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terça-feira, setembro 14, 2010

Casos de derrames sobem 11,7% em Belo Horizonte

Publicado por Tamires Serra em 28/05/2009
O número de internações de pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença popularmente conhecida por derrame, aumentou 11,7% em Belo Horizonte no ano passado em relação a 2007. A hipertensão é uma das principais causas da doença.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de internação em 2007 era de 16 pontos passou para 18.5 para cada grupo de 10 mil habitantes de pessoas com 40 anos de idade ou mais.

Em números absolutos a quantidade de pessoas hospitalizadas vítimas de derrame passou de 1.432, em 2007, para 1.592 no ano passado. O número de mortes passou neste período de 1.119 para 1.123.

Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência estimada de hipertensão no Brasil atualmente é de 35% da população acima de 40 anos. Isso representa um total de 17 milhões de portadores da doença, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Cerca de 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não sabe explicar as causas do aumento de internações e não considera os números preocupantes. O derrame matou no ano passado 1.119 pessoas e em 2007 1.123.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo Roberto Venâncio de Carvalho, atribui o aumento de internações à falta de comparecimento do idoso nas unidades de saúde de Belo Horizonte, onde eram entregues os medicamentos e eram dadas orientações de como tratar a hipertensão.

“O idoso recebia orientações nas unidades de saúde de como ele poderia reduzir o uso dos medicamentos para controlar a pressão arterial. Algumas das dicas é fazer caminhadas e melhorar os hábitos alimentares, o que ajuda a combater a hipertensão.

O Conselho Municipal de Saúde informou que enviou denúncia ao Conselho Nacional de Saúde fazendo alerta sobre os riscos da distribuição de remédios nas casas dos idosos pelas farmácias particulares. “O conselho é contra a rede privada cadastrar idoso para entregar remédio em casa.

Pode haver um incentivo ao uso indiscriminado de remédios, o que também pode causar morte”, alertou Paulo Venâncio.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não tem o balanço de pessoas internadas com AVC. Uma das vítimas das doença é a salgadeira Ângela Maria Mota, 50 anos, internada desde terça-feira no Hospital Felício Rocho.
Ela disse que também enfrenta dificuldades de encontrar medicamento no posto de saúde do Bairro Vera Cruz para controlar a pressão arterial. “Eu senti dor nas costas, pescoço e peito. “Quase perdi os movimentos, mas agora estou mais aliviada com a melhora”, diz.

A salgadeira Ana Paula Mota Valentim, 32 anos, sobrinha de Ângela Maria, denuncia que na sexta-feira passada no Centro de Saúde do Bairro Vera Cruz, e não encontrou Enalapril, Atenolol, Hidrion e Losartan, usados para controlar a hipertensão. “Estou com muito medo de sofrer um derrame.

Não tenho dinheiro para comprar remédio para controlar a pressão e vou ter que esperar até a semana que vem”, denunciou.

Mesmo sabendo que poderia encontrar o Atenalol por R$ 0,85 (cada comprimido) na farmácia popular, Ana Paula afirma que não comprou o medicamento por falta de dinheiro para adquirir os outros que ela precisa, entre eles o Losartan, que custa R$ 96 na farmácia popular.

O neurologista Luiz Cláudio Ferreira Romanelli explica que o tipo mais comum de AVC é o isquêmico, provocado por problemas de circulação o sangue ou entupimento das artérias, problemas que podem ser agravados pela hipertensão.
Esse tipo da doença representa 70% dos casos de AVC. Os outros 30% são do tipo hemorrágico, com rompimento da artéria, causado pela hipertensão.

“O AVC é uma doença com mais sequelas no paciente e o índice de mortalidade é maior que as doenças do coração”, constatou o neurologista. Ele afirma que as pessoas hipertensas devem fazer o controle diário da pressão arterial, devem fazer atividades físicas e usar os medicamentos de acordo com orientação médica.

A coordenadora do Programa de Hipertensão Arterial da Secretaria de Saúde, a médica Janaína Guimarães de Araújo, afirma que não recebeu nenhum comunicado sobre falta de remédios nos postos de saúde. Alega ainda que o índice de internação é considerado estável, mesmo com o aumento.

Mal silencioso

Os riscos e as causas da hipertensão

O que é hipertensão arterial

É quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, ficando o valor igual ou maior que 140/90 mmHg ou 14 por 9

Quem tem mais risco de ficar hipertenso
- Quem consome mais bebida alcoólica- Pessoas que têm hipertenso na família- Excesso de peso- Uso de sal na alimentação- Diabéticos- Quem não tem uma alimentação saudável- Pessoas da raça negra

Como tratar a hipertensão

- Evite ficar parado. Caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas- Tente levar os problemas do dia a dia de maneira mais tranquila- Mantenha o peso saudável- Procure o profissional de saúde e peça orientação quanto à sua alimentação. Compareça às consultas regularmente- Não abandone o tratamento, tome a medicação conforme a orientação médica- Tenha uma alimentação saudável- Diminua o sal da comida

Doenças provocadas pela hipertensão

_ derrames
_ doenças do coração (principalmente o infarto)
_ paralisação dos rins
_ lesões nas artérias
_ alterações na visão
Fonte: http://bhol.com.br/casos-de-derrames-sobem-117-em-belo-horizonte