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segunda-feira, dezembro 27, 2010

Mau atendimento de médico-peritos do INSS atinge níveis insuportáveis

A falta de um atendimento digno e respeitoso aos trabalhadores por parte de médico-peritos da agência do INSS de Criciúma atingiu níveis insuportáveis e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região vai passar a fazer fiscalização rigorosa nesses procedimentos e, sobretudo, denunciar os abusos. A garantia é do presidente do sindicato, Carlos de Cordes, o Dé, inconformado com mais um caso que chegou ao conhecimento da diretoria, nessa terça-feira.
Antônio Braz Figueiredo tem 41 anos e por mais de 20 anos atuou no setor de logística de uma empresa da indústria plástica da região e adquiriu doenças profissionais, em especial na coluna vertebral. “Afastado há sete anos da função nem as necessidades básicas pessoais ele consegue executar, como por exemplo tomar banho, se vestir e calçar os sapatos; o filho de 14 anos é quem faz isso diariamente”, relata Carlos de Cordes, desenhando o estado crítico de mais uma vítima do mau atendimento de um médico perito do INSS.

Segundo o líder sindical, o trabalhador está com cirurgia na coluna vertebral marcada para a próxima sexta-feira e seu médico lhe prescreveu um atestado de afastamento por mais 180 dias, documento que, por lei, deve ser homologado pelo perito. O médico de Figueiredo, no entanto, acrescentou, sem necessidade a data da cirurgia no atestado médico e ao escrever a data cometeu um pequeno erro e o corrigiu no mesmo documento. O procedimento não alteraria em nada o processo, mas o perito exigiu que o trabalhador retornasse ao seu médico e solicitasse um novo atestado.

“Se fosse apenas isso, até seria aceitável, mas a forma como o trabalhador foi tratado é que nos deixa revoltados e da mesma forma ficou o trabalhador”, disse de Cordes. Conforme ele, “Antônio foi tratado como um animal, não como um ser humano, um trabalhador vítima da sua atividade profissional e que merecia todo respeito, quanto mais um tratamento digno”. A conduta será denunciada à Ouvidoria do INSS em Brasília, à gerência da agência da Previdência em Criciúma,ao Conselho Regional de Medicina (CRM) e a assessoria jurídica do sindicato estuda a situação para, possivelmente, ingressar em juízo com uma ação de danos morais contra o médico-perito.