontará o motivo da morte do aposentado. No fim da última semana, familiares levantaram a suspeita de que José Maria pode ter sido vítima de um erro médico da equipe do Hospital Vila da Serra, localizado no bairro de mesmo nome, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ficou internado por 10 dias. De acordo com os parentes, um enfermeiro teria se enganado e injetado alimentação na veia no paciente, e não pela sonda, como deveria ter ocorrido. No domingo, o diretor-clínico do hospital, Márcio de Almeida Sales, informou que uma sindicância interna para apurar o episódio será concluída até terça-feira.
Para a família, a necropsia é o mais importante. “Temos que aguardar o resultado do laudo. Na próxima semana, vou discutir o assunto com meus irmãos. Entendemos que o momento mais apropriado para isso ainda está por vir”, disse Adriana Alvares Batista, de 45 anos, filha do aposentado. A família estuda a hipótese de acionar um advogado para acompanhar o caso e a investigação do 2º Distrito de Polícia Civil, de Nova Lima.
Na sexta-feira, um boletim de ocorrência foi registrado e o delegado Nilton de Fátima Miranda chegou a visitar o hospital investigado. O policial informou que o laudo é a principal peça de apuração do episódio. Funcionários da unidade de saúde também devem ser chamados a depor.
O corpo do engenheiro foi enterrado na tarde de sábado no Cemitério e Crematório Parque Renascer, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em cerimônia marcada pela revolta e emoção. José Maria foi internado com quadro de derrame cerebral e deveria receber alta nos próximos dias. Há cinco meses, ele só se alimentava por sonda ligada ao estômago. O procedimento era acompanhado por profissionais contratados pela família. Na manhã de sexta-feira, a suposta inversão das mangueiras usadas para alimentação e medicamentos teria sido testemunhada por uma das acompanhantes.
Segundo o diretor-clínico do Vila da Serra, Márcio de Almeida Sales, o hospital abriu sindicância para apurar o episódio. “Já chamamos enfermeiros e médicos para ouvi-los e verificar o que aconteceu. Vamos conferir os prontuários para chegar a uma conclusão até terça-feira”, disse Sales. Nos últimos dias, o hospital sustentou que o caso do paciente era considerado grave, por isso seria cedo para saber se a versão da família é a correta.
Segundo a assessoria de imprensa do Conselho Regional de Medicina (CRM), casos como o da morte do aposentado podem ser investigados por meio de sindicância. Se houver indícios que comprovam a denúncia, é aberto processo ético-profissional. Se a família quiser que o caso seja acompanhado pelo Ministério Público, poderá acionar a Promotoria de Defesa da Saúde da comarca de Nova Lima. As secretarias municipal e estadual de Saúde afirmaram que só poderiam atuar no caso se o paciente tivesse sido atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, José Maria Batista utilizou convênio médico do Hospital.
Fonte:http://wwo.uai.com.br