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quarta-feira, outubro 27, 2010

IML de Luziânia demora dois meses para liberar corpo

Marina Cardozo mcastro@jornalcoletivo.com.br
Ao longo dos últimos dois meses, a família de Valteíte Pereira da Silva, 41 anos, sentiu os reflexos das más condições do Instituto Médico Legal de Luziânia (GO), cidade localizada a 56 km de Brasília. O corpo do homem foi encontrado em 19 de setembro deste ano, mas só foi liberado ontem. A família, que lutou para conseguir enterrar Valteíte durante os 47 dias, reclama do descaso dos profissionais do instituto com os familiares.
A polícia encontrou Valteíte morto em um córrego em Santo Antônio do Descoberto, vítima de afogamento, de acordo com o laudo do IML. Embora não haja testemunhas, a família acredita que ele tenha se afogado no córrego localizado nos fundos de sua casa, no P Norte.“Ele era alcoólatra, mas estava há dias sem beber. Ele pode ter caído na água durante uma crise de abstinência”, suspeita a irmã, Ivete Pereira. Ela conta que desconfiou que fosse o corpo do irmão por causa de uma tatuagem no braço, embora o cadáver já estivesse em fase avançada de decomposição.
De acordo com Ivete, a diretoria do IML informou que não poderia liberar o corpo sem realizar um exame que comprovasse a identidade da vítima.“Fizeram de tudo para nos prejudicar. Se já não bastasse o sofrimento que é perder um parente”. Ela diz que o irmão ficou jogado dentro de um rabecão nos fundos do IML, “sem qualquer respeito”.
A diretora do instituto, Sônia Cristina Arantes, contesta a versão dos familiares. Segundo ela, o estado de decomposição não permitiu que a família reconhecesse o corpo e, por isso, foi solicitado um exame odontológico. Os parentes demoraram para entregar, e o laudo ficou pronto cerca de 15 dias depois da entrega.
Polícia Civil – Outra dificuldade na segurança pública do Entorno é a greve da PCGO. A mobilização já tem duração de 37 dias. Hoje, a categoria realiza assembleia em Goiânia para avaliar o movimento.