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quinta-feira, setembro 16, 2010

Moradores de Nova Lima denunciam falha na saúde pública

Publicação: 21/07/2010
Moradores do Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão indignados com a falta de pediatras e de outras especialidades médicas nos hospitais e postos de saúde. Os usuários do sistema reclamam da falta de ambulâncias para transportar pacientes até hospitais da capital e, ainda, da demora na implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A dona de casa Nelma Gomes Lopes, de 50 anos, mora há 15 no Bairro Jardim Canadá. Na manhã de segunda-feira, ela procurou o serviço de pronto-atendimento na policlínica e, também, por médicos do Programa Saúde da Família (PSF) nas unidades básicas de saúde. A moradora contou que precisava tratar uma febre alta da neta de 5 anos, mas não foi atendida. Segundo ela, não havia pediatras.
Nelma disse à reportagem que ela seus vizinhos já reclamaram na Secretaria Municipal de Saúde e até registraram boletim de ocorrência da polícia, mas que nada adiantou. “Quando falamos que somos do Jardim Canadá cria-se uma resistência. Não temos Samu e o ônibus não passa o dia todo. A prefeitura pede para termos paciência que o serviço será normalizado, mas essa situação existe há muito tempo. Os médicos não cumprem o horário de trabalho. Marcam a consulta e depois ligam, na última hora, desmarcando”, declarou.
Contratação
O secretário municipal de Saúde, Márcio Barbosa, reconheceu que existe um déficit de profissionais de saúde, porque, conforme ele, muitos vão para outras cidades em busca de melhores salários. No entanto, afirmou que a evasão deve diminuir a partir do mês que vem com a contratação de novos pediatras por meio de um concurso público já realizado. Um pediatra de Nova Lima recebe hoje cerca de R$ 2.607. Os médicos da saúde da família que hoje recebem R$ 7.062 passarão a receber R$ 8.500.
O secretário disse ainda que a cidade está construindo mais um anexo do PSF e firmando um convênio com a Prefeitura de Belo Horizonte para a implantação do Samu. O convênio está, segundo ele, em fase de assinatura. A cidade possui apenas quatro ambulâncias em atividade e uma de reserva, desprovidas dos equipamentos necessários para uma população de mais de 75 mil habitantes.
“Contratar pediatras é muito difícil porque faltam profissionais no mercado. Mas o prazo legal para a entrada de recursos contra o resultado do concurso acaba este mês. Se tudo correr bem, em meados de agosto já estaremos convocando os novos médicos. Agora, acreditamos que conseguiremos manter os médicos na cidade”, disse.

Fonte:
http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/07/21/noticia_minas,i=169927/index.shtml