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sexta-feira, dezembro 31, 2010

Troca de prontuários resulta em erro em cirurgia e afastamento de médico em SP

Menino de dois anos teve a boca e a barriga cortadas por engano na zona sul
Uma suposta troca de prontuários fez com que um garoto de dois anos passasse por duas cirurgias desnecessárias em um hospital municipal na zona sul de São Paulo. A administração do hospital está investigando o caso e o médico responsável já foi afastado.
O garoto foi acompanhado pelo pai até o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, no M’Boi Mirim, para fazer uma cirurgia simples de fimose no dia 5 deste mês. Ele foi internado com outras duas crianças em um quarto e, cerca de uma hora depois, voltou do centro cirúrgico com marcas de três cirurgias pelo corpo. Os pais afirmam que houve troca de prontuários e que o filho não precisava “operar a boca ou retirar uma hérnia”.
A mãe do menino, Elaine Souza da Silva, conta que, em julho deste ano, foi atendida por um médico do hospital, que recomendou ao filho dela uma cirurgia de fimose. A operação foi marcada para três meses depois no mesmo hospital. Ainda segundo Elaine, uma das crianças internadas no mesmo quarto do filho também seria operada de fimose e a outra faria uma cirurgia na boca e retiraria uma hérnia do umbigo.
- O que aconteceu foi que trocaram as fichas e fizeram no meu filho as cirurgias que deveriam ter feito no outro paciente. Fiquei desesperada quando vi meu filho cheio de cortes pelo corpo.
Os pais da criança afirmam que os funcionários do hospital não quiseram contar o que havia acontecido e, tampouco, assumiram que houve falha médica. Segundo Elaine, os enfermeiros disseram que “se foram feitas outras duas cirurgias era porque tinha que ser feito”. A criança teve alta no mesmo dia e se recupera em casa.
- As outras duas cirurgias que fizeram errado no corpo do meu filho não foram tão sérias. Mas imagina se fossem? O Samuel saiu do hospital com cortes na barriga e na boca sem precisar.
O Hospital Municipal do M’Boi Mirim informou que “as causas do evento estão sendo investigadas e o profissional envolvido está afastado de suas funções até o término da apuração dos fatos”.
O pai do paciente, Carlos Eduardo da Silva, disse que, em reunião no Hospital Municipal M’Boi Mirim na manhã quarta-feira (9), que o diretor admitiu o erro médico. Ele ainda afirmou que os prontuários dos pacientes que estavam no mesmo quarto foram trocados e que o médico responsável pela cirurgia não conferiu o nome da pulseira de identificação do menino com a ficha médica.
Ainda de acordo com Silva, o diretor do hospital garantiu que a criança não ficaria com sequelas por causa das duas cirurgias erradas e prometeu consultas quinzenais para a criança. A reportagem do R7 tentou entrar em contato com a direção do hospital para confirmar as informações repassadas por Silva, mas até a publicação desta notícia não conseguiu retorno.