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terça-feira, outubro 26, 2010

Falta de médico-legista causa demora em atendimento no IML de Joinville

Marco Aurélio Braga marco.braga@an.com.br

A falta de um médico-legista deixou aproximadamente duas dezenas pessoas esperando mais de duas horas para fazer um exame no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville na manhã desta sexta-feira.
O problema acabou gerando desconforto entre um delegado e funcionários do IML. O médico-legista José Maurício Ortiga, gerente de Medicina Legal do Instituto Geral de Perícias (IGP), precisou vir de Florianópolis para fazer o atendimento. O médico que faltou ao trabalho não teria justificado a ausência. Identificado apenas por "dr. Marcelo", ele vai responder pela falta sem justificativa à Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública.
O caso não seria uma novidade, já que, segundo José Ortiga, há problema de falta de médico-legista em praticamente todos os IMLs do Estado.
— Nosso contrato emergencial de um ano com mais de 30 médicos-legistas terminou no início deste ano. Estamos contratando de forma definitiva novos médicos que irão solucionar esse problema histórico da falta de profissionais nos IMLs de Santa Catarina — explica Ortiga.
O aposentado Osvaldo dos Santos, de 80 anos, e sua mulher Catarina de Lima, 49, precisaram ficar esperando mais de duas horas para serem atendidos. Depois de registrarem boletim de ocorrência de uma agressão que teria sofrido no bairro Escolinha, eles precisaram de paciência para terem o laudo concluído.
— Eu cheguei às 11h30 para fazer o exame e não tinha médico. O jeito foi esperar. Mas demora foi grande — lamentou Osvaldo que saiu do IML por volta das 14 horas.
O caso teria irritado o delegado Luis Felipe Fuentes que estava de plantão na Central de Polícia. Ele reclamou com os funcionários do IML que estaria parado somente esperando os laudos para dar continuidade na investigação policial.
Houve, inclusive, um bate-boca entre o delegado e os funcionários, testemunhado por várias pessoas que estavam no local. O caso foi contornado no início da tarde com a chegada do chefe do IML no Estado, José Ortiga. Ele mesmo, que é médico-legista, fez os laudos e desafogou o trabalho.
— É um trabalho rápido, mas se o médico falta causa um grave problema na escala. Não sei o que houve com o médico-legista que faltou. Eu ligo para o telefone celular dele e ele não atende — conta.
Ortiga disse que médicos-legistas já foram chamados em concurso público e que devem começar a trabalhar dentro de 30 dias. Os profissionais concursados serão os primeiros de uma reformulação que deu mais autonomia ao IGP de Santa Catarina.
— Não ficaremos mais reféns dos médicos-legistas que não eram concursados. A partir do próximo mês haverá carreira de médico-legista no Estado — promete.
AN.COM.BR
Data:06/02/2009