Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Inacreditáveis erros médicos 10

Ponte de safena feita em artéria errada

Dois meses depois de uma operação de ponte de safena dupla, que deveria ter salvado a sua vida, o comediante Dana Carvey, que atuava no Saturday Night Live, recebeu uma notícia deprimente: o cirurgião cardíaco havia operado a artéria errada. O homem de 45 anos, e pai de duas crianças pequenas — para resolver o problema de um bloqueio que poderia ter tirado a sua vida — foi encaminhado para outra cirurgia de emergência.
Respondendo ao processo de U$ 7 milhões, que Dana iniciou, o cirurgião disse que foi um erro honesto já que a artéria do paciente esta situada em uma posição incomum no seu coração. Mas Dana não viu assim: “É como remover o rim errado. É um erro grande assim”, ele disse à revista People. [
FDA]


segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Inacreditáveis erros médicos 09

Cirurgia sem anestésico leva homem a sentir cada corte do bisturi


Um homem de West Virginia, nos EUA, alega que uma anestesia inadequada fez com que um homem sentisse todos os cortes do bisturi do cirurgião, um trauma que sua família acredita ter levado o homem a tirar sua própria vida duas semanas depois.
Sherman Sizemore sofreu uma cirurgia exploratória em 2006 para deternimar a causa de suas dores abdominais. Mas durante a cirurgia o homem alegou haver experimentado consciência anestésica, um estado em que o paciente pode sentir dor, pressão ou desconforto durante a operação, mas não pode se comunicar ou sequer mover um músculo.
De acordo com a reclamação o paciente recebeu drogas para paralisá-lo, mas não recebeu a anestesia geral que o levaria à inconsciência e tiraria a capacidade de sentir dor. A família do paciente de 76 anos, que era pastor da igreja Batista, disse que o homem tirou sua própria vida por causa da traumática experiência de estar acordado durante a cirurgia, mas incapaz de gritar de dor. [
MSNBC]


domingo, fevereiro 20, 2011

Inacreditáveis erros médicos 08

Rim saudável é removido no lugar do órgão doente

No estado de Minnesota, nos EUA, um paciente foi submetido a uma remoção de rim por causa de um tumor maligno. Infelizmente o rim removido foi o saudável.
“A descoberta de que este foi o rim errado foi feito no dia seguinte quando o patologista examinou o material e não encontrou evidência de qualquer malignidade”, disse o Dr. Samuel Carlson, o médico chefe do Park Nicollet Hospital. O rim potencialmente canceroso permaneceu intacto e funcionando. [
Wcco]


sábado, fevereiro 19, 2011

Inacreditáveis erros médicos 07

Perna errada é amputada

Não é nada agradável ter que sofrer a terrível perda de uma de suas pernas por amputação, mas ainda é muito pior quando levam a sua perna boa. Este é talvez o caso mais notórios dos que estão aqui listados e ocorreu quando Willie King precisou amputar uma de suas pernas em 1995, na Flórida, nos EUA.
Uma cadeia de erros levou a perna errada a ser preparada para cirurgia e os cirurgiões perceberam o terrível engano no meio do procedimento, quando já era tarde demais.
Como resultado a licença médica do cirurgião foi suspensa por seis meses e ele foi multado em U$ 10 mil. O University Community Hospital de Tampa, onde a cirurgia ocorreu, pagou U$ 900 mil para Willie e o próprio cirurgião pagou mais U$ 250 mil.
Quando
você cobraria por uma de suas pernas? [Find Article]

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Inacreditáveis erros médicos 06

Cirurgia feita no lado errado do cérebro pela terceira vez no mesmo ano.

Foi a terceira vez, no período de um ano, que médicos do Rhode Island Hospital operaram no lado errado do cérebro dos pacientes. O último episódio foi em novembro de 2007 quando os médicos precisaram interromper uma hemorragia intracraniana. Apesar da tomografia mostrar claramente que o problema estava no lado esquerdo da cabeça da paciente o cirurgião começou perfurando o lado direito do crânio da mulher de 82 anos. O erro foi notado logo em seguida e o neurocirurgião prosseguiu a cirurgia no lado correto da cabeça da paciente.
Em fevereiro de 2008 ocorreu algo muito similar no mesmo hospital, e em agosto do mesmo ano, um homem de 86 anos morreu três semanas depois que um cirurgião acidentalmente operou no lado errado de seu cérebro. [
MSNBC]


quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Inacreditáveis erros médicos 05

Cirurgia cardíaca no paciente errado

Joan Morris (um pseudônimo) de 67 anos foi admitida para realizar uma angiografia no cérebro. No dia seguinte ela recebeu, por engano, uma cirurgia cardíaca invasiva para um estudo de eletrofisiologia.
Depois da angiografia ela foi transferida para o andar errado, e ao invés de retornar para seu leito original e receber alta no dia seguinte ela acabou sofrendo uma cirurgia cardíaca que a colocou em riscos de hemorragia, infecção, ataque cardíaco e derrames.
Durante a cirurgia o médico recebeu um telefonema de um colega perguntando “o que você está fazendo com a minha paciente?”. Neste momento foi constatado o enorme erro e a paciente voltou para seu leito em condição estável, depois do estudo ser suspenso. [
Linking Hub]


quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Inacreditáveis erros médicos 04

Uma lembrança de 33 centímetros

Donald Church, de 49 anos, tinha um tumor no seu abdômen quando chegou no Centro Médico da Universidade de Washington, em junho de 2000. Quando ele recebeu alta o tumor havia sido removido, mas um afastador de metal de 33 centímetros de comprimento permaneceu no seu abdômen por engano.
O hospital, que reportou outros quatro incidentes similares entre 1997 e 2000, removeu a peça e pagou U$ 97 mil para Donald. [
Seattle Pi]

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Inacreditáveis erros médicos 03

Testículo de U$ 200 mil

Benjamin Houghton, um veterano da Força Aérea dos EUA de 47 anos agendou uma cirurgia para remover seu testículo esquerdo por temores de câncer. Mas uma série de erros levou à remoção do seu testículo direito.
Quando Benjamin processou o VA Medical Center conseguiu apenas U$ 200 mil por seu testículo perdido. [
AC]

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Inacreditáveis erros médicos 02

Recebeu o pulmão e coração errados

Jésica Santillán, de 17 anos, recebeu o coração e os pulmões de um doador incompatível. Os médicos Centro Médico da Universidade de Duke parecem não ter feito a verificação de compatibilidade antes da cirurgia. Depois de um segundo transplante para corrigir o erro ela sofreu danos neurológicos e outras complicações que adiantaram o seu falecimento.
Jésica tinha sangue tipo ‘O’ e recebeu os órgãos de um doador tipo ‘A’.
O hospital assumiu o erro e fizeram um acordo financeiro com a família da menina. Nenhuma das partes pode comentar o caso. [
CBS News]

domingo, fevereiro 13, 2011

Inacreditáveis erros médicos 01

A clínica de fertilidade que usou o esperma errado
Quando Nancy Andrews dos EUA, de etnia hispânica, engravidou através de fertilização “in vitro” ela e seu marido esperavam uma filha. O que eles não esperavam é que a menina fosse negra, já que seu marido é caucasiano. Exames de DNA indicam que os médicos da clínica utilizaram o esperma de outro homen para inseminar os óvulos de Nancy.
O casal cria a menina como sua filha desde seu nascimento em outubro de 2004, mas estão processando a clínica e o embriologista responsável. [
Daily News]

sábado, fevereiro 12, 2011

Criança vai parar na UTI após medicação errada

Menino estava com dores no estômago e recebeu remédio para asma em unidade de saúde de Cruz das ArmasLucilene Meireles
Primeiro Caderno
Dia-a-diaEdição de segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Uma criança de apenas 4 anos está internada no Hospital Assistência Médica Infantil da Paraíba (Amip), em João Pessoa, desde a semana passada depois de receber um medicamento errado. Em lugar do remédio prescrito pela médica para combater dores estomacais, uma enfermeira da Unidade de Saúde de Cruz das Armas - antigo Lactário - entregou Berotec, medicamento indicado para casos de asma. O remédio foi administrado em uma única dose, causando uma forte reação na criança, que foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Uma parente do menino, a funcionária pública Rita Barroso, disse que a criança foi levada até o posto porque sentia fortes dores no estômago. O medicamento que a médica prescreveu era indicado para verme e deveria ser tomado em dose única. Não é o caso do Berotec, que precisa ser administrado com cautela, já que provoca taquicardia. "Meu afilhado, Ricardo Ferreira da Silva, levou seu filho de 4 anos (Walter Ricardo) ao posto de saúde do Lactário de Cruz das Armas (#) e uma enfermeira irresponsável deu o remédio para asma, mandando aplicar na criança em dose única", relatou.
Ela considera o caso um absurdo e pede que a enfermeira seja responsabilizada pela troca do medicamento. "Essa enfermeira não tem preparo algum. Vamos denunciar o descaso desse posto. Denunciar tudo. Deus tomara que essa criança escape, mas caso contrário, quem pagará? Ninguém, pois para pessoas pobres, a justiça não chega. Estou horrorizada", completou.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o caso será investigado esta semana. Se for comprovado que a denúncia tem procedência, serão tomadas as medidas cabíveis. A enfermeira poderá, inclusive, ser demitida. Segundo uma funcionária do Amip, que preferiu não se identificar, a criança está fora de perigo e encontra-se numa enfermaria comum.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Falso médico é preso após indicar remédio errado em MG

Com registro do Ceará, ele trabalhava em hospital há mais de um ano.Segundo polícia, ele já havia sido investigado em Mato Grosso.

Da Globominas*

Um homem suspeito de trabalhar ilegalmente como médico está preso em Ipiaçu (MG). Ele estaria se passando por clínico-geral e foi detido na noite de segunda-feira (19), no momento em que fazia um atendimento.
A polícia chegou até ele depois de uma denúncia feita por um dos pacientes. O suspeito teria indicado um medicamento errado. Ele trabalhava no hospital há um ano e quatro meses e chegava a fazer até 50 consultas por dia. As receitas tinham o carimbo com um número do Conselho Regional de Medicina do Ceará. Segundo a direção, ele recebia R$ 12,8 mil de salário.
O secretário de Saúde de Ipiaçu, João Batista Souza, não quis comentar o caso. Apenas informou que o homem era prestador de serviço. Além do secretário, a diretora do hospital e uma chefe de enfermagem também foram ouvidos pela polícia, mas o conteúdo dos depoimentos não foi divulgado.
O médico correspondente ao CRM que era usado pelo suspeito informou à polícia que teve todos os documentos roubados quando trabalhava em um hospital cearense. Os dois já haviam trabalhado juntos.
Segundo a polícia, o homem detido já havia sido investigado pelo menos motivo. Ele também é suspeito de ter se passado por médico em 2008, em Mato Grosso.
*(Com informações da TV Panorama e do Megaminas.com)

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Médico agride motorista com estetoscópio após colisão

Por Pelvys Leonardo em 13 de outubro de 2009
Uma briga na Avenida dos Bandeirantes em São Paulo nesta segunda-feira, por volta das 16hs30min, piorou ainda mais o trânsito na região. Após uma pequena colisão com o Chevette do pintor João Marajó, o médico André Mileviskyi desceu de sua Cherokee e foi para cima do rapaz. Os dois discutiram e chegaram as vias de fato.
Munido de um estetoscópio e visivelmente alterado, André desferiu diversos golpes no motorista, até ser atingido por um soco violento no nariz. “Ele veio pra cima e deu ni mim (sic) com aquele trem de ferro. A rodela bateu na minha testa e abriu o corte ai né? Sorte que não pegou nos olhos, senão ficava cego na hora. Mas acertei uma muqueta nele também’” disse João, após ser atendido pelo SAMU.
Testemunhas disseram que o médico gritava impropérios e não se conformava de ter se envolvido no acidente, apesar dele mesmo tê-lo causado. “Eu vinha logo atrás e vi quando a Cherokee mudou de faixa e acertou o Chevette. O louco desceu gritando, dizendo que aquela lata velha deveria estar num ferro-velho e não circulando pelas avenidas. O dono do Chevette ainda desceu e pediu calma, mas logo foi agredido”. O estudante Ely Thadeu que presenciou a briga disse “O cara da Cherokee já chegou dando um shoryuken no cara do Chevette. Foi muito louco” e complementou “A briga foi uma bobagem, a Cherokee não teve nem um arranhão.”
O médico fugiu pouco antes de a polícia chegar e seu carro foi guinchado. O pintor prestou depoimento no 35º distrito e foi liberado. A PM vai agora atrás de André, para dar continuidade ao caso.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Enfermeira agride mãe paraplégica na Pavuna

POR LESLIE LEITÃO, RIO DE JANEIRO
Rio - Uma mulher paraplégica quase foi espancada até a morte pela própria filha, na manhã desta segunda-feira. Ela só escapou graças aos vizinhos que chamaram a polícia. Policiais do 9º BPM (Rocha Miranda) impediram a tragédia familiar e encontraram Ana Maria, de 58 anos, muito ferida no rosto dentro de casa, na Rua Afonso Terra, na Pavuna.

Os vizinhos contaram que ouviram os gritos dela e chamaram os policiais. Segundo informações da polícia, a filha de Ana Maria seria enfermeira e fugiu quando os policiais chegaram. A vítima foi levada para o hospital e o caso será registrado na 39ª DP (Pavuna).

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Médico acusado de erro médico pode ser indiciado por homicídio doloso

24/02/2010
A morte de Roberta Pires Teixeira de Miranda, de 25 anos, por erro médico enquanto passava por cirurgias plásticas em 2006, voltou a ser assunto nos tribunais. Nesta quarta-feira (24), o Pleno do TJE (Tribunal de Justiça do Estado do Pará) decide em qual especificidade o médico responsável pela cirurgia será indiciado: homicídio culposo (sem intenção de matar) ou doloso (com intenção de matar).
Segundo a família, Roberta foi encaminhada para a sala de cirurgia ainda sofrendo de anemia. No momento do processo cirúrgico, precisou passar por uma transfusão sanguínea, mas recebeu sangue não compatível e morreu.
O profissional responsável pela cirurgia era Alexandre Calandrini, que chegou a ser acusado de homicídio culposo, mas o Ministério Público entrou com ação para pedir a troca do processo para homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Este pedido será julgado hoje sob os olhares do relator desembargador João Maroja, do 2º grau de Justiça do tribunal. A decisão deve sair, de acordo com a assessoria do TJE, no final da manhã. O processo que julga o médico permanece em trâmite no 1º grau.
Caso seja aceito o pedido do MP, Calandrini pode receber pena de seis a 20 anos de reclusão. No entanto, se premanecer a acusação de homicídio culposo, a pena varia de um a três anos de detenção.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Justiça condena médico por estupro de pacientes sedados

Segundo a sentença, ele fez pelo menos sete vítimas, todos homens e com idades entre 20 e 30 anos.

O ortopedista Célio Eiji Tobisawa, 44 anos, foi condenado a 17 anos e dez meses de prisão por estupro de pacientes do hospital regional de Colíder, a 700 km de Cuiabá (MT). O Ministério Público afirmou que os episódios ocorriam no momento em que o médico sedava os pacientes para procedimentos cirúrgicos.
Foto:Célio Eiji Tobisawa (foto do ortopedista mais jovem). Reprodução WEB

domingo, fevereiro 06, 2011

Falta de medicamentos afeta postos de saúde

Publicação: 29 de Outubro de 2010
Falta medicamentos nos postos de saúde, policlínicas e ambulatórios da rede municipal de saúde. Cinco meses após uma série de matérias sobre a situação do abastecimento farmacêutico na cidade, a TRIBUNA DO NORTE visitou algumas unidades de saúde e constatou que pouca coisa havia mudado. Os medicamentos mais ausentes das farmácias públicas são alguns dos mais importantes, como aqueles que combatem diabetes, hipertensão, asma e remédios controlados para tratamento psiquiátrico. As unidades estão repletas de pessoas reclamando do desabastecimento.
Maria Aparecida Pontes, de 55 anos, é um delas. Por volta de 11h, Maria Aparecida estava na fila da farmácia da Policlínica Oeste, localizada dentro do pronto-atendimento de Cidade da Esperança. Não era o primeiro local visitado pela dona de casa. Ela mora em Nova Natal, na Zona Norte, do outro lado da cidade. Como lá não tinha “clomipramina”, que trata distúrbios psiquiátricos, Maria Aparecida precisou se deslocar até Cidade da Esperança.
A viagem foi em vão. Dos quatro medicamentos procurados, todos de tratamento psiquiátrico, apenas um estava disponível. A ausência desse tipo de remédio, tarja preta, cuja administração é cercada de cuidados, é comum nas policlínicas da cidade. Nos postos de saúde não é permitido distribuir esse tipo de medicação. Calmantes, substâncias de combate à epilepsia, convulsões, antidepressivos, todos esses costumam estar em falta nos pontos de distribuição. Amitriptilina, um antidepressivo largamente utilizado, é quase uma lenda. Há cinco meses, data da última reportagem da TRIBUNA DO NORTE sobre o assunto, havia reclamação sobre a falta desse medicamento.
Em menor grau, mas ainda assim comum, os medicamentos de diabetes e hipertensão também costumam estar ausentes das prateleiras públicas. Na última matéria, faltava captopril, propanol, glibenclamida, insulina, entre outros. Hoje a situação melhorou um pouco, com a reportagem tendo flagrado o caminhão da Secretaria Municipal de Saúde entregando medicamentos em vários locais. Mas isso não significa que o abastecimento esteja perfeito. Ontem foi entregue captopril – utilizado para tratar a pressão alta - em todas as unidades. Propanolol, de mesma serventia, também foi encontrado. Porém, na Policlínica da Zona Norte não havia Glibenclamida. Até mesmo as seringas estavam em falta. Resultado: o paciente consegue receber a insulina, mas não recebe as seringas e não tem como aplicar o medicamento.
Os dirigentes das unidades afirmam que o abastecimento tem sido normalizado e a Prefeitura promete enviar mais medicamentos até o fim da semana. Em outros casos, é a grande demanda que dificulta o trabalho. Veja o caso de Maria Aparecida. Ela mora em Nova Natal, mas estava em Cidade da Esperança. “Acabamos atendendo muita gente de outros pontos da cidade. No fim das contas, acaba faltando para os usuários daqui das redondezas por conta disso. Mas também não podemos negar a distribuição. O sistema é universal. O usuário tem direito, independente do local”, afirma Eleázaro Carvalho, diretor da Policlínica Oeste.
Unidades permanecem sem telefone e internet
Com o corte dos telefones e internet dos postos de saúde, policlínicas e da própria secretaria municipal de Saúde, ficou difícil marcar exames e consultas. As marcações são feitas num sistema único através da internet. Há ainda alguns casos onde é o telefone o meio para marcar consultas, como no caso dos idosos. Mas com tudo isso fora do ar, os funcionários tem dois caminhos: ou improvisam ou param de marcar consultas.
Nas Policlínicas Norte e Oeste, a tábua de salvação é o improviso. Os funcionários têm levado para casa as fichas e enviado pela internet própria. Depois disso, imprimem as marcações, gastando a tinta da própria impressoa. Contudo, em Cidade Satélite, o improviso tem data certa para acabar: a funcionária responsável diz que não levará mais trabalho para casa. “Agora, só vai voltar quando a Secretaria pagar a conta”, diz.
A reportagem da TN entrou em contato com a Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, mas não conseguiu falar com os assessores, inclusive pelo celular. No setor de assistência farmacêutica, não houve resposta, até porque os telefones estão cortados. Mesmo assim, a SMS já anunciou recentemente um caminho para resolver o problema da distribuição de medicamentos. O serviço será terceirizado, conforme informou há um mês o secretário Thiago Trindade. A ideia é formar uma rede de farmácias conveniadas para o paciente pegar o seu remédio. Não há previsão para implantar a ideia, que é semelhante ao que já se faz no programa Farmácia Popular, do Governo Federal. Muitos pacientes, ao se depararem com a ausência do medicamento, recorrem à rede de farmácias conveniadas.

Falta de medicamentos nos Postos de Saúde preocupa MPE


A preocupante falta de medicamentos nos Postos de Saúde de Aracaju foi o assunto da Audiência Pública, realizada em 23 de setembro, no Ministério Público de Sergipe. O encontro, presidido pela Promotora de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos à Saúde, Dra. Míriam Teresa Machado, reuniu representantes da Secretaria Estadual de Saúde e da Coordenação de Assistência Farmacêutica (CODAFE).
De acordo com o representante da Secretaria Municipal de Saúde, foram realizados, em 2008, quinze pregões para aquisição de medicamentos, mas nem todos puderam ser comprados. Dentre as causas, está a inexistência no mercado de alguns medicamentos prescritos pelos médicos dos Postos de Saúde (como Piperazina, Cedilanide).
Dentre as ações desenvolvidas para agilizar o processo de abastecimento, a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou à Procuradoria Geral do Município requerimento para providenciar a chamada do segundo classificado no processo licitatório. Não obteve sucesso, entretanto, porque muitas das empresas não possuem a documentação necessária para firmar contrato com o Município, obrigando a realização de uma nova dispensa emergencial por um período de três meses.
Na ocasião, a Promotora determinou que seja comunicada ao Conselho Regional de Farmácia a realização de inspeção nos Postos de Saúde, para a verificação do abastecimento e distribuição de medicamentos

sábado, fevereiro 05, 2011

Pacientes enfrentam drama para conseguir medicamentos em posto de Montes Claros

Luiz Ribeiro - Estado de Minas

Publicação: 02/02/2011
Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam um drama com a falta nos postos de saúde de Montes Claros, no Norte de Minas, de medicamentos básicos, inclusive de paracetamol, para combater sintomas da dengue. A situação pode se agravar, já que a cidade vive o risco de nova epidemia, em vista do alto índice de infestação domiciliar do mosquito Aedes aegypti, de 7,2%, quase sete vezes mais do que o recomendado pelo Ministério da Saúde. As denúncias são rebatidas pelo secretário municipal de Saúde, José Geraldo de Freitas Drumond.
Integrante do Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros, Roberto Coelho denuncia que a falta de remédios não é o único problema da saúde pública no município. “O setor vive um verdadeiro caos, e o conselho vai se reunir hoje para solicitar intervenções do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério Público”, explicou. Ele culpa a prefeitura pelos problemas. “Desmontaram a estrutura da saúde no município e depois não conseguiram mais gerir o sistema”, afirma.
Segundo ele, o serviço de prevenção da dengue foi abandonado. “Está na hora de pôr um batalhão para combater o mosquito, mas não ocorre nada”, relatou Roberto. Em algumas unidades de saúde, não é encontrado nenhum tipo de remédio. É o caso do centro de saúde do Bairro Maracanã, onde um cartaz informa: “Medicamentos em falta”.
A falta de remédios dificulta da vida de moradores, como Regiane Froes, que não encontrou os três medicamentos de que precisa. “Vou ter de esperar. Se os remédios não chegarem, vou ter de comprá-los”, lamentou. A situação se repete no posto de saúde do Bairro Santos Reis. Maria Onilce reclama que há meses procura no posto de saúde medicamentos para pressão. “A única informação que recebo é de que não tem o remédio”, reclamou.
O secretário municipal de Saúde, José Geraldo de Freitas Drumond, afirma que estão faltando medicamentos devido a atraso por parte das empresas que venceram as licitações. Ele garante que, de 200 medicamentos distribuídos a pacientes do SUS, estão faltando somente 15. Drumond nega que haja caos na saúde. “Todos os setores estão funcionando. Apenas estamos enfrentando alguns problemas por causa da substituição dos contratados por concursados”, alegou. O secretário desmentiu desmonte do trabalho de combate à dengue: “Temos cerca de 500 agentes fazendo limpeza em vários cantos da cidade.”

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

A cada 2 dias, um enfermeiro é acusado de erro em SP

Agencia Estado
O balanço foi divulgado em meio à denúncia de que uma criança de 1 ano teve parte do dedo mindinho decepada por uma auxiliar de enfermagem.
A cada dois dias, um profissional de enfermagem de São Paulo é acusado de erro durante atendimento médico. Foram 980 queixas entre 2005 e 2010 (250 delas no ano passado). Os dados são do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). Em 20 desses casos, a falha resultou na morte do paciente ou em danos definitivos.

O balanço foi divulgado em meio à denúncia de que uma criança de 1 ano teve parte do dedo mindinho decepada por uma auxiliar de enfermagem do Hospital do Mandaqui, administrado pelo governo, enquanto retirava um curativo. A enfermeira, afastada de suas funções, alega que o acidente foi causado por erro na forma como o curativo foi feito, segundo seus familiares. A menina deve ser encaminhada nesta semana para o setor de reimplantes do Hospital das Clínicas, informou o governo.

O presidente do Coren, Claudio Alves Porto, não soube dizer quantas denúncias terminam em punições para os enfermeiros. "Em todos os casos é instaurado procedimento administrativo. O profissional e a instituição são investigados e têm direito à defesa. Se comprovada falha na instituição, a denúncia é levada ao Ministério Público. Se o erro é do profissional, ele é punido". Ele culpa a escalada de erros de enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem à má formação. As informações são do Jornal da Tarde.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Homem vai a hospital tirar verrugas e médico faz vasectomia em SP

Portal R7
Prefeitura de Embu-Guaçu reconheceu o erro médico, mas nega indenização, alegando que valor é acima da arrecadação do município


Um pintor de 45 anos que estava prestes a se casar e pretendia ter filhos com a esposa foi vítima de erro médico. Ao ir ao hospital para tirar algumas verrugas, ele foi submetido a uma vasectomia (cirurgia que impede a passagem do esperma pelos canais, deixando o homem estéril).
Ele recorreu à Justiça e a prefeitura de Embu-Guaçu (SP), onde mora e responsável pelo hospital municipal onde ocorreu a cirurgia, que reconheceu o erro médico, mas se nega a pagar a indenização pedida, alegando que o valor de R$ 466 mil é maior que a arrecadação do município. Para o pintor, o que importa apenas é fazer a cirurgia de reversão.

Foto:Pintor de 45 anos que estava prestes a se casar e pretendia ter filhos com a esposa / De:Rede Record

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Coren vai investigar enfermeira que cortou dedo de bebê

Marília Lopes
Menina teve a ponta do dedo mínimo cortada por uma auxiliar de enfermagem, enquanto a profissional retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren) irá apurar a responsabilidade da auxiliar de enfermagem que decepou a ponta do dedo de uma menina de 1 ano internada no Hospital Geral do Mandaqui, na zona norte da capital paulista. Segundo o Coren, após ouvir os envolvidos no caso, a abertura de um processo ético contra a auxiliar de enfermagem será avaliada.

A menina teve a ponta do dedo mínimo cortada por uma auxiliar de enfermagem na manhã de ontem, enquanto a profissional retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança, que havia recebido medicação intravenosa. A paciente foi internada no sábado para tratar uma anemia. Após a garota receber alta hospitalar, a auxiliar retirava a bandagem com o auxílio de uma tesoura, e acabou decepando a ponta do dedo.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a menina foi encaminhada ao centro cirúrgico assim que foi constatado o ferimento, mas não houve a possibilidade de reimplante do tecido cortado. O Conjunto Hospitalar do Mandaqui determinou o afastamento por tempo indeterminado da auxiliar de enfermagem. A secretaria informou ainda que a auxiliar de enfermagem trabalha há cerca de 10 anos no hospital e pode ser exonerada caso seja constatada falta grave.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o pai da garota registrou boletim de ocorrência no 9º Distrito Policial. Ele e a auxiliar de enfermagem prestaram depoimento. Ela assinou um termo circunstanciado e responderá por lesão corporal culposa (quando não há intenção).

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Falta de medicamento para tratamento de asma

Boa tarde!
Através deste site venho denunciar a prefeitura do Rio de Janeiro por negligência por falta de medicamentos para quem faz tratamento de asma. Meu pai tem 77 anos e faz uso diario de clenil spray 250; teofilina 200mg; aerolin 2mg e aerolin spray.
Tenho ido sempre no posto de saúde em Guadalupe e esses medicamentos não tem já faz uns dois meses.É um absurdo e uma falta de respeito com a população carioca.
Espero que o SRº Prefeiro Eduardo Paz tome providência o mais rápido possível.
Grato.
Fonte: Denuncia recebida por e-mail.

Polícia prende médico e mais 20 acusados de tráfico em MG


Após investigações de mais de 7 meses, a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na quarta-feira 20 integrantes de uma quadrilha nos municípios de Governador Valadares e Araçuaí, acusados de homicídio, tráfico de drogas e do roubo conhecido como "saidinha de banco". A operação foi iniciada às 4h30 e envolveu 150 agentes e um helicóptero. Em ação paralela à tarde, policiais prenderam, por envolvimento com o tráfico, um médico do Hospital Regional de Valadares e um homem identificado como um dos maiores traficantes da região.
Na ãção da madrugada, 17 suspeitos foram presos apenas em Governador Valadares, e outros três foram encontrados em Araçuaí. De acordo com a Polícia Civil, o grupo tinha ligações com Rondônia, Paraguai e cidades como Inhapim, Teófilo Otoni e Vale do Jequitinhonha. Foram apreendidos 10 kg de crack com apenas um dos suspeitos. Ainda foram encontradas drogas como cocaína e maconha, além de armas de fogo, dinheiro, cheques, uma balança de precisão, xilocaína e outros materiais relacionados ao tráfico.
Por volta das 16h30, o médico clínico Felipe Fraga Damaceno, 27 anos, foi preso no centro de Governador Valadares. Ele trabalhava no Hospital Regional e é acusado de envolvimento com o tráfico na região. Preso e identificado pela polícia como um dos maiores traficantes da região, Fábio Freire Gonçalves, também 27 anos, é suspeito de ter uma rede de consumidores com mais de 100 usuários de droga. Ele abasteceria todo o centro da cidade, em estabelecimentos como bares e eventos como festas rave. Com os dois detidos, foram encontrados cocaína, pasta base para produzir a droga, maconha, cheques e dinheiro. Eles foram encaminhados para a cadeia pública local, onde também estão os 20 presos na operação da madrugada.

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Polícia prende médico e pacientes em clínica de aborto na Gamboa

Nove pessoas foram presas na noite desta terça-feira, entre elas quatro pacientes, quando policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) estouraram uma clínica de aborto na Rua do Livramento, na Gamboa, Zona Portuária do Rio. O médico que fazia os procedimentos e o proprietário da clínica também foram autuados.

Investigada a partir de uma denúncia, a clínica vinha sendo monitorada pela polícia que constatou que ali eram feitos de 15 a 20 abortos por dia. A ação teve início com quatro policiais civis, dois homens e duas mulheres, que entraram na clínica passando-se por clientes. Configurado o crime, os policiais deram o sinal para o delegado, que invadiu o local com outra equipe.



Entre os presos estão o médico Carlos Eduardo de Souza Pinto, 39 anos, e quatro assistentes. De acordo com o delegado, quatro mulheres que haviam feito aborto também foram presas. Segundo a polícia, o médico e as assistentes serão autuados por crime de aborto praticado em terceiro - cuja pena é de um a quatro anos - e formação de quadrilha. As quatro pacientes foram encaminhadas para a Maternidade da Praça XV e irão responder por consentimento ao aborto.


Fonte:http://extra.globo.com/casos-de-policia/policia-prende-medico-pacientes-em-clinica-de-aborto-na-gamboa-377075.html Data:17/03/2010

domingo, janeiro 30, 2011

Presos dentista, mãe, sogra e assistente suspeitos de pedofilia

Eles foram detidos no Ceará, após denúncias de vítimas. Imagens eram produzidas em falsa agência e publicadas na internet.


A polícia do Ceará prendeu cinco pessoas suspeitas de produzir e publicar fotos pornográficas de crianças e adolescentes. As imagens eram comercializadas na rede mundial de computadores. Entre os presos estão um dentista, a mãe, a sogra e a assistente dele.
Até agora, 25 vítimas denunciaram o dentista à polícia. Na casa dele, a polícia encontrou material pornográfico que era usado durante as fotos. "Perguntaram se a gente queria fazer fotos de biquíni. Ele queria que a gente abrisse a blusa, ficasse de costas, abaixasse o short ", diz uma menina de 10 anos.
Em depoimento, as meninas contaram que eram abordadas em uma lanchonete. "A gente estava indo comprar sanduíche e a assistente do dentista perguntou se a gente não queria tirar umas fotos", afirma uma garota.
Uma mulher levou a filha de 10 anos para a falsa agência, mas não acompanhou todas as sessões de fotos. "Eles chegavam e diziam que eram fotos normais, que eles estavam montando uma agência para comerciais", lembra. A delegada Ivana Timbó diz que a mãe deve ficar atenta se a agência não deixá-la acompanhar o trabalho.
Pedofilia na rede
Em Fortaleza, o caso começou a ser investigado depois das vítimas terem denunciado o dentista. Mas também é possível rastrear a origem de fotos e vídeos inclusive em páginas de relacionamento da internet que têm sido usadas para divulgação de pedofilia.
A Polícia Federal tem equipes especializadas nesse tipo de busca. No Brasil, 162 casos de pedofilia pela internet foram denunciados nos últimos quatro anos ao Disque-denúncia do Governo federal. Só neste ano, foram 50.
"Já temos condenações por conta da divulgação de material pedófilo pela rede. Um cidadão foi condenado recentemente a 61 anos de reclusão por conta de veiculação desse material", diz o perito criminal da PF Vinícius Garcia.
O advogado dos acusados diz que não pode adiantar nada sobre a defesa porque o processo corre em segredo de Justiça.
Fonte: G1 &

sábado, janeiro 29, 2011

Dentista é preso por pedofilia na zona oeste

Daniela do Canto,
da Central de Notícias
Ele foi surpreendido por policiais dentro de veículo com uma adolescente de 13 anos
09 de fevereiro de 2010

Um dentista de 38 anos foi preso ao ser flagrado com uma adolescente de 13 dentro de um veículo no Parque Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo, no final da noite desta segunda-feira, 8. Segundo policiais militares, a menor praticava sexo oral no dentista no momento em que os dois foram encontrados.
Os policiais desconfiaram do veículo, uma caminhonete Frontier, parado na Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia e resolveram fazer uma abordagem, por volta das 23h30. Edinei Eiji Oshima foi levado ao plantão policial do 51º Distrito Policial (Rio Pequeno/Butantã). Segundo funcionários do local, ele foi preso pelo crime de pedofilia.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Das 12 crianças abusadas sexualmente pelo Enfermeiro Chefe do PSF, 7 farão exames de corpo de delito

O Enfermeiro Chefe do PSF de Redenção do Gurguéia Sr. Asteclides Borges Guimarães, 56 anos acusado de abusar sexualmente de 12 crianças continua preso em Bom Jesus. Sua prisão temporária foi prorrogada a pedido do Ministério Público e Conselho Tutelar. O Delegado responsável pelo inquérito, Sargento Silvestre Ferreira pediu mais 10 dias para conclusão do mesmo, uma vez que há necessidade de exames de corpo de delito das vítimas. Nesta semana 7 serão submetidas a estes exames em Bom Jesus pelo Médico legista credenciado Dr. Gladstone Dantas da Fonseca.
A situação do Enfermeiro a cada dia se complica, em depoimento ao Delegado Silvestre, uma nova vítima (além das investigadas pelo Conselho) contou que foi amarrado e amordaçado pelo enfermeiro e abusado sexualmente. Segundo o depoente, ele foi convidado a capinar um quintal, lhe foi oferecido um copo de suco com gosto estranho, em seguida foi amordaçado e abusado em um sofá.
O Enfermeiro nega todas as acusações.
Data:27-04-2010

quinta-feira, janeiro 27, 2011

PM prende enfermeiro pedófilo que assediava meninas em frente a colégio

Redação
24 Horas News

Um homem de 54 anos foi preso no final da tarde desta segunda-feira (29) em crime de pedofilia. O acusado, segundo a Polícia, ficava em frente a uma escola, mexendo e tentando aliciar alunas com idades entre 10 e 12 anos. O “tarado”, segundo ainda a Polícia, chegou a falar para uma das vítimas: “Eu ainda vou te pegar.

O técnico em enfermagem, Guilherme Pedraza Roman, de 54 anos, foi preso pela Polícia Militar na frente da Escola Dunga Rodrigues, localizada na Avenida Julião de Brito, no bairro Parque do Lago, em Várzea Grande (Grande Cuiabá).

Para a prisão de Guilhereme, a Polícia Militar contou com a ajuda da mãe de uma menina de 11 anos que vinha sendo assediada pelo “tarado” h´pa mais de 15 dias.Foi para essa menina, segundo a Polícia, que Guilherme chegou a falar: Eu ainda vou te pegar, sem contar que ele já havia passado as mãos nos cabelos da estudante que contou tudo à mão dela.

Assustada com a violência contra a filha e a outras alunas, a mãe da garota - nome mantido em sigilo por motivo de segurança -, foi para frente do Colégio Dunga Rodrigues na tarde desta segunda-feira para ver de perto o que estava acontecendo.

Ao confirmar a presença do acusado local, a mãe também confirmou que ele agiu sempre do mesmo jeito com as outras garotas que também eram assediadas. A mãe acionou a Polícia Militar,. Que também já estava fazendo levantamentos, e Guiulherme acabou sendo preso.

O enfermeiro foi autuado em flagrante em, crime de pedofilia pelo delegado Aydes de Carvalho, de plantão no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc-Leste) do Parque do Lago. Guilherme negou todas as denúncias.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

TJ-SP dá liberdade a médico acusado de pedofilia

Por Lilian Matsuura

O médico Wagner Rodrigo Brida Gonçalves, acusado de abusar sexualmente de crianças em Catanduva (SP), vai recuperar a liberdade. O desembargador Antonio Luiz Pires Neto, da 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, aceitou pedido de Habeas Corpus apresentado pela defesa.
O médico foi denunciado de participar de uma rede de pedofilia que teria vitimado pelo menos 40 crianças e adolescentes na cidade. A polícia passou a investigar a suspeita desde o ano passado. CPI da Pedofilia também está acompanhando o caso.
Na decisão, que vale até o julgamento do mérito do HC, o desembargador observou que só cabe prisão temporária quando for imprescindível. No caso, constatou que o acusado não dificultou o trabalho de investigação da polícia.
A liminar suspende decreto de prisão da 2ª Vara Criminal de Catanduva. A juíza Sueli Juarez Alonso expediu 21 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária. O cumprimento das determinações mobilizou seis grupos de promotores do Ministério Público.
Consta nos autos, que o médico, representado pelos advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, compareceu para ser ouvido no curso do inquérito e se colocou à disposição para outras diligências. Segundo o desembargador, também não há notícias de que o réu tenha atrapalhado as investigações reabertas no âmbito do Ministério Público.
“Nota-se, inclusive, que mandados de busca e apreensão já foram devidamente cumpridos, inclusive, na residência do paciente, vistoriada em presença de representante do Ministério Público e onde houve apreensão de vários objetos para futura produção de perícia. Quebra do sigilo telefônico e de comunicações via internet também já foi decretada”, escreveu.
Antonio Luiz Pires Neto ressaltou que a investigação ainda deve ser aprofundada para apuração dos fatos e, desde que haja prova “segura e convincente”, os possíveis autores sejam condenados.

terça-feira, janeiro 25, 2011

COREN-PE DENUNCIA ATUAÇÃO DE ENFERMEIRO FALSO

A equipe de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de pernambuco flagrou, no último dia 28 de maio, exercendo ilegalmente a profissão de enfermeiro, o estudante João Paulo da Silva Gomes no Hospital Nossa Senhora do Ó, em Paulista.

Durante o ato fiscalizatório, o estudante se identificou como enfermeiro responsável pela UTI 3 aos fiscais Givanildo Candido, Cristiane Cavalcanti e Agely Pereira.

Diante da irregularidade, os fiscais do Conselho, orientados pela Procuradoria Jurídica do COREN-PE, registraram boletim de ocorrência na Delegacia do engenho Maranguape.

Quando procurado por policiais civis, João Paulo da Silva, já não se encontrava no local.

O Conselho Regional de Enfermagem, através da sua Presidente, Dra Celia Arribas, determinou instauração de processo ético através da Comissão de Ética do Conselho, assim como determinou ao Procurador Geral da Autarquia, o Dr. Paulo Azevedo, que medidas de natureza jurídica e penal fossem adotadas.

Dr. Paulo Azevedo, encaminhou documentação ao Procurador Geral do Ministério Público do Estado de Pernambuco, Dr. Paulo Bartolomeu Varejão no sentido de promover o encaminhamento da denúncia crime contra o estudante. Foi dada ainda ciência do caso a Faculdade onde João Paulo da Silva Gomes é estudante.

A Procuradoria Geral do COREN-PE estuda ainda medidas a serem adotadas contra os gestores e responsável técnico do Hospital Nossa Senhora do Ó.

Segundo Dr. Paulo Azevedo, “a irregularidade não só expõe dezenas de pacientes graves da UTI ao risco iminente de morte, pela falta de formação acadêmica em nível adequado para o tratamento de pacientes graves, como também evidencia a tomada de um espaço que deveria está sendo ocupado por um profissional formado e habilitado para esta função”, finalizou.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Falso enfermeiro é preso em hospital estadual na Zona Oeste

Suspeito trabalhava há quase quatro meses no Hospital Pedro II.Polícia vai investigar em quais unidades ele agiu ilegalmente.
Do G1, no Rio, com informações do Bom Dia Rio

Um falso enfermeiro foi preso na madrugada desta quarta-feira (24), no Hospital estadual Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia, ele contou que trabalhava há quase quatro meses na unidade.

O suspeito vestia jalecos personalizados, com nome verdadeiro, mas cargo falso. Os uniformes eram usados para entrar no hospital, onde o rapaz de 21 anos se passava por enfermeiro. Ele era uma espécie de folguista. Quando os titulares não podiam trabalhar, ele se oferecia para ficar no lugar.


Ele contou que em algumas semanas chegou a entrar na unidade de saúde para trabalhar quatro vezes, e cobrava R$ 260 por cada plantão.

O suspeito disse à polícia que é técnico em enfermagem, formado há 5 anos, mas também não apresentou nenhum documento que comprovasse isso.

De tanto ser visto pelos corredores, segundo o rapaz, o coordenador de enfermagem do hospital incluiu o nome do suposto funcionário na escala fixa de trabalho.

Desde sexta-feira (19), policiais aguardavam que ele chegasse para mais um plantão para prendê-lo. As investigações começaram depois de uma denúncia anônima.
Mas para o delegado José de Moraes, responsável pelo caso, há muitas perguntas ainda que precisam de respostas.

“Se ele fez isso em outros lugares? Nós vamos levantar o quanto tempo realmente ele está fazendo esta cobertura de plantões. E até aonde realmente ele é técnico de enfermagem”, disse o delegado.

Em pouco menos de um mês, este foi o segundo caso de prisão de alguém que se passava por um profissional credenciado, dentro de um hospital público do Rio. No fim de janeiro, uma venezuelana foi parar na delegacia acusada de estar usando um registro de médica que não era dela. Embora formada, ela não tinha autorização para exercer a medicina no Brasil.
Ela foi descoberta por funcionários do Hospital do Andaraí, na Zona Norte, e presa por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.
Data:24/02/10

domingo, janeiro 23, 2011

Polícia prende falso médico em Santa Fé do Sul

Da Redação
A Policial Civil de Santa Fé do Sul prendeu na manha desta sexta-feira, Israel Souza de Menezes, de 35 anos atuava como médico clínico geral no Pronto Socorro da Santa Casa da cidade.
Ele chegou à cidade em outubro deste ano e somente foi descoberto devido a demora na entrega da documentação a direção do hospital. Ele usava documentos de outro médico que atua na capital paulista.

Israel já tem passagem pela polícia acusado de estelionato ao atuar em outras cidades, como Itatiba, em 2009 e Campo Limpo Paulista, no primeiro semestre de 2010.

A Polícia informou que ele nunca cursou medicina e havia trabalhado como instrumentador cirúrgico.

Até agora não existem registro se pessoas atendidas pelo falso médico passaram mal.
Foto:Falso médico atuava em Santa Fé do Sul
Data:10/12/2010

sábado, janeiro 22, 2011

Absolvido médico que tratou de traficante

Por
Fernando Porfírio

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, nesta terça-feira (23/11), trancar a Ação Penal contra um médico acusado de tráfico ilícito de entorpecente. A decisão é da 16ª Câmara Criminal. A turma julgadora, por maioria de votos, aderiu à tese de que o médico que retira a droga do corpo de uma paciente, mesmo que sua conduta seja questionável do ponto de vista ético, jamais pode ser acusado de adesão à traficância.
Para o desembargador Almeida Toledo, que conduziu a divergência, o acusado agiu sob o amparo das normas que garantem o sigilo profissional. Segundo o raciocínio do julgador, enquanto médico, era dever do acusado socorrer a mulher e remover o entorpecente. “Conduta diversa poderia, inclusive, configurar omissão de socorro”, disse, discordando da tese apresentada pelo seu colega, Newton de Oliveira, relator do pedido de Habeas Corpus.
No entendimento de Almeida Toledo, a conduta do médico estava de acordos com as regras de sua profissão, que determinam que é vedado revelar segredo ou intimidade de quem se entregou aos seus cuidados. Ou seja, de acordo com o pensamento do revisor, a lei não permite que seja atribuída ao médico a adesão da mesma prática ilícita apontada contra a mulher e seus comparsas. “Agiu de acordo com o ordenamento jurídico vigente, com fim determinado, diverso da traficância”, resumiu o revisor Almeida de Toledo.
A defesa do médico sustentou o trancamento da Ação Penal. A tese manejada foi a da ausência de justa causa porque, de acordo com o advogado Alberto Zacharias Toron e Renato Marque Martins, o acusado agiu sob a excludente de antijuridicidade do estrito cumprimento do dever legal. Ainda de acordo com a defesa, não poderia ser outra a conduta do acusado, porque a ética médica exige dele o pronto atendimento e a ação de medidas que preservem a vida e a saúde dos pacientes.
O relator, desembargador Newton de Oliveira, votou contra o argumento da defesa. O raciocínio do relator era o de que a gravidade do caso reside no fato de que a conduta do médico se deu mediante prévio ajuste e conluio com os demais réus. Ou seja, o médico agiu mediante a promessa de pagamento financeiro, sozinho, desacompanhado de outros integrantes da equipe médica e do corpo hospitalar e, ainda, preservando a droga e entregando-a à mulher.
Por isso, no entendimento de Newton de Oliveira, houve indícios de autoria, prova da materialidade e presença aceitável de elemento subjetivo capaz de imputar a prática de tráfico de drogas, mediante coautoria ou participação. Por essa razão, o relator defendeu a continuidade da Ação Penal, negando seu trancamento.
A tese do relator segue o rumo de que o ato médico foi realizado mediante ajuste criminoso e sob a promessa de pagamento para a retirada da droga e fornecimento a terceiros. “Incabível o trancamento da ação Penal porque presente justa causa, ausente absoluta e flagrante prova da atipicidade ou da excludente de ilicitude ou de antijuricidade”, afirmou Newton de Oliveira.
Toledo contestou. “Proceder a retirada do entorpecente e devolvê-lo a quem trazia consigo, mantendo o sigilo constitui, fato que parece bastante distante ou diverso da traficância, pois agiu [o médico] não com o objetivo de viabilizar a posse e o comércio de entorpecente, mas com intuito diverso, qual seja, o de socorrer ou de obter lucro, cumulativo ou não”, disse.
Para o desembargador, nas condições em que se deu a conduta do médico, amparada na lei, o recebimento da denúncia contra ele configuraria coação ilegal, que iria se refletir na sua liberdade de locomoção. Os argumentos do revisor foram seguidos pelo terceiro juiz, desembargador Mariz de Oliveira.
Segundo Mariz de Oliveira, seria irreal a narrativa da denúncia de que o médico teria cobrado R$ 7,8 mil pela cirurgia. Isso porque a droga em poder da mulher não excedia as 140 gramas. Como ele explicou, a quantidade de maconha não chegaria a custar R$ 1 mil. Seguindo esse raciocínio, o desembargador declarou ser também irreal que alguém, integrante ou não da quadrilha, recebesse mais que o quádruplo do valor do entorpecente por um procedimento cirúrgico. Além do mais, caso tivesse cobrado uma quantia irrisória, o MP o acusaria de integrar a quadrilha.

O caso
O médico foi preso em flagrante e denunciado pelo Ministério Público por coautoria, ajuda ou participação no crime de tráfico de entorpecentes. Diz a acusação, que o médico A.G. cobrou R$ 7,8 mil para retirar 139,2 gramas de maconha da vagina de M.J.A. Usada como “mula” para o transporte da droga, a mulher iria receber R$ 250 para conduzir a maconha, dentro do corpo, de São Paulo até Assis. Grávida, ela fez a viagem de ônibus. Ao chegar à cidade, não conseguiu esvaziar o esconderijo.
Um dos comparsas entrou em contato com o médico para recuperar a droga. O médico, que trabalha como obstetra na Santa Casa da cidade, cobrou R$ 7,8 mil pelo procedimento cirúrgico. De acordo com a denúncia, o médico removeu o entorpecente, entregando a droga à mulher. A maconha teria sido embalada em papel e colocada em luvas cirúrgicas.
Quando saía do hospital, a mulher foi presa em flagrante por policiais, alertados por notícia anônima. Também foram presos dois de seus comparsas, que estavam na posse de R$ 7,8 mil. O médico foi preso em casa e, ao ser abordado pelos policiais, admitiu o contato com a mulher, mas negou a remoção da droga. Segundo sua versão, teria submetido M.J.A. a exames de rotina.
O médico foi solto em seguida por meio de Habeas Corpus concedido pelo ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça. O benefício foi estendido aos demais réus, que respondem ao processo em liberdade.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Acima de mim só o governador, diz médico embriagado

Escrito por Milton Barao

Um médico passava na madrugada na Avenida Luiz de Camões quando se deparou com um Chevete que tinha literalmente abraçado o poste de iluminação, no canteiro central da Avenida Luiz de Camões.

De cara cheia, queria fazer os procedimentos, quando chegou a PM e o ASU, que pediram para se afastar, tal seu estado etílico. Foi o que bastou para berrar que sabia o que estava fazendo e que era autoridade e que acima dele só o governador, pois o comando da PM não mandava nada.
Interessante é que foi liberado, mesmo estando dirigindo embriagado, pois os policiais informaram que era mais fácil liberar do que fazer os procedimentos como detenção do veículo etc e tals. Seguiu pela Av. Dom Pedro e foi para o Acesso Sul, pensando que a ZM ainda estava aberta…

Fonte:http://saojoaquimonline.com.br/miltonbarao/?p=9517

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Um guia para esconder o erro

Associação Médica do Rio Grande do Sul publicou um manual para orientar seus filiados sobre como se prevenir de processos por erro médico. Assinado pelo advogado Marco Antonio Bandeira e pelo médico e advogado Luiz Augusto Pereira, o guia deixa claro seu objetivo já na apresentação: "Neutralizar fatores externos agressivos e preconceituosos em relação a nossa atividade, como associações de vítimas de 'erro médico', autoridades oportunistas, imprensa sensacionalista". A pedido de VEJA, o professor de ética médica Marco Segre, da Universidade de São Paulo, e o advogado paulista José Rubem Macedo Soares leram o manual. "O texto instiga a sonegação fiscal, faz apologia do crime, incita a prática de supressão de documentos, aconselha fraude processual e fere o código de ética dos advogados", afirma Soares. "Do ponto de vista da ética médica, é uma aberração", resume Segre.


Confira alguns itens do manual:


* "Quando for decidido pelo médico que deve prestar depoimento perante a autoridade policial ou a promotoria, deve fazê-lo usando a linguagem mais técnica e hermética possível, recusando explicações em termos leigos ou coloquiais. Para dificultar a denúncia."


* "É princípio de boa cautela consultar um advogado para ser orientado sobre a forma legal de retirar o patrimônio de nome próprio, para evitar o risco de perdê-lo para o paciente demandante."


* "O médico faz hoje parte de uma classe desprotegida. Sem poder político nem união profissional, está acuado por pacientes gananciosos."


* "As precárias condições e a falta de equipamentos impõem ao médico decisões que a ele não cabe tomar. Tipo quem vai viver, quem vai morrer, na insuficiência do número necessário de respiradores artificiais. Nesses casos, deve ser observada a rigorosa ordem cronológica de chegada dos pacientes ao local do atendimento. Não importa quem tem maiores chances de sobreviver."


* "Evitar pacientes que recusam determinadas terapias por razões éticas ou religiosas."
"Evitar plantões de atendimento público."


* "O Conselho Federal de Medicina afirma que o prontuário médico pertence ao paciente. Está equivocado. O paciente tem direito a um relatório médico, elaborado a partir do prontuário."

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Pinça na barriga

Em 1992, a aposentada carioca Isaíra Maria Gonçalves submeteu-se a uma operação para retirada de um tumor no útero. Na aparência, a cirurgia, realizada no Hospital Salgado Filho, da rede municipal, foi um sucesso. Isaíra teve alta no dia seguinte e passou a viver normalmente. Até que, no Natal de 1997, começou a sentir uma dor forte e persistente na barriga. A urina estava escura. "Achei que tivesse comido alguma coisa estragada", lembra. Com essa suspeita, no dia 8 de janeiro do ano passado ela foi novamente levada pela família ao Hospital Salgado Filho. Uma radiografia (foto) revelou uma informação espantosa: dentro de seu abdome havia uma pinça cirúrgica de 15 centímetros. O instrumento tinha sido esquecido pela equipe que fez a operação, em 1992. Isaíra foi transferida imediatamente para o centro cirúrgico e operada. "O mais inacreditável é que, durante cinco anos, eu não senti nada", diz. A família de Isaíra está movendo uma ação indenizatória contra o município do Rio de Janeiro por negligência médica.

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre.


terça-feira, janeiro 18, 2011

"Foi um horror"

Para eliminar um vírus, a técnica em agropecuária Elizabete Maria Barbosa submeteu-se a uma cauterização no útero. Foram quatro sessões de tratamento nas quais a ginecologista Thereza Chrystina Elias Cardoso, do Recife, errou na quantidade de ácido aplicado, provocando dores e queimaduras visíveis na coxa e na virilha. "Ardia, queimava. Foi um horror", conta Elizabete. Os ferimentos causaram estreitamento e colagem do canal vaginal. As tentativas da médica para corrigir o problema foram ainda mais desastrosas. Primeiro procurou abrir a vagina da paciente com as mãos. Não deu certo e ela optou por uma cirurgia, na qual o bisturi elétrico provocou novas queimaduras, de terceiro grau, em Elizabete. Ao receber alta, a técnica foi informada de que nunca mais teria atividade sexual. Acionada pelo Ministério Público, a ginecologista foi condenada a ficar sem trabalhar quatro anos e meio. Recorreu e hoje é médica num hospital e no posto da prefeitura de Olinda.
Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre

segunda-feira, janeiro 17, 2011

"Uma fatalidade"

A servente escolar Lucia Silva de Carvalho levou seu filho único, Bruno, de 9 anos, ao Hospital da Piedade, no Rio de Janeiro, para extrair o apêndice no dia 29 de setembro de 1993. Por problemas na anestesia, Bruno teve uma parada respiratória. O cérebro ficou sem oxigênio e o menino entrou em coma. Saiu da mesa de cirurgia direto para a UTI. Um dos médicos chamou Lucia em um canto e disse: "Houve uma fatalidade. Ele parou". Durante vários dias, a mãe tentou descobrir o que tinha acontecido, mas os médicos e enfermeiros desconversavam. Três meses mais tarde, Bruno teve alta. Desde então, vive em estado quase vegetativo aos cuidados da mãe: não mexe braços e pernas, não fala, não reage a nada. Para cuidar dele, Lucia parou de trabalhar. Um ano depois, entrou com um processo contra a União, dona do hospital, alegando erro do anestesista. Ganhou em primeira instância e recebe dois salários mínimos como "tutela antecipada", uma indenização provisória até a definição do caso.


Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre

domingo, janeiro 16, 2011

Morte na cirurgia


Adelaide Perazzollo Balestreri, de 72 anos, internou-se no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, em setembro do ano passado, para fazer uma operação de ponte de safena com o cardiologista João Ricardo Sant'Anna. Quatro horas depois de iniciada a cirurgia, a família foi avisada de que tudo correra bem. Algumas horas mais tarde, o médico disse aos parentes que Adelaide apresentava uma queimadura nas costas. Só no dia seguinte se descobriu que o caso era muito mais grave que a versão inicial: a paciente tinha queimaduras de terceiro grau nas costas e nádegas e corria risco de vida. "Ela estava em carne viva, inchada, parecia um monstro", lembra Miriam Manfredini (na foto com o retrato da avó). Várias cirurgias de enxerto de pele foram feitas, mas Adelaide não resistiu e morreu. Na necropsia, também foi constatada fratura de duas costelas. O cardiologista afirma que as queimaduras devem ter sido provocadas por um defeito no colchão térmico da sala de cirurgia. "Minha operação foi bem feita, mas houve algum problema com os equipamentos", alega. O caso está na Justiça.

Foto: Liane Neves

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre

Fonte:http://veja.abril.com.br/030399/p_080.html

sábado, janeiro 15, 2011

Faltou um exame


Durante uma consulta pré-natal, o médico Marco Túlio Vaintraub, de Belo Horizonte, perguntou à professora de educação física Soraia Magalhães qual era seu tipo de sangue. Ela respondeu Rh positivo. O médico não se preocupou em checar a informação mediante um exame de laboratório. O resultado foi desastroso. Quando Henrique nasceu, na Maternidade Otaviano Neves, apresentou sinais de eritroblastose fetal, uma doença que acomete recém-nascidos cujos pais têm incompatibilidade sanguínea. Soraia tinha Rh negativo, mas a equipe da maternidade levou dois dias para identificar o problema e tomar a atitude indicada: substituir todo o sangue do garoto. Era tarde. A doença já tinha provocado uma lesão no cérebro. Hoje, com 2 anos e meio, Henrique não fala nem anda e tem o desenvolvimento retardado. O obstetra e a maternidade respondem a processos na Justiça. "Foram dois erros grosseiros seguidos", acusa a mãe do garoto. Vaintraub se defende dizendo que a culpa pela informação errada sobre o tipo sanguíneo foi de Soraia. "Não cabia a mim duvidar dela", diz o médico. O hospital afirma que não tomou as providências a tempo porque trabalhava com uma informação errada.

Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre

Foto:Moreira Mariz

Fonte:http://veja.abril.com.br/030399/p_080.html

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Quando os médicos erram/Parte 2

Alexandre Mansur



Pelas estatísticas, percebe-se que o grande desafio da medicina não é punir profissionais negligentes que cometem erros. Isso, bem ou mal, a Justiça e os conselhos regionais já fazem. O verdadeiro desafio é encontrar um modo de evitar que os bons médicos, aqueles profissionais sérios e competentes em que os pacientes confiam cegamente, cometam falhas. Em 1991, a revista New England Journal of Medicine, uma das mais conceituadas do mundo na área, publicou um estudo feito nos hospitais do Estado de Nova York, nos Estados Unidos. A pesquisa, com base em análise de 30.000 prontuários, revelou que dois terços das complicações que resultaram em internação prolongada, incapacidade ou morte foram provocados por erros médicos. Os americanos estimam que 120.000 pacientes morrem a cada ano em conseqüência de algum engano ou descuido no tratamento. Quatro entre dez médicos americanos já foram acusados e processados por erros cometidos em consultórios e hospitais. No Brasil, as associações de vítimas de erros médicos do Rio de Janeiro e de São Paulo têm 3100 processos correndo na Justiça. Os médicos envolvidos nesses processos têm, em média, entre dez e vinte anos de profissão.




Livre-arbítrio — Por que os médicos erram com tanta freqüência? Porque são pessoas. Errar é parte essencial da existência humana. Segundo o psicólogo inglês James Reason, autor do livro Erro Humano, o erro é o preço que os seres humanos pagam pela habilidade de pensar e agir intuitivamente. É a possibilidade de errar, ou acertar, que faz da espécie humana a única dotada de livre-arbítrio, a capacidade de escolher entre idéias, caminhos, soluções e alternativas diferentes. É também esse mecanismo que faz as pessoas melhorarem com o aprendizado e o acúmulo de novas experiências. Sem a perspectiva do erro, seríamos todos exatamente iguais, homens e mulheres aborrecidamente infalíveis e previsíveis.




Existem áreas em que a tecnologia tem conseguido reduzir o erro à condição de uma quase improbabilidade estatística. Na indústria da aviação, a freqüência de erros operacionais é hoje de apenas um a cada 100.000 vôos. Isso é possível porque, na aviação, um homem comanda uma máquina que pode ser ajustada nos mínimos detalhes para reagir corretamente a milhares de situações já bastante estudadas. A indústria de eletrodomésticos General Electric atingiu a meta de tornar os defeitos em produtos tão raros que já não podem ser estatisticamente detectados — estima-se que a proporção seja de um erro por milhão de acertos. Em outras atividades, em que as decisões são tomadas por pessoas cujos procedimentos não podem ser regulados e ajustados, como os dos robôs, a situação é diferente. Os engenheiros erram. Os professores erram. Os advogados erram. Os jornalistas erram — esta sua revista VEJA já errou muitas vezes e, provavelmente, vai errar outras tantas mais. Na medicina, em que gente cuida de gente e lida com situações muitas vezes imprevisíveis, o erro é parte da rotina. O problema é que o médico lida com a vida humana. Isso torna seu erro mais dramático.




Existe, no entanto, o profissional que erra e procede corretamente depois e o médico que erra e se mantém teimosamente no erro. No primeiro caso estão médicos que falham mas assumem os deslizes e os expõem francamente aos pacientes. No segundo, os que erram por negligência ou falta de humildade para reconhecer que não estão preparados para fazer determinadas cirurgias ou tratamentos. E, pior: procuram esconder os erros com atitudes desonestas em relação aos pacientes. A maior parte das denúncias de erro médico que se avolumam nos conselhos regionais e nos tribunais de Justiça tem uma história de mau relacionamento entre médico e paciente agravando a questão do erro. Muitos processos poderiam ser evitados com um diálogo franco e a continuidade do tratamento. Sabendo disso, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro criou, no mês passado, uma Comissão de Conciliação. Antes de dar entrada com a denúncia, a comissão coloca o paciente frente a frente com o médico. O profissional é obrigado a explicar, em linguagem didática, o que houve durante determinada cirurgia ou tratamento. Nos casos mais simples, os pacientes contentam-se com um pedido formal de desculpas por parte do médico. Nos outros, mais complicados, é aberto um processo no CRM.




Exemplos semelhantes podem ser encontrados em outros Estados. Em Santa Catarina, o cirurgião Edevard de Araujo abriu um buraco maior que o esperado na bexiga de uma menina durante uma cirurgia para desobstrução de um ureter. Dois dias depois, os pontos da bexiga estouraram e a urina passou a vazar para dentro do abdome. O outro canal do ureter que não tinha sido mexido também piorou. Ao contar aos pais da paciente que teria de fazer outra operação, dessa vez de emergência, foi bem claro: "Foi uma complicação imprevisível". Os pais acreditaram e nem pensaram em processá-lo.
Outro caso exemplar de que uma conversa honesta é o melhor caminho para evitar um processo ocorreu com o pediatra carioca Marcos Vianna, da Escola Nacional de Saúde Pública, no Rio de Janeiro. Em 1989, Vianna atendeu uma mulher cujo filho, de 1 ano e 7 meses, tinha febre e chorava de dor no ouvido. Ao examinar o menino, o médico constatou que o tímpano estava abaulado e opaco. Diagnóstico: otite. Receitou um remédio e mandou a criança para casa. O diagnóstico estava errado. Algumas horas depois, a febre piorou, o choro aumentou e a mãe, aflita, levou o filho para outro hospital, que, dessa vez, fez um exame mais detalhado. Com uma punção, retirou-se líquido da medula espinhal. O diagnóstico foi meningite. As probabilidades de um paciente com meningite morrer ou ficar com seqüelas como paralisias e deficiências cerebrais quando não é medicado em 24 horas são enormes. Felizmente, nesse caso o menino foi socorrido a tempo e hoje leva uma vida normal. Ao saber do que tinha acontecido, o pediatra Vianna reconheceu imediatamente o erro. "O menino poderia ter morrido", afirma. Sua franqueza fez com que a família decidisse manter o menino aos seus cuidados, mesmo depois do episódio. "Qualquer profissional pode cometer erro de diagnóstico", diz o médico. "O importante é não abandonar o paciente."
No Brasil, o que contribui para o erro e a negligência são a má formação dos médicos e as condições de trabalho na maioria dos hospitais. Dos 9.000 profissionais formados todo ano pelas 85 escolas de medicina do país, apenas 60% conseguem vaga para fazer residência. "Mesmo quem se formou na melhor faculdade de medicina do Brasil não está pronto para trabalhar sem dois anos de residência", afirma Júlio Cézar Gomes, secretário do CFM. "Esses 40% que chegam ao mercado de trabalho sem a formação completa são um perigo." Outro problema são as precárias instalações dos postos de atendimento. "Em hospitais muito grandes, a situação força uma banalização da morte", diz o professor Sérgio Mies. "Isso leva à negligência. É essencial que um médico nunca encare a morte como algo banal." Além das más condições de trabalho, a certeza da impunidade é outro fator que favorece os erros. Nos hospitais públicos, quando o médico erra, geralmente o processo corre contra a União, o Estado ou o município. Em raríssimos casos, acusa-se diretamente o profissional que cometeu a falha. Essas entidades públicas, e impessoais, pagam as indenizações, quando são condenadas, mas quase nunca se preocupam em punir os responsáveis pelo erro. "Ninguém fica sabendo nem mesmo quem é o médico envolvido", diz Marcos Vianna. Durante os quatro anos em que ele dirigiu o Instituto Fernandes Figueira, no Rio de Janeiro, maternidade de referência nacional, o hospital pagou quatro indenizações por erros cometidos por médicos que nem trabalhavam mais lá. Várias vezes Marcos Vianna tentou abrir sindicância interna para apurar os erros, mas foi em vão. "Convocamos comissões de médicos especialistas, mas o corporativismo correu solto", queixa-se Vianna. "Ninguém queria ouvir falar em negligência."
O aumento do número de processos contra médicos no Brasil deve-se a uma mudança de comportamento da sociedade. Até alguns anos atrás, os médicos eram vistos como profissionais em quem se devia depositar uma confiança cega, o que os tornava praticamente imunes à acusação de erro. Isso está mudando, graças à consciência dos pacientes de que eles são prestadores de serviços, dos quais se devem cobrar qualidade e respeito, como em qualquer outra área. Há dez anos, a maior parte das denúncias de erro partia da própria classe médica. Hoje, 57% das queixas são feitas pelos pacientes e órgãos de defesa do consumidor. Preocupados com a imagem da classe, os médicos, por meio dos conselhos regionais, estão mais empenhados em punir os maus profissionais. "Precisamos aprimorar nossa credibilidade", diz Roberto D'Ávila, presidente do CRM de Santa Catarina.
Licença cassada — No final do ano passado, um ginecologista de São Paulo teve sua licença de exercício da profissão cassada porque rompeu o ureter e a bexiga de uma garota de 20 anos durante um aborto. No dia seguinte, com fortes dores, a paciente procurou o médico, mas ele se negou a atendê-la. A jovem foi parar em outro hospital e perdeu o útero em virtude das complicações da operação malfeita. O conselho regional considerou mais grave o fato de o médico ter negligenciado a paciente do que ter feito um procedimento ilegal (o aborto) e rompido dois órgãos. "É um indivíduo sem caráter, que não admite que errou nem tem a sensibilidade para ver as conseqüências do erro", avalia Monteleone. "Esse tipo de gente não pode exercer a profissão."
Quando é julgado culpado por um CRM, um médico pode receber uma advertência reservada, uma censura pública, uma suspensão por trinta dias. Nos casos mais graves, tem o registro profissional cassado. Nos processos que chegam à Justiça comum, as vítimas buscam indenizações em dinheiro e, em tese, as chances de o médico ser punido são maiores. A primeira vitória na Justiça comum de uma associação de vítimas de erro médico aconteceu em 1992. "Na época foi um evento sem precedentes", lembra a advogada Célia Destri, presidente da associação fluminense de vítimas de erro médico. Desde então, outros 62 processos foram vencidos pelos pacientes. Em geral, as indenizações determinadas pela Justiça são superiores a 100 salários mínimos. Os médicos brasileiros estão apreensivos com a chance de ter seus procedimentos discutidos em tribunal e começam a pensar numa "medicina defensiva". A Associação Médica do Rio Grande do Sul elaborou um manual para seus sócios se precaverem de processos por erro médico, com orientações que chocaram alguns especialistas no assunto (
veja quadro). Também há companhias de seguro oferecendo planos especiais de cobertura para os médicos. Uma delas, a Arias Villanueva, já tem 400 clientes. O segurado paga 158 reais por mês e, se for processado, tem direito a 130.000 reais para pagar indenizações e honorários do advogado.
Nos Estados Unidos, o medo de processos judiciais tornou-se uma autêntica paranóia entre os médicos. Setenta por cento dos ginecologistas e obstetras americanos — área mais visada — já foram processados pelo menos uma vez. Há casos de profissionais que foram condenados a pagar milhões de dólares em indenizações. Essa indústria de processos tornou-se um filão para as seguradoras. Todo médico ou hospital tem seu plano de seguro para se prevenir contra a falência no caso de ser condenado a pagar uma indenização milionária. "Lá, o medo de processos é tão generalizado que ninguém cria nem improvisa nada", afirma o médico mineiro Randas Vilela Batista, que se tornou mundialmente famoso por inventar uma cirurgia que retira um naco do músculo cardíaco para curar determinadas doenças. "Nos Estados Unidos, ninguém teria coragem de fazer uma cirurgia como essa pela primeira vez", conta Randas. "O risco de sofrer um processo, caso algo saísse errado, seria grande demais."
Apesar da paranóia, os Estados Unidos conseguiram reduzir a incidência de erros em determinadas áreas da medicina, como a anestesia. Esse é um caso espetacular de sucesso. No início da década de 80, uma a cada 10000 anestesias feitas nos hospitais americanos tinha algum problema que resultava em morte. O presidente da Sociedade Americana de Anestesiologistas, Ellison Pierce, decidiu lançar uma cruzada para reduzir as chances de erro. Pierce usou um trabalho realizado dez anos antes pelo engenheiro Jeffrey Cooper, contratado pelo Hospital Geral de Massachusetts para estudar as causas dos problemas durante a anestesia. Cooper analisou 359 casos de erros, que incluíam pouco treinamento dos profissionais, deficiência dos equipamentos, má comunicação entre os membros da equipe cirúrgica, cansaço e desatenção. As alterações determinadas por Pierce foram, em geral, fáceis de executar. Reduziram-se as horas de trabalho, os mostradores dos equipamentos foram padronizados, sistemas de alarme passaram a ser acionados automaticamente em situações de risco, trancas de segurança para evitar excesso de gás anestésico foram instaladas. Uma década depois, o índice de mortalidade caiu para uma em mais de 200000 operações, redução de 95%.
Com os resultados obtidos na anestesiologia, fica claro que, apesar das limitações impostas pela condição humana, a medicina ainda pode melhorar muito no combate a seus erros. A busca da perfeição, ainda que inatingível, é a única saída compatível com a ética médica nesses casos. Colocar a culpa nas péssimas condições do sistema de saúde brasileiro, na formação deficiente dos profissionais, no excesso de horas trabalhadas, no baixo salário ou na falta de equipamento adequado é fugir da essência do problema. Em alguns hospitais universitários e poucas clínicas particulares, acontecem reuniões semanais em que médicos, enfermeiras, residentes, psicólogos, fisioterapeutas, todos os envolvidos em cada departamento, discutem os casos complicados. Na unidade de fígado do Hospital das Clínicas de São Paulo, as reuniões têm o nome de "complicações e óbitos". "Discutimos abertamente tudo o que acontece, principalmente os erros. O objetivo é aprender com o insucesso e tentar evitar a repetição", explica o médico e professor Sérgio Mies. Discussões dessa natureza são a melhor notícia que se poderia dar aos pacientes. "Não é razoável exigir que a medicina atinja a perfeição", afirma o médico americano Atul Gawande, autor de um artigo sobre erro médico publicado no mês passado pela revista The New Yorker. "O que é razoável é pedir que a medicina nunca deixe de buscá-la."


Foto 2:"O erro de avaliação acontece. O importante é não abandonar o paciente."Marcos Vianna, pediatra que diagnosticou otite em um caso de meningite./De: Oscar Cabral
Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre
Fonte:http://veja.abril.com.br/030399/p_080.html