Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

"Uma fatalidade"

A servente escolar Lucia Silva de Carvalho levou seu filho único, Bruno, de 9 anos, ao Hospital da Piedade, no Rio de Janeiro, para extrair o apêndice no dia 29 de setembro de 1993. Por problemas na anestesia, Bruno teve uma parada respiratória. O cérebro ficou sem oxigênio e o menino entrou em coma. Saiu da mesa de cirurgia direto para a UTI. Um dos médicos chamou Lucia em um canto e disse: "Houve uma fatalidade. Ele parou". Durante vários dias, a mãe tentou descobrir o que tinha acontecido, mas os médicos e enfermeiros desconversavam. Três meses mais tarde, Bruno teve alta. Desde então, vive em estado quase vegetativo aos cuidados da mãe: não mexe braços e pernas, não fala, não reage a nada. Para cuidar dele, Lucia parou de trabalhar. Um ano depois, entrou com um processo contra a União, dona do hospital, alegando erro do anestesista. Ganhou em primeira instância e recebe dois salários mínimos como "tutela antecipada", uma indenização provisória até a definição do caso.


Com reportagem de Dina Duarte, do Recife, José Edward,de Belo Horizonte, e Cristine Prestes, de Porto Alegre