Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

terça-feira, dezembro 21, 2010

“Quantas vidas tem que se perder?”, questiona avó sobre erro médico que matou a neta

Vilma Holmo Contreira, avó da menina de 12 anos que morreu após receber vaselina na veia em vez de soro, no hospital São Luiz Gonzaga, falou à reportagem da Rede Record e disse estar indignada com a troca de medicamentos. Emocionada, ela afirmou que espera uma solução para o caso e pede que novas situações de erros médicos sejam evitadas.
-Eu espero, pelo menos, que quem trabalha com ser humano esteja ali para curar e salvar vidas, não para terminar com elas. A gente ouve, mas jamais pensaria que aconteceria com a gente. Alguma providência tem que ser tomada. A gente vê todo dia um erro na televisão. Quantas vidas tem que se perder?
A neta morreu no hospital depois de entrar com sintomas de virose. Ela começou a passar mal ao ser medicada e tomar soro. Familiares viram quando uma enfermeira colocou o terceiro tubo e estranharam o fato de o frasco ser de vidro. O tubo era de vaselina. O documento da morte da criança aponta que 50 ml da substância foram aplicados e atesta que a causa da morte foi reação à medicação.
- Eu estou abismada, porque como pode um frasco de vaselina estar junto à medicação? Não existe isso. Por que esta vaselina estaria aí? Foi a enfermeira, ou auxiliar quem aplicou não prestou atenção no que estava administrando na criança”.
Vilma contou que depois do segundo tubo de soro, a garota passava bem, iria tomar uma sopa e sair do hospital. No entanto, na hora do terceiro soro, que seria a vaselina, pouco tempo antes de receber alta, a neta sentiu a boca formigar e adormecer.
- A mãe acompanhava a criança. Foi instantânea a reação, logo que foi injetada. Ela tinha feito o primeiro e o segundo soro, e estava melhor, sorridente para ter alta. Ela entrou em convulsão, entortou a boca e disse ‘mãe, eu estou morrendo’.
O delegado responsável pelo caso, o Alexandre Ianovalli, afirmou que o hospital não ajudou nas investigações e os funcionários tiveram que ser intimados. A resistência dos mesmos pode se configurar como crime de favorecimento por parte dos funcionários do hospital.
A direção do hospital Luiz Gonzaga informou que vai abrir uma sindicância interna para apurar as denúncias.