Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Mau atendimento nos postos

O mau atendimento à população mogiana nos postos de saúde municipais parece estar sendo uma regra e não exceção. De todos os cantos da Cidade, conforme se pode ler em nossa seção de Cartas ou no caderno de Cidades, brotam denúncias de pessoas que foram tomar a vacina contra o vírus H1N1, causador da Gripe A, e não foram bem recepcionadas nas unidades. Demora de uma hora e meia para receber a dose, desenvolvimento de regras próprias que contrariam as normas do Ministério da Saúde (como a criação de um sistema de senhas) e falta de educação e cortesia de servidores públicos são as principais reclamações dos usuários. Perguntamos: o que está ocorrendo?
Tentaremos explicar o porquê de nosso desconforto diante de tanta notícia negativa. Não nos parece sensato que a população, em atendimento a uma convocação feita pelas próprias autoridades sanitárias, seja penalizada ao buscar a imunização contra um vírus que, como ficou demonstrado no ano passado, pode levar à morte. Pelos relatos que nos chegam ou então recolhemos em algumas das principais unidades de saúde da Cidade, parece-nos que houve alguma falha entre o chamamento à vacinação, feito por praticamente todos os veículos de comunicação do Brasil, O Diário incluído, e a estruturação do oferecimento das doses pelo Município. Os postos aparentam não estar preparados para dar conta de tanta demanda.
A situação soa como uma piada de mau gosto. Jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão conclamam milhares de pessoas para comparecerem aos postos de saúde para tomar a vacina que as imunizará contra um vírus perigoso e, ao cumprir a convocação, deparam-se com mau atendimento. Algo deve estar ocorrendo. A demora na fila denuncia de forma inequívoca que faltam profissionais em número suficiente para dar conta da demanda. Como a lentidão acaba criando estresse e insatisfação, algumas vezes verbalizadas, cria-se um clima nevrálgico que redunda em descortesia e indelicadeza ao público. Impossível tolerar este tipo de relação em pleno Século 21, pelo que deixamos consignado o nosso repúdio.
Gostaríamos, ainda, de cobrar uma postura mais rigorosa das autoridades sanitárias municipais para que investiguem e apurem os responsáveis pelo mau atendimento ao cidadão. Não é possível que as pessoas sejam tratadas com total falta de respeito ao procurar um serviço público para o qual foram convocadas pelo próprio Ministério da Saúde. Defendemos a identificação destes profissionais – que, temos absoluta certeza, são a exceção à regra de cordialidade existente no sistema – e a sua respectiva punição. Se não são preparadas e não têm condições de fazer o trabalho com cordialidade, que sejam afastadas de suas funções imediatamente, a bem do serviço público.
Fonte:
http://www.odiariodemogi.inf.br/ Data:31/mar/2010