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quinta-feira, outubro 21, 2010

Idosa de 61 anos morre em posto de Saúde

RIO - Depois de cinco dias de luta de sua família por uma transferência hospitalar, faleceu na madrugada deste domingo a aposentada Magda Lúcia dos Santos, de 61 anos. Vítima de um acidente vascular cerebral, a idosa foi internada na segunda-feira passada na emergência do Posto Municipal da Vila São João, em São João de Meriti. Sem setor de neurologia para o tratamento de seu problema, Magda Lúcia foi transferida dois dias depois para o setor de Trauma. Desesperada, ao perceber que sua mãe morreria sem atendimento, a filha Patrícia Santos de Almeida procurou no último dia 15 a Defensoria Pública, e o juiz de direito Luis André Bruzzi Ribeiro determinou a remoção imediata da paciente para um hospital de rede pública ou particular, que seria custeado pelo estado e município. Mas nem mesmo com a ordem judicial e pedindo ajuda à polícia, a família conseguiu o atendimento médico adequado.
- É desesperador. Minha sogra foi a quarta pessoa a morrer nesta semana e nada. Outras pessoas irão morrer neste posto se nada for feito - desabafou o genro de Magda Lúcia, Paulo Henrique Valério da Silva, que passou o dia de sábado na 64ª DP (São João de Meriti) tentando ajuda para que alguma autoridade fizesse o posto atender à ordem judicial. Após depoimentos de funcionários da unidade que não deram qualquer resultado, a família procurou o Ministério Público na noite de sábado, mas a idosa acabou falecendo no início da madrugada.
A Prefeitura de São João de Meriti informou, através de sua assessoria, que desde o dia 13 passado o posto de Saúde vinha solicitando sem sucesso a transferência de Magda Lúcia à Central de Regulação do estado, responsável pelas transferências. Ainda segundo a assessoria, a unidade prestou todo atendimento médico necessário à idosa enquanto tentava sua transferência. No sábado, após tomar conhecimento informal da decisão de tutela antecipada, o prefeito Sandro Matos determinou que a unidade também ajudasse na busca por uma vaga por ser uma "questão humanitária". A administração do posto entrou em contato, ainda segundo a assessoria, com 40 hospitais entre público e privado e que todos teriam informado não haver vagas.

Data: 17/10/2010