Não vamos calar frente as injustiças e lutaremos até que tenhamos JUSTIÇA NESTA TERRA. A união e participação de todos é vital nesta luta.

domingo, outubro 31, 2010

Evento debate mau atendimento na saúde de Ribeirão

Especialistas apontam que médicos e outros profissionais da rede de saúde de Ribeirão Preto atendem mal pacientes e que falta humanização no serviço hospitalar.

De acordo com o professor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, Edson Garcia Soares, que será um dos palestrantes do 2º Fórum de Humanização de Ribeirão Preto, muitos médicos assumem vários empregos para complementar a renda, cedem a pressões dos convênios e fazem atendimentos de no máximo 15 minutos para atender à demanda.


"O médico não consegue fazer um atendimento bem feito. O ideal seria que ele não se deixasse render, mas se ele não aceitar, outro aceitará", diz.
Além de questões externas, o médico relaciona a questão da falta de humanização a uma deficiência na formação dos médicos. Segundo o patologista, os alunos de medicina se interessam cada vez menos pela relação entre médicos e pacientes, apesar de a faculdade tentar inserir a questão no currículo.


"Eles reclamam que querem aprender a parte técnica. Não sabem que a o médico lida com a emoção do paciente", diz.


Problema velho


O responsável pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) em Ribeirão, Isac Jorge Filho, concorda com o professor da USP.


"O problema não é novo, tanto que o Ministério da Saúde criou o programa de humanização do SUS em 2002", afirma.


De acordo com o médico, o atendimento na saúde vive um mau momento e a falta de estrutura e a alta demanda de pacientes contribui para a desumanização do processo. Porém, além dos estudantes, profissionais de saúde em geral precisam se humanizar. "Não é só o médico. No posto de saúde, as pessoas são maltratadas pelo porteiro, recepcionista...", diz.


A secretária-adjunta da Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, Darlene Mestriner, afirma que a pasta insere na política de humanização os profissionais que vão começar a trabalhar na rede. "Desde o ano passado fazemos treinamentos com os funcionários novos e queremos melhorar o acolhimento", diz.


Foto:F.L.Piton- 21.ago.2010 / A Cidade

sábado, outubro 30, 2010

Após denúncia, médico acusado de pedofilia pede demissão em posto de saúde de GO

Luiz Felipe FernandesEspecial para o UOL Notícias Em Goiânia
Depois de ter sido denunciado por vereadores, o médico endocrinologista Antônio Claret de Lima, 56, pediu demissão nesta terça-feira (18) do posto de saúde onde trabalhava desde o ano passado, em Goiânia. O médico chegou a ficar preso durante cinco meses em 2007 por acusação de pedofilia e exploração de menores. Entre suas vítimas estariam crianças com idades entre 5 e 12 anos.

Claret esteve na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia na tarde desta terça-feira (18), quando assinou seu pedido de desligamento da rede pública de saúde da capital.Um vereador de Goiânia descobriu que, mesmo com a acusação, o médico trabalhava normalmente num posto de saúde público da capital goiana. A denúncia foi apresentada pelo vereador Elias Vaz (PSOL), que distribuiu cópia do Diário Oficial do Município do dia 7 de maio de 2010. Nele consta a nomeação de Claret para o cargo de médico. O contrato tem duração de um ano. Desde então, segundo o vereador, o endocrinologista trabalha no Centro de Assistência Integral à Saúde (CAIS) do Jardim Guanabara, bairro na região Norte de Goiânia.

Segundo o vereador que apresentou a denúncia, uma enfermeira do posto de saúde foi designada para acompanhar o médico, “para que ele não fizesse nada de errado”. “Isso é um absurdo”, disse Elias Vaz. O parlamentar adiantou que conversou informalmente com um promotor do Ministério Público, que deve pedir explicações à prefeitura, e que o caso já foi encaminhado para a presidência da CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa de Goiás.
Sob manifestações revoltadas dos demais parlamentares, o vereador Iram Saraiva (PMDB) informou ter entrado em contato com o prefeito Paulo Garcia, que alegou não saber da nomeação. Iram é líder do prefeito na Câmara.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que Antônio Claret se candidatou para uma vaga no Programa de Saúde da Família (PSF) no dia 15 de janeiro do ano passado. Na época, o endocrinologista apresentou todos os documentos solicitados para a vaga, inclusive as certidões do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). Ainda segundo a assessoria, como o médico não foi condenado judicialmente, não havia impedimento para a contratação.
No Cremego a informação é de que, logo que o caso tornou-se público, foi feita a suspensão cautelar do registro de Claret. O médico teria, então, entrado com recurso no Conselho Federal de Medicina. Um ano depois, ele conseguiu regularizar o registro, podendo, portanto, exercer a medicina.
O caso
Antônio Claret de Lima foi preso em junho de 2007, acusado de pedofilia e exploração de menores. Outras cinco pessoas foram presas, sob a acusação de agenciarem crianças e adolescentes para terem relações sexuais com o médico. O processo tramita na 8ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Ainda não foi dada a sentença final.
Um dos casos que mais chamou a atenção foi o da babá Marinalda Mendes Vieira. Segundo a polícia, ela levava a filha de sua patroa – uma menina de 8 anos – para ser abusada sexualmente por Claret. Gravações telefônicas interceptadas durante as investigações revelam conversas em que o médico fala com detalhes dos contatos íntimos com os menores.
Em novembro de 2007, todos os envolvidos foram soltos, por força de um habeas corpus. O desembargador que decidiu pela liberdade acatou o pedido da defesa, que argumentou que o levantamento das provas era demorado e, por isso, deveria ter sido feito antes da denúncia, o que evitaria que eles ficassem mais tempo que o necessário na prisão.

Fonte: http://noticias.uol.com.br Data: 18/05/2010

sexta-feira, outubro 29, 2010

Missão e Valores da Ouvidoria Geral

A Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais - OGE - é um canal direto de comunicação do povo com o governo. Sua missão está no próprio nome: a OGE foi criada para ouvir o cidadão.
Assim, qualquer pessoa, em Minas Gerais, tem o direito de se dirigir ao governo para fazer reclamações, queixas, críticas, sugestões – e até elogios – sobre os serviços prestados pelas repartições públicas estaduais à população do Estado.
O que se faz através da OGE, onde os mineiros podem exercer, em toda a plenitude, o sagrado direito da cidadania.
Ao denunciar os problemas existentes na administração e cobrar a sua solução, o cidadão participa efetivamente do governo, colaborando para a melhoria dos serviços prestados pelo Estado. E, mais ainda, ajudará na eliminação do estigma de ineficiência que sempre cercou os funcionários públicos, elevando sua auto-estima e fazendo da relação povo-governo um exercício de leal e participante convívio.
Para cumprir sua missão, a OGE trabalha com imparcialidade, agilidade e transparência, colocando ao dispor do cidadão sua facilidade de contato com as áreas responsáveis pela solução dos problemas denunciados, sem se eximir, também, de defender os funcionários do Estado quando estes forem vítimas de denúncias injustas ou acusações infundadas.

Fonte e canal para envio de reclamações: http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br

quinta-feira, outubro 28, 2010

Polícia investiga morte de homem em posto de saúde do Recanto das Emas

Saulo Araújo
Publicação: 19/08/2010

A Secretaria de Saúde abriu sindicância para apurar a morte de um homem, na noite da última terça-feira última, no Posto de Saúde Nº 2 do Recanto das Emas. O porteiro Sérgio Ricardo dos Santos, 38 anos, chegou à unidade por volta das 19h, com dificuldade para respirar. Ele esperou atendimento por quase 20 minutos. Quando dois médicos apareceram para prestar socorro, já era tarde. O paciente já estava morto. Para a esposa da vítima, Evernice Silva Guimarães, 29, houve negligência. “Meu marido estava perdendo a respiração aos poucos dentro do carro. Se algum especialista tivesse chegado, ele poderia estar vivo. Simplesmente ficaram todos (funcionários) de braços cruzados dizendo que não tinha médico para o caso dele”, desabafa.

O porteiro já havia sido internado na sexta-feira passada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com suspeita de pedra nos rins. Depois de ser medicado, ele recebeu alta. No domingo, começou a sentir fortes dores no peito e também na perna esquerda. Achou que estava com gases e preferiu não ir ao hospital. Na terça-feira à noite, Sérgio assistia à televisão no sofá de casa quando sentiu a visão escurecer e, em seguida, desmaiou. Evernice, desesperada, pediu ajuda. Um vizinho o colocou dentro do carro e o levou ao posto de saúde, que fica menos de dois quilômetros da residência da família, na Quadra 601 do Recanto das Emas. Durante o percurso até a unidade de saúde, Evernice tentou reanimar o marido com massagem no peito. Ao chegar ao posto, ela chamou uma enfermeira, mas a servidora teria informado que ninguém poderia atendê-lo. A família, com a ajuda de pessoas que aguardavam atendimento no local, carregou Sérgio até uma sala dentro do posto. Somente após muita insistência, dois pediatras apareceram. Eles fizeram massagem cardíaca no porteiro, aplicaram medicação, mas Sérgio não resistiu.

De acordo com o diretor-geral da Regional de Saúde do Recanto das Emas, Paulo Uchôa, o procedimento adotado pelos profissionais da unidade foi correto. “O posto, depois das 19h, só atende a especialidades de clínica-geral e de pediatria. As pessoas acham que se forem ao posto vão encontrar solução para tudo, mas não é bem assim”, justifica.

O diretor também minimizou o fato de dois pediatras realizarem os primeiros socorros. “Pediatra é médico, cardiologista é médico, ginecologista é médico. Independentemente da especialidade, ele sabe agir num momento de emergência”, complementou Paulo Uchôa.


Apatia


No entanto, um servidor do posto contou ao Correio que os dois clínicos escalados para o plantão noturno não foram trabalhar. “Isso ocorre com frequência. É comum os médicos faltarem ou encerrarem o expediente antes do horário”, denuncia.

A auxiliar de serviços gerais Antônia Aparecida do Nascimento, 42 anos, confirma a ausência dos profissionais. Ela ficou revoltada com a apatia dos funcionários do posto diante de uma situação tão grave. “O homem estava com a pele preta, a língua enrolando, com dificuldade para respirar e ninguém se comoveu com isso. A gente teve que ameaçar invadir a sala onde eles estavam para que tomassem alguma providência. Pena que chegaram muito tarde”, lamentou Antônia, que esperava atendimento há 40 minutos para a filha de seis anos, que estava com febre.

Essa é a segunda morte (1) em menos de quatro dias por suspeita de falta de atendimento na rede pública do DF. No último dia 14, Maria Lucas Barbosa da Silva, 56 anos, morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ela aguardava, há sete dias, pela internação na Unidade Intensiva de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria, mas não conseguiu vaga. O GDF garantiu que o contrato com a gestora da unidade médica, Real Sociedade Espanhola Beneficência, será revisto.


1 - Acompanhamento

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Júnior, está acompanhando os dois casos de perto e hoje, deve se reunir com representantes da Secretária de Saúde para discutir melhorias na área da saúde e evitar mais mortes.
Foto:Segundo pacientes e funcionários é normal os médicos faltarem ou encerrarem o expediente antes do horário previsto no Posto de Saúde nº 2
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br

quarta-feira, outubro 27, 2010

IML de Luziânia demora dois meses para liberar corpo

Marina Cardozo mcastro@jornalcoletivo.com.br
Ao longo dos últimos dois meses, a família de Valteíte Pereira da Silva, 41 anos, sentiu os reflexos das más condições do Instituto Médico Legal de Luziânia (GO), cidade localizada a 56 km de Brasília. O corpo do homem foi encontrado em 19 de setembro deste ano, mas só foi liberado ontem. A família, que lutou para conseguir enterrar Valteíte durante os 47 dias, reclama do descaso dos profissionais do instituto com os familiares.
A polícia encontrou Valteíte morto em um córrego em Santo Antônio do Descoberto, vítima de afogamento, de acordo com o laudo do IML. Embora não haja testemunhas, a família acredita que ele tenha se afogado no córrego localizado nos fundos de sua casa, no P Norte.“Ele era alcoólatra, mas estava há dias sem beber. Ele pode ter caído na água durante uma crise de abstinência”, suspeita a irmã, Ivete Pereira. Ela conta que desconfiou que fosse o corpo do irmão por causa de uma tatuagem no braço, embora o cadáver já estivesse em fase avançada de decomposição.
De acordo com Ivete, a diretoria do IML informou que não poderia liberar o corpo sem realizar um exame que comprovasse a identidade da vítima.“Fizeram de tudo para nos prejudicar. Se já não bastasse o sofrimento que é perder um parente”. Ela diz que o irmão ficou jogado dentro de um rabecão nos fundos do IML, “sem qualquer respeito”.
A diretora do instituto, Sônia Cristina Arantes, contesta a versão dos familiares. Segundo ela, o estado de decomposição não permitiu que a família reconhecesse o corpo e, por isso, foi solicitado um exame odontológico. Os parentes demoraram para entregar, e o laudo ficou pronto cerca de 15 dias depois da entrega.
Polícia Civil – Outra dificuldade na segurança pública do Entorno é a greve da PCGO. A mobilização já tem duração de 37 dias. Hoje, a categoria realiza assembleia em Goiânia para avaliar o movimento.

terça-feira, outubro 26, 2010

Falta de médico-legista causa demora em atendimento no IML de Joinville

Marco Aurélio Braga marco.braga@an.com.br

A falta de um médico-legista deixou aproximadamente duas dezenas pessoas esperando mais de duas horas para fazer um exame no Instituto Médico Legal (IML) de Joinville na manhã desta sexta-feira.
O problema acabou gerando desconforto entre um delegado e funcionários do IML. O médico-legista José Maurício Ortiga, gerente de Medicina Legal do Instituto Geral de Perícias (IGP), precisou vir de Florianópolis para fazer o atendimento. O médico que faltou ao trabalho não teria justificado a ausência. Identificado apenas por "dr. Marcelo", ele vai responder pela falta sem justificativa à Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública.
O caso não seria uma novidade, já que, segundo José Ortiga, há problema de falta de médico-legista em praticamente todos os IMLs do Estado.
— Nosso contrato emergencial de um ano com mais de 30 médicos-legistas terminou no início deste ano. Estamos contratando de forma definitiva novos médicos que irão solucionar esse problema histórico da falta de profissionais nos IMLs de Santa Catarina — explica Ortiga.
O aposentado Osvaldo dos Santos, de 80 anos, e sua mulher Catarina de Lima, 49, precisaram ficar esperando mais de duas horas para serem atendidos. Depois de registrarem boletim de ocorrência de uma agressão que teria sofrido no bairro Escolinha, eles precisaram de paciência para terem o laudo concluído.
— Eu cheguei às 11h30 para fazer o exame e não tinha médico. O jeito foi esperar. Mas demora foi grande — lamentou Osvaldo que saiu do IML por volta das 14 horas.
O caso teria irritado o delegado Luis Felipe Fuentes que estava de plantão na Central de Polícia. Ele reclamou com os funcionários do IML que estaria parado somente esperando os laudos para dar continuidade na investigação policial.
Houve, inclusive, um bate-boca entre o delegado e os funcionários, testemunhado por várias pessoas que estavam no local. O caso foi contornado no início da tarde com a chegada do chefe do IML no Estado, José Ortiga. Ele mesmo, que é médico-legista, fez os laudos e desafogou o trabalho.
— É um trabalho rápido, mas se o médico falta causa um grave problema na escala. Não sei o que houve com o médico-legista que faltou. Eu ligo para o telefone celular dele e ele não atende — conta.
Ortiga disse que médicos-legistas já foram chamados em concurso público e que devem começar a trabalhar dentro de 30 dias. Os profissionais concursados serão os primeiros de uma reformulação que deu mais autonomia ao IGP de Santa Catarina.
— Não ficaremos mais reféns dos médicos-legistas que não eram concursados. A partir do próximo mês haverá carreira de médico-legista no Estado — promete.
AN.COM.BR
Data:06/02/2009

segunda-feira, outubro 25, 2010

Falta de profissionais no IML atrasa investigações.

Demora na conclusão de inquéritos e investigações policiais, muitas vezes, é consequência do grande tempo de espera por um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná ou do Instituto Médico-Legal (IML). A morosidade no sistema paranaense tem sido decorrência, principalmente, da falta de pessoal para realizar a grande demanda por serviço.
Cálculos apontam que a Polícia Científica do Paraná deveria ter pelo menos mais 400 profissionais em todo o Estado para conseguir fazer todas as atividades adequadamente. Só em Curitiba seria necessário quase o dobro dos profissionais atuais para fazer o trabalho. Além da capital, o problema se concentra na região norte e noroeste do Estado (ver quadro), mas se repete por todo o território paranaense.
Enquanto isso, os cerca de 200 aprovados no concurso público da Polícia Científica, realizado em 2007, continuam aguardando serem chamados pelo governo estadual. Até agora, nenhum profissional foi nomeado e, mesmo dentro do governo, não há certeza de quando isso deve acontecer. Como o número de profissionais na ativa em todo o Estado está defasado, o quadro só tende a piorar nos próximos meses, com os pedidos iminentes de aposentadoria.
No início de abril, o interventor do IML, coronel Almir Porcides, chegou a declarar à reportagem de O Estado que "provavelmente até o começo de maio" os aprovados no concurso já estariam trabalhando. Dois meses depois, nada mudou. Questionada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que a nomeação dos aprovados depende apenas da sanção do governador, Roberto Requião, e a Casa Civil não soube precisar quando isso vai acontecer.
Cansados da demora e de respostas vagas por parte da Sesp, candidatos aprovados reuniram todas as informações referentes ao processo e distribuíram os documentos para órgãos como Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Estadual (MPE) e deputados estaduais. "A gente interrompe nossa vida por dois anos pela espera de ser chamado no concurso e ainda ficam brincando com isso", afirma a aprovada Denise Carneiro.
O concurso da Polícia Científica, o primeiro depois de quase 15 anos, foi realizado junto com o quadro para reposição da Polícia Civil, que já formou duas turmas de policiais e está prestes a iniciar uma terceira. "Tem muita gente que abandonou outros projetos, mudou de cidade e aguarda uma resposta sobre o concurso", reivindica Eduardo Rodrigues Cabrera, outro aprovado.
Na semana passada, depois de receber a documentação na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Ney Leprevost (PP) levantou a questão em plenário e cobrou explicações do líder do governo na Casa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), que ficou de levar uma resposta sobre o concurso ainda nesta semana.

Transtornos já foram noticiados

Não faltaram notícias divulgadas nos últimos meses por O Estado que demonstram os transtornos causados pela falta de profissionais na Polícia Científica do Paraná. Conforme divulgado no jornal em setembro do ano passado, sem auxiliares, os peritos fazem de tudo: dirigem a viatura, fotografam os casos e apuram as informações.
Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o fechamento do IML já foi cogitado por conta da falta de equipamentos e de profissionais da área técnica, em julho do ano passado. Meses depois, a situação se agravou. "O órgão, que atende pelo menos 30 municípios, com uma população total de cerca de 700 mil habitantes, tem apenas três profissionais fixos", noticiou O Estado em janeiro deste ano.
A mesma reportagem informava ainda que o IML daquele município faz de 70 a 80 autópsias e cerca de 400 exames de lesão corporal todo mês. Para tentar contornar a situação, no início do ano a prefeitura cedeu um médico para ajudar no trabalho. Medida semelhante foi adotada em Pato Branco, no sudoeste do Estado, com a prefeitura custeando a contratação de um perito criminal.
No caso da estudante Rafaeli Ramos Lima, assassinada em 13 de julho de 2008 em uma desastrosa operação policial em Porto Amazonas, também nos Campos Gerais, o laudo de confronto balístico só foi concluído cinco meses depois do encerramento do processo. Na época, a delegada Valéria Padovani criticou o funcionamento do Instituto de Criminalística de Ponta Grossa, responsável pelo trabalho.
Em abril foi a vez da demora em obter a liberação do corpo do IML a notícia atrelada à falta de profissionais.
Fonte: Paraná-Online (05/07/2009)

domingo, outubro 24, 2010

Família de falecido aguarda laudo do IML há 5 meses em Arapiraca

Alemtemporeal

Familiares do embalador de doces José Cláudio Batista da Silva (19), que faleceu no último mês de janeiro, vítima de morte natural dentro de sua residência em Arapiraca, estão revoltados com a burocracia existente entre o Instituto Médico Legal (IML) local e o Laboratório de Análises Forenses e Medicina Legal de Salvador/BA.

Segundo eles, todo o material colhido do corpo de José Cláudio durante a autópsia foi enviado para ser analisado na capital baiana, por conta do Estado de Alagoas não ter um laboratório estruturado para emitir laudos sobre alguns tipos de mortes.

Até alguns meses atrás, familiares de José Cláudio iam quase que diariamente ao IML de Arapiraca em busca do laudo, mas a resposta que recebiam era sempre a mesma, ou seja, eram aconselhados a aguardar. "Reconheço que o IML de Arapiraca não tem como agilizar o caso, pois ele está como nós - engessado - e depende que o laboratório baiano agilize a liberação do laudo", lamentou Alaelson Batista da Silva, irmão da vítima.

A estranha morte de José Cláudio ocorreu no dia 10 de janeiro deste ano. O embalador, que era evangélico, chegou da igreja no início da noite, tomou um banho, jantou e ficou conversando com alguns familiares em casa. Minutos depois José Cláudio se recolheu em seu quarto, onde, sempre antes de dormir, orava e depois voltava até a sala para pedir a benção para sua mãe.

Naquela noite todos estranharam que o rapaz fechou a porta de seu quarto e não mais saiu para falar com a mãe. Os minutos se passaram e a mãe de José Cláudio ouviu o som de um ronco estranho que vinha de dentro do quarto. Estranhando o barulho, que não era comum por parte do rapaz, minutos depois a mãe abriu a porta e viu o filho deitado de bruços sobre a cama sem respiração e pulsação cardíaca.

Desesperada, a mãe do rapaz chamou os familiares que ainda socorreram José Cláudio, o levando para a Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly, mais conhecida como UE do Agreste. Apesar da correria, ao chegar naquela unidade de saúde os médicos informaram que o rapaz já se encontrava em óbito.

Na mesma noite, o corpo de José Cláudio foi levado para o Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML), que realizou a autópsia rotineira e, pelo fato de se tratar de uma morte natural, onde a vítima não apresentava sintomas, os legistas colheram um material do corpo e enviaram para o laboratório baiano, que até o momento não deu qualquer resposta sobre a análise.


Funcionária do IML diz que caso não é o único


Uma funcionária do IML de Arapiraca, que não quis se identificar, disse que o caso de José Cláudio não é o único, muito menos o mais demorado. Segundo ela, a demora na emissão de laudos por parte do laboratório baiano já se tornou uma praxe. "Aqui temos vários casos semelhantes. Em alguns deles o laudo vem sendo aguardado por mais de um ano", disse a funcionária.

Luciano Correia de Lima, um amigo da família de José Cláudio, lamenta a demora na emissão do laudo e, principalmente, a falta de investimentos do Estado de Alagoas no setor. "É certo que a demora se dá por conta da morosidade do laboratório baiano, mas nada disso estaria acontecendo se o nosso Estado dispusesse de um laboratório equipado para analisar casos como este, sem precisar pedir favor a ninguém", disse Luciano.

Ainda de acordo com Luciano, todos os amigos e familiares de José Cláudio estão apreensivos para saber sobre o real motivo que o levou a morte. "Ele não bebia, não fumava ou usava drogas. Era uma pessoa absolutamente normal. Queremos saber o que levou o meu amigo perder a vida", cobrou o amigo da família.

O Estado de Alagoas, com 102 municípios e quase 3 milhões de habitantes, conta apenas com dois Institutos Médicos Legais, sendo um instalado na capital e outro em Arapiraca, sendo este último responsável por 53 municípios das regiões Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.


Data: 07/05/2008

sábado, outubro 23, 2010

IML do Rio será investigado devido demora em laudo

A Polícia Civil do Rio pode abrir uma sindicância pelo Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica para apurar possíveis irregularidades no funcionamento de laboratórios do Instituto Médico Legal (IML) em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade.
A investigação foi motivada pela demorada no laudo do exame de urina feito por Eliza Samudio, de 25 anos. O primeiro laudo constatou que foram envontradas substâncias abortivas n aurina de Eliza. Já o segundo laudo foi considerado inconclusivo, segundo os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
Serão investigados desvio de conduta de funcionários e atraso no início das atividades do laboratório de toxilogia.
Data: 06/06/2010

sexta-feira, outubro 22, 2010

Demora de hospital atrasa laudo do IML

A família do engenheiro aposentado José Maria Batista, de 84 anos, vai precisar esperar dois meses para ter acesso aos laudos que podem comprovar a suspeita de morte por erro médico no Hospital Vila da Serra, em Nova Lima. O prazo inicial era de um mês, contado a partir de 13 de junho (data do óbito), tanto para a liberação do laudo da necrópsia do Instituto Médico Legal (IML) quanto para a sindicância interna do hospital. Uma acompanhante do aposentado disse ter visto uma técnica em enfermagem confundir o procedimento e aplicar alimentação direto na veia do paciente, em vez de injetar na sonda.
Na quarta-feira, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que deve levar mais 20 dias para soltar o documento porque só em 7 deste mês eles receberam o material pedido à direção do Vila da Serra em 13 de junho. O hospital enviou prontuário do paciente, amostra da alimentação e da bula (detalhamento das substâncias componentes do alimento). No IML, informaram que o prazo médio para finalizar os laudos é de um mês, mas o caso é considerado melindroso porque envolve denúncia de erro no procedimento médico. Os representantes do hospital não quiseram falar no assunto, nem justificaram a demora, mas a assessoria de imprensa disse que ainda não há novo prazo para divulgação do resultado da sindicância.

A família está preocupada com a demora. “Estamos pensando se não há influência pessoal envolvida, porque a gente não consegue achar motivo para durar tanto tempo”, afirma o genro do aposentado, Wilson de Freitas. Eles contrataram um advogado e resolveram entrar com ação judicial, provavelmente do tipo cível por danos morais, assim que sair o laudo da necrópsia. “Sabemos que o outro lado negou o fato e, se tiver ocorrido um erro, negá-lo é praticamente assumir a intenção”, arrisca


Testemunhas


O delegado do segundo distrito policial de Nova Lima, Nilton de Fátima Miranda, também depende praticamente do laudo da necrópsia para dar continuidade ao processo. Todas as testemunhas do lado da família e do hospital foram ouvidas. “Não sabemos por que o laudo ainda não saiu, mas temos ligado para saber posição do IML.” Na quarta-feira, ele encaminhou para o Instituto de Criminalística um pedaço de mangueira que supostamente continha o alimento que teria sido injetado erradamente na veia do paciente. Ela só foi encaminhada nesta semana à polícia.

Segundo o genro do engenheiro aposentado ela foi entregue agora porque eles foram orientados a repassarem à polícia no momento do depoimento. “Um membro da família viu a mangueira, ensacou aquilo e guardou. Ela pode ser boa chave, mas sabemos que pode ser questionado o momento em que a alimentação foi introduzida.”

José Maria Batista ficou 10 dias internado no hospital Vila da Serra. Nota publicada pela direção médica na época da morte informava que o engenheiro aposentado apresentou parada cardíaca súbita e foi atendido prontamente, mas cinqüenta minutos depois houve parada cardiorrespiratória irreversível. Um quadro de derrame cerebral o levou ao local. O aposentado trabalhou como engenheiro da Cemig por 39 anos e se aposentou em 1993, depois de exercer as funções de chefe de departamento, responsável por obras de usinas e engenheiro assistente de diretoria.
Foto:Família acusa Hospital Vila da Serra de negligência no atendimento ao engenheiro José Maria
Data:Quinta-feira 17 de julho de 2008

quinta-feira, outubro 21, 2010

Idosa de 61 anos morre em posto de Saúde

RIO - Depois de cinco dias de luta de sua família por uma transferência hospitalar, faleceu na madrugada deste domingo a aposentada Magda Lúcia dos Santos, de 61 anos. Vítima de um acidente vascular cerebral, a idosa foi internada na segunda-feira passada na emergência do Posto Municipal da Vila São João, em São João de Meriti. Sem setor de neurologia para o tratamento de seu problema, Magda Lúcia foi transferida dois dias depois para o setor de Trauma. Desesperada, ao perceber que sua mãe morreria sem atendimento, a filha Patrícia Santos de Almeida procurou no último dia 15 a Defensoria Pública, e o juiz de direito Luis André Bruzzi Ribeiro determinou a remoção imediata da paciente para um hospital de rede pública ou particular, que seria custeado pelo estado e município. Mas nem mesmo com a ordem judicial e pedindo ajuda à polícia, a família conseguiu o atendimento médico adequado.
- É desesperador. Minha sogra foi a quarta pessoa a morrer nesta semana e nada. Outras pessoas irão morrer neste posto se nada for feito - desabafou o genro de Magda Lúcia, Paulo Henrique Valério da Silva, que passou o dia de sábado na 64ª DP (São João de Meriti) tentando ajuda para que alguma autoridade fizesse o posto atender à ordem judicial. Após depoimentos de funcionários da unidade que não deram qualquer resultado, a família procurou o Ministério Público na noite de sábado, mas a idosa acabou falecendo no início da madrugada.
A Prefeitura de São João de Meriti informou, através de sua assessoria, que desde o dia 13 passado o posto de Saúde vinha solicitando sem sucesso a transferência de Magda Lúcia à Central de Regulação do estado, responsável pelas transferências. Ainda segundo a assessoria, a unidade prestou todo atendimento médico necessário à idosa enquanto tentava sua transferência. No sábado, após tomar conhecimento informal da decisão de tutela antecipada, o prefeito Sandro Matos determinou que a unidade também ajudasse na busca por uma vaga por ser uma "questão humanitária". A administração do posto entrou em contato, ainda segundo a assessoria, com 40 hospitais entre público e privado e que todos teriam informado não haver vagas.

Data: 17/10/2010

Samu demora 9 horas para atender a chamado

O que poderia ter sido uma grande ajuda para a estudante de Filosofia Jandira Fontenele, 28, mostrou-se um problema devido à falta de estrutura e ao atendimento inadequado. Por duas vezes na semana passada, ela precisou do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por conta de um surto psicótico de seu marido. Porém, o primeiro chamado, feito por ela à meia-noite, só foi atendido às 9h30 do dia seguinte. No segundo, a ambulância sequer chegou à residência.

De acordo com Jandira, no último dia 7, o esposo, que preferiu não identificar, passou a apresentar comportamento agressivo e a quebrar objetos dentro de casa. Por conta disso, ela saiu para a calçada e começou a ligar para o Samu desesperadamente. Porém, ao fazer as ligações, Jandira foi informada de que só há, na Capital, uma ambulância para atendimentos psiquiátricos. Nesse caso, não há lista de espera, sendo necessário ligar para o serviço municipal a cada uma hora ou 30 minutos para tentar ser atendida.


Desrespeito


Conforme Jandira, o problema foi que o tempo passava e o socorro não chegava. Além disso, alguns atendentes, por não se mostrarem preparados, atenderam-na mal e de forma desrespeitosa. Tanto que, como lembrou, um deles, após várias tentativas, chegou a dizer em tom de brincadeira: "A senhora está com azar mesmo". "Passamos a madrugada inteira ligando, até meus vizinhos também, mas diziam que a ambulância estava em atendimento, que só os familiares podiam solicitar o socorro e ainda riram da minha cara. Temia pela minha vida e a dele", desabafou a estudante.


A assistência médica, portanto, só apareceu no bairro na manhã de sábado, 8. Quando, então, o esposo de Jandira foi levado ao hospital, onde ficou em observação até segunda-feira. Segundo Jandira, a médica que o atendeu receitou uma medicação, que deveria ser tomada a partir daquele dia.


Novo surto


O problema, no entanto, é que, na terça-feira seguinte, dia 11, o marido voltou a ficar agressivo, em meio a um novo surto, também pelo fato de ela não ter conseguido medicá-lo. Dessa vez, o atendimento do Samu foi ainda pior. O pedido que iniciou às 11h30 e continuou até as 22 horas não adiantou. Até ontem, dia 19, a ambulância não havia chegado à residência de Jandira. "Ele não se droga, não bebe. Vou formalizar uma queixa na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa".


Segundo Messias Simões, diretor geral do Samu Fortaleza, o fato de Jandira ter sido mal atendida pelos telefonistas será verificado por meio de gravações, podendo, se for necessário, gerar um procedimento administrativo contra o funcionário. "Vamos verificar a questão do destrato no atendimento, porque isso é inaceitável", prometeu o diretor. Já em relação à quantidade de ambulâncias, Simões informou que a disponibilidade de veículos, no geral, está dentro da base populacional, estipulada pelo Ministério da Saúde.


Ao todo, como disse, são 18 de suporte básico (com técnicos de enfermagem) e quatro de suporte avançado (com enfermeiros e médicos). "O Ministério da Saúde estabelece que podemos funcionar com 18. Só que temos 22", destacou. Quanto ao atendimento psiquiátrico, o diretor do Samu explicou que a divisão é feita conforme a incidência das ocorrências dos seis tipos que são atendidos: clínico, pediátrico, causas externas, gineco-obstetra, cirúrgico e psiquiátrico. A demanda psiquiátrica, por exemplo, corresponde a 0,7% do geral.



AMPLIAÇÃO DO SERVIÇO

Ambulâncias esperam para ser retiradas há quase dois meses


Desde o último dia 25 de março, sete ambulâncias estão à disposição do Estado do Ceará para a ampliação do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No entanto, os veículos encontram-se estacionados na cidade de Tatuí, interior de São Paulo.

Um total de 650 ambulâncias foi entregue de forma simbólica pelo Ministério da Saúde (MS) a 573 cidades, entre elas sete cearenses. Cabe ao Governo do Estado retirar os veículos em São Paulo e trazê-los para o Ceará, conforme a assessoria de comunicação do MS.

No entanto, os veículos só deverão chegar ao Estado no próximo mês, quando está previsto o término da licitação para contratar a empresa que transportará as ambulâncias, segundo informa a assessoria de comunicação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).

Enquanto isso, até 607 mil pessoas podem estar sendo prejudicadas com a falta de assistência especializada do Samu. Esse é o total de habitantes de 16 municípios que serão abrangidos pelo Samu Metropolitano Leste, que aguarda apenas o recebimento de ambulâncias para ser implantado.


A mesma dependência afeta 581 mil habitantes das 11 cidades que receberão assistência do Samu Metropolitano Oeste. Essas duas unidades, juntamente com o já operante Samu Litoral Leste, formarão o Polo 1 do Samu no Ceará, cuja Central de Regulação fica localizada na cidade do Eusébio.


Segundo o diretor-geral do Samu Litoral Leste, Francisco Simão, para implantar as duas novas unidades do Samu simultaneamente, o Estado precisa de 27 ambulâncias. Além das sete disponíveis, outras 20 devem ser liberadas pelo MS até o fim deste mês, conforme a assessoria de comunicação do MS.


As sete ambulâncias disponíveis desde março seriam endereçadas às cidades de Baturité, Caucaia, General Sampaio, Itapiúna, Maranguape, Pentecoste e São Gonçalo do Amarante. Entretanto, conforme Simão, a posse dos veículos é "simbólica", pois as ambulâncias servem a todo o grupo de municípios incluídos no subpolo.


Caso as ambulâncias já estivessem no Estado, Simão admite que seria preciso entrar em contato com as prefeituras municipais para decidir qual das unidades - Metropolitano Leste ou Oeste - começaria a funcionar primeiro e se isso iria, de fato, acontecer, visto que o número de carros seria menor do que o necessário.


SEM ASSISTÊNCIA

Transporte é realizado de maneira precária


Sem a assistência do Samu, a maioria das cidades oferece um precário transporte de pacientes em caráter de urgência. "O serviço funciona com ambulâncias dos próprios municípios. São sujas, às vezes só tem um colchão, não têm estrutura para transportar pessoas", lamenta o diretor-geral do Samu Litoral Leste, Francisco Simão.


Conforme o diretor, muitos pacientes já chegam mortos ao serem transportadas para a Capital. "As pessoas são transportadas sem o cuidado devido. Isso pode determinar uma situação de óbito, se não tiver cuidados necessários", afirma.


No Ceará, o Samu abrange 16 municípios, atualmente: Fortaleza, Sobral e os 14 da unidade Litoral Leste. Implantado há cerca de dois anos, o subpolo já realizou mais de dois mil procedimentos. "A maioria desses casos não teriam sido atendidos se não fosse o Samu. Quanta gente não teria sofrido muito mais dor, muito mais sequelas?", questiona Simão.


O diretor explica que a meta do Ministério da Saúde é universalizar o Samu no Brasil. No Ceará, são necessárias cerca de 100 ambulâncias, para criar os polos do Cariri, Sertão Central e Zona Norte, além do Polo 1.


JANINE MAIA E ÍCARO JOATHAN

REPÓRTERES

Foto:POR DIA, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência recebe, em média, 2.500 ligações, segundo a direção. Por conta dessa realidade, os casos mais graves são priorizadosRODRIGO CARVALHO

quarta-feira, outubro 20, 2010

Samu admite falha na comunicação

* Leandro Fidelis (leandro@radiofmz.com.br)



A coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência- Samu 192 admitiu que houve falha na comunicação nos atendimentos às vítimas dos dois acidentes ocorridos na BR-262, em Venda Nova, no último domingo (22). Nesta terça-feira (24), a coordenadora geral do Samu no Espírito Santo, Engre Beilke, e o coordenador médico do serviço, Alexandre Bittencourt, se reuniram com autoridades regionais, na Secretaria de Saúde de Venda Nova, para buscar consenso nos atendimentos, de forma a comprometer toda a rede de serviços públicos e de saúde locais.


Participaram da reunião os prefeitos Dalton Perim (Venda Nova), Odael Spadeto (Conceição do Castelo) e Lindon Johnson (Ibatiba), a secretaria de saúde, Leileane Scheidegger, o vereador local Alberto Falqueto, a administradora e a superintendente do Hospital Padre Máximo- HPM, Eunice Caliman e Núbia Magnago, respectivamente, e o comandante da Polícia Militar, Marco Antônio De Angeli.


A proposta inicial é diminuir o tempo de resposta entre as partes envolvidas (Samu 192, hospital, secretaria, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, nessa ordem) e manter a ambulância do Samu o máximo possível em Venda Nova, que é cortado pela rodovia federal e liga vários outros municípios.


No último fim de semana, a população se revoltou com a demora de quase uma hora pela chegada das ambulâncias. De acordo com a coordenadora do Samu, no primeiro atendimento, em um acidente entre dois carros, no perímetro urbano, houve problema interno de comunicação na central do Samu que atrasou a chegada da unidade móvel ao local. Uma pessoa morreu aguardando atendimento.


Já no segundo caso, de mãe e filho atropelados ao atravessarem a BR-262, ficou constatado um “fluxo mal estabelecido entre os serviços”, já que o hospital aguardou um chamado do Samu para prestar o atendimento às vítimas, mas a unidade móvel do serviço estava em Marechal Floriano, a 50 quilômetros, e se encarregou do atendimento mesmo assim.


“A logística desses atendimentos é responsabilidade do Samu. Vamos compactuar o serviço para não sobrecarregar nem o hospital, nem a Secretaria de Saúde e continuar atendendo da melhor forma”, disse Engre Beilke. “A resposta deverá ser imediata”, completou o médico.


A superintendente do HPM, Núbia Magnago, destacou que o hospital atende pelo compromisso social, mas não tem equipe de resgate. “Vamos continuar atendendo aos casos que não precisam da presença médica durante o transporte. Recebemos muitos pacientes com fraturas, vítimas de acidentes, que dependem apenas do transporte até Vitória.”


O prefeito Dalton Perim afirmou ter recebido muitas ligações na ocasião dos acidentes do último domingo. “Os moradores, muitas vezes desinformados, culpam quem não deveriam. O hospital sempre esteve aí para nos atender, e o Samu veio para melhorar”


Dr. Johnson, prefeito de Ibatiba, disse estar indignado com o que aconteceu. “O governo do Estado deveria olhar mais para esse corredor da morte, que é a BR-262. Oitenta por cento dos traumas de emergência são nessa rodovia. Deveria se agilizar também a regionalização dos hospitais filantrópicos, o que evitaria o transporte de vítimas até a Grande Vitória.” O comandante da PM, por sua vez, sugeriu mais atenção do Samu 192 do final de outubro até o Carnaval, quando há mais fluxo de veículos na rodovia.


Os prefeitos se comprometeram a conversar em breve com o governador do Estado. Um dos assuntos é traçar um plano de trabalho que inclua os municípios vizinhos a Venda Nova no atendimento fora do eixo da BR-262. Também ficou marcada, para a próxima quarta-feira (1º), uma visita da equipe técnica regional à central da Samu em Vitória.




Vítimas continuam em estado grave




Duas das três vítimas dos acidentes de domingo continuam em estado grave em hospitais da Grande Vitória. O menino Juliano, de oito anos, está internado no Hospital Infantil, de Vitória. Já sua mãe, atropelada no mesmo acidente, foi transferida para um hospital particular, também em estado grave.


As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde. Quanto a Elivaldo Elias de Amorim, um dos músicos do acidente na madrugada de domingo, a asessoria não soube informar em qual unidade ele está internado.


Fotos:Leandro Fidelis

terça-feira, outubro 19, 2010

Mulher passa mal e morre dentro de ônibus

Os passageiros da linha Maracaju terminal Dia do ônibus de placa MUZ 5718 viveram momentos de desespero na manhã desta terça-feira, 28, quando uma mulher começou a passar mal e desmaiou dentro do veículo. De acordo com o cobrador Reginaldo da Silva a mulher identificada como Maria das Virgens, de 38 anos, começou a passar mal logo após o ônibus sair do Terminal do Mercado, localizado no Centro da capital.
“Quando percebemos ela tinha desmaiado, então liguei imediatamente para o Samu [Serviço Móvel de Urgência e Emergência] e para ficar melhor para o atendimento arrastamos o veículo para a parada do Centro, onde tem mais pessoas que descem”, conta o cobrador que trabalha há mais de um ano na empresa e diz que nunca se deparou com uma situação como essa.
“Procuro tratar todos os passageiros muito bem, sempre oriento a darem o assento para os mais velhos, infelizmente foi uma fatalidade, uma tristeza”, desabafa.
Quem estava dentro do ônibus, não esquece a luta para tentar reanimar Maria das Virgens. “Quando ela desmaiou tentei fazer respiração boca a boca, na hora até notei que ela voltou a respirar, mas depois desfaleceu”, relata Roberto Lazaro que frisa não ter curso na área da saúde.



Familiares


Quando familiares da vítima chegaram ao local, a tristeza tomou conta de todos que ainda observavam o corpo de Maria estendido no ônibus a espera do Instituto Médico Legal. Uma sobrinha de Maria, Cinthia Freitas, explicou que a família não tinha conhecimento de nenhum problema de saúde, mas na bolsa dela foram encontrados remédios para hipertensão.
Muito abalada a sobrinha diz que Maria é mãe de dois filhos, um menor de 5 anos e o outro de 13 anos. "O menorzinho é muito apegado a mãe, não sei como será a vida deles", lamenta.

O corpo da vítima foi encaminhado ao IML para a realização de exames, mas a suspeita é que Maria tenha sofrido um infarto.


Solidariedade


Roberto que trabalha em um cartório conta que ao se deparar com a situação muitos passageiros tentaram reanimar a mulher e abriram as janelas dos ônibus para tentar arejar o ambiente.
A auxiliar de enfermagem, Tatiane Ramos, diz que tentou fazer massagem cardíaca, mas Maria não reagiu.

Samu

O cobrador que realizou uma das primeiras ligações para o Samu, afirma que o atendimento demorou cerca de meia hora para chegar ao Centro. A mesma afirmação também foi fornecida por Roberto Lazaro. “O Samu demorou muito, enquanto não chegava todo mundo tentava fazer alguma coisa para salvar a vida dela”, conta com tristeza.

Demora

A assessora de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde, Déa Jacobina, esclareceu que não existiu demora por parte do Samu. Segundo a assessora a primeira ligação foi feita ás 7h55 e a ambulância chegou ás 8h17.
“A primeira ligação indicava que a paciente estava desmaiada e respirando, a segunda ligação que foi de uma enfermeira já indicava que a mulher estava sem pulso”, salienta a assessora que o Samu prestou o atendimento, mas infelizmente a mulher faleceu.


Por Kátia Susanna
Fotos:Portal Infonet

segunda-feira, outubro 18, 2010

Postos de saúde da Capital fechados surpreendem população

A população que buscou atendimento em postos de saúde da Capital nesta quinta-feira após o meio-dia deparou com portões fechados. De acordo com uma nota divulgada no site da prefeitura de Porto Alegre, os postos de saúde reabrem somente na segunda-feira, em horário normal.
A medida surpreendeu o advogado Adriano Andrade, 42 anos, que foi ao Centro de Saúde Modelo, na Avenida Jerônimo de Ornellas, para tomar uma dose da vacina contra a febre amarela.

— Tenho uma viagem marcada para Santa Rosa, que fica na área de risco da febre amarela, no dia 23 de abril. Para deixar a margem de 10 dias necessários para a eficiência da vacina, eu ia me adiantar, mas me surpreendi. Um posto de saúde fechado na véspera de feriado é chocante.
Foto: Posto da Rua Ary Tarragô, no bairro Parteno, também estava fechado./Andréa Graiz

domingo, outubro 17, 2010

Recursos para construção da Unidade Básica de Saúde do bairro Novo Horizonte tem 1ª parcela liberada pelo MS

01 de Julho de 2010
Foto: Willana Barbosa /Secretário de Saúde Walfredo Filho
Cerca de 20 mil reais já foram liberados e estão na conta do Fundo Municipal de Saúde de Valença do Piauí para início da construção da Unidade Básica de Saúde do bairro Novo Horizonte – um moderno centro de saúde que contará com equipamentos de última geração para atendimento de uma população estimada em mais de 3 mil famílias.
Para que as demais parcelas possam ser liberadas a Secretaria Municipal de Saúde tem que adquirir um terreno com medida padrão no bairro onde será construída a Unidade Básica.De acordo com informações do secretário de saúde, Walfredo Filho, todos os esforços estão sendo feitos para a aquisição do terreno haja vista o projeto não incluir o valor de compra do imóvel, tendo a prefeitura que arcar com as despesas da compra. “Estamos empenhados em conseguir um terreno com a medida adequada, assim que tivermos com tudo pronto faremos a aquisição do terreno. Nesse sentido teremos que enviar projeto ao poder legislativo para que aprove a ação de compra ou troca de terreno, uma vez que temos em vista um no bairro Novo Horizonte que pode ser trocado por outro no bairro lavanderia” revelou o secretário.
Só na atual gestão os investimentos na construção de postos de saúde tem sido uma prioridade, o exemplo foi a construção do Posto de Saúde do bairro Lavanderia e, atualmente, a construção do Posto de saúde do bairro Vale Verde um dos maiores e mais modernos do município. Além dos gasto com a construção a secretaria de saúde investe na compra de equipamentos e capacitação de profissionais.Com a contemplação do projeto o bairro Novo Horizonte receberá em breve o mais moderno centro de saúde do município, numa área aproximada de 1.600 metros quadrados.

sábado, outubro 16, 2010

Governo garante recursos para reestruturar postos de saúde

Profissionais de saúde que atuam na 9ª microrregião participaram nesta sexta-feira (11), em Palmeira dos Índios, do Fórum Viva Vida, projeto que faz parte de uma das estratégias para redução da mortalidade infantil, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O evento contou com a participação do secretário da Saúde, Herbert Motta e de técnicos da Sesau.O governo anunciou recursos para recuperação de unidades de saúde e assinou convênio para liberação de R$ 1,2 milhão para investimentos na recuperação e melhoria da rede básica de saúde, aquisição de novos equipamentos, ampliação de leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ainda durante o fórum, foram entregues motocicletas para agentes de endemias e cadeiras de rodas para portadores de necessidades especiais atendidas no Centro de Reabilitação para Deficientes Físicos de Palmeira dos Índios.
As estratégias de Alagoas para reduzir a mortalidade infantil consistem em capacitar os profissionais do Programa Saúde da Família (PSF), como os coordenadores de atenção básica, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de Saúde. “O presidente Lula pediu para reduzir em 5% a mortalidade infantil, só que o governador Teotonio Vilela Filho achou pouco e quer reduzir em 10% o índice de mortalidade infantil ao ano, pois não aceita que o Estado de Alagoas seja considerado um dos piores do Brasil, perdendo para Pernambuco e Sergipe, que são estados vizinhos e têm as mesmas condições que Alagoas”, afirmou Motta. Ele acrescentou que 70% das mortes de bebês são por causas evitáveis.
De acordo com o secretário, estão sendo construídos dois postos de saúde em Quebrangulo que servirão como modelo no Estado. O governo também destinou R$ 10 milhões, como contrapartida, para aquisição de equipamentos e reestruturação de unidades básicas de saúde de 100 municípios alagoanos, exceto Maceió e Arapiraca. Além disso, foram entregues 50 ambulâncias cidadãs e 60 ainda serão entregues.
Foto:O governador Teotonio Vilela e o secretário Herbert Motta, assinaram convênio para reestruturação de unidades de saúde na microrregião./Tercio Cappelo

sexta-feira, outubro 15, 2010

Empenhados recursos para reforma do posto de saúde em Angélica

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (5) o empenho de recursos no valor de R$ 200 mil que vão possibilitar a completa reforma e ampliação da unidade de saúde da Vila Esperança, no município de Angélica. Os recursos são provenientes de uma emenda individual apresentada pelo deputado federal Geraldo Resende (PMDB) junto ao Orçamento-Geral da União de 2010.
Além do empenho dos recursos para a reforma e ampliação da unidade da Vila Esperança, Angélica está sendo beneficiado neste momento com a construção de uma nova unidade de saúde. A unidade está sendo implantada na Praça Central, que fica em frente à avenida Rachid Nader, uma das principais vias do município. As obras foram iniciadas em junho. Para essa obra, foram viabilizados recursos de R$ 200 mil, também provenientes de emenda de Geraldo Resende.
A unidade vai abrigar duas salas de consulta, um consultório odontológico, uma sala de curativo e pequenas emergências, uma sala de multiuso, uma sala de imunização, uma sala de administração, banheiros masculino e feminino, sala de esterilização, copa/cozinha, banheiros para funcionários; deposito de material de limpeza com área de serviço; arquivo e recepção.
De acordo com o secretário municipal de Saúde de Angélica, Adaildo Cabral, a ampliação do programa ESF (Estratégia Saúde da Família) no município resulta em mais saúde para a população, já que as unidades básicas são os principais locais de atuação das equipes de Saúde da Família, que trabalham em ações de prevenção e reabilitação de doenças e manutenção da saúde nas comunidades.
O secretário salientou ainda que a ampliação da saúde básica em Angélica vai resultar em mais qualidade no atendimento a população. Para o prefeito de Angélica, João Donizeti Cassuci, a reforma do posto de saúde da Vila Esperança e a construção da unidade na Praça Central serão de fundamental importância para ampliação dos serviços de saúde no município, haja vista que a recente a instalação de usinas do setor sucroalcooleiro tem ocasionado um aumento populacional e a procura pelas ações públicas de saúde.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Posto de saúde Carlos Chagas recebe melhorias com recursos próprios

A partir do próximo mês, os moradores do setor 05 poderão contar com a Unidade Básica de Saúde do setor totalmente reformada. As obras realizadas pela prefeitura de Jaru no Posto de Saúde Carlos Chagas tiveram inicio no último dia 02/05, e já apresenta um grande avanço. De acordo com o prefeito de Jaru, Jean Carlos dos Santos (PMDB), há muitos anos o Posto de Saúde Carlos Chagas não recebia nenhuma obra de melhoria ou ampliação. Jean explica ainda que os investimentos que estão sendo realizados no Carlos Chagas fazem parte do projeto de ampliação do atendimento médicos na rede pública de saúde.
Segundo o secretario de Saúde, Iran Cardoso Bilhero, o posto de saúde está sendo beneficiado com reparos na parte elétrica e hidráulica, recuperação do telhado, troca de portas e lâmpadas, recuperação dos banheiros e a pintura de todo prédio. A reforma do posto do Posto de Saúde vai custar cerca de R$ 50 mil reais e serão pagos com recursos próprios do município.
Para garantir o atendimento de qualidade na rede pública de saúde, a prefeitura de Jaru já investiu na aquisição de novos equipamentos, ampliou o atendimento medico, colocou para funcionar o mamógrafo, adquiriu novas ambulâncias e graças ao apoio de senadores e deputados, hoje o município de Jaru tem garantido cerca de R$ 1,2 milhões de reais para compra de novos equipamentos e a reforma e ampliação do hospital municipal.
Fonte: PMJ /
http://www.folhainterior.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4135:posto-de-saude-carlos-chagas-recebe-melhorias-com-recursos-proprios-&catid=1:politica&Itemid=2

quarta-feira, outubro 13, 2010

Faltam medicamentos em postos de saúde

Pacientes hipertensos são os mais prejudicados com a ausência de remédios para controle da pressão arterial
"Estou aqui desde as quatro horas da manhã com vontade de urinar e não consigo, pois os banheiros estão interditados. Aqui falta tudo, remédio, estrutura e respeito", desabafou a doméstica Maria de Lourdes Teixeira. A situação relatada é referente ao Centro de Saúde Paulo Marcelo, localizado na Rua 25 de Março, no Centro de Fortaleza. Mas a situação não se restringe a essa unidade. Outros centros de saúde da atenção primária na Capital sofrem com a falta de estrutura.
Próximo dali, no Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (Cemja), além do captopril (medicamento para pressão arterial), há um mês, os pacientes não encontram omeprazol, indicado para gastrite e refluxo gastroesofágico. Conforme a coordenadora farmacêutica da unidade de saúde, Ana Maria Leite, e a própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a falta de alguns medicamentos está afetando toda a rede de saúde pública do Município.
A dona-de-casa Maria Lucileide Sampaio se deslocou do Centro de Saúde Floresta, no Álvaro Weyne, e foi até o Cemja, no Centro, em busca de medicamento para suas duas irmãs que sofrem de pressão alta. Segundo ela, o medicamento está faltando há mais de um mês. "Não temos condições de comprar esse remédio, por isso tenho de vir aqui no posto. Mas, como está faltando, minhas irmãs vão continuar passando mal. Não sei o que fazer", frisou.
No Centro de Saúde Paulo Marcelo, além da falta de medicamentos, pacientes disseram se sentir incomodados com o desconforto e a falta de infraestrutura. A situação é esta: banheiros quebrados e interditados; ausência de poltronas para os pacientes, que são obrigados a sentar em bancos de cimento; além disso, é preciso aguardar por atendimento num corredor apertado e quente.
Segundo funcionárias do posto de saúde que não quiseram se identificar, apesar do centro de saúde ser referência em vacinação na Capital, a situação é tão grave que, muitas vezes, não há sequer condições de funcionamento. Para a doméstica Waldemira Ribeiro, que mora na Praia de Iracema, o posto é a opção mais próxima para levar a sua filha. "Trago a menina porque é o jeito, mas, às vezes, nem pediatra tem", relatou.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, devido a um atraso no processo de licitação, alguns dos postos de saúde do Município estão sem estoque de certos medicamentos. Conforme a assessoria de imprensa, a SMS já está providenciando a reposição desses produtos, com a normalização do serviço prevista para um prazo de 15 dias.
Reforma
Conforme a chefe do Distrito de Saúde da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Haidêe Diogo de Siqueira, a reforma do Centro de Saúde Paulo Marcelo está prevista para começar nesta semana.
Ela reconhece que algumas áreas do centro não estão adequadas aos padrões da vigilância sanitária, mas promete que tudo será modificado. "Estamos procurando um imóvel no Centro para transferir o atendimento da unidade, pois não será possível o funcionamento do posto durante a reforma".

terça-feira, outubro 12, 2010

Hospitais e postos de saúde da capital estão sem médicos

Publicada: 07/09/2010
Texto: Moema Lopes / Foto: Maria Odilia

Os sergipanos que precisaram de atendimento médico nas unidades de saúde e hospitais de Aracaju no dia de ontem foram penalizados. “Estou com uma dor na perna, fui ao Hospital Municipal Fernando Franco, no Augusto Franco, e disseram que não tinha médico. Só havia um pediatra. De lá, segui para o Posto Sinhazinha, na Adélia Franco, e disseram que uma médica estava de férias e a outra doente. Só achei médico no Nestor Piva, mas lá estava lotado”, reclamou o aposentado Luiz Antônio Souza Santos, de 71 anos de idade.


A dona de casa Ana Maria dos Santos, de 51 anos de idade, também peregrinou no dia de ontem para conseguir atendimento médico. “Já vim encaminhada da unidade de saúde do Augusto Franco para cá. E quando chego aqui tenho que esperar não sei quantas horas”, disse ela, referindo-se ao Hospital Municipal Nestor Piva, localizado na avenida Maranhão. “Aqui disseram que tem dois médicos para atender a gente. Só que já estou esperando desde às 13h30, já são quase 16 horas e até agora nada”, ressaltou.


Além da falta de médicos e do sofrimento, aguardando mais de horas para serem atendidos, alguns pacientes ainda reclamaram do mau atendimento no Nestor Piva. “Estou com um derrame ocular e a enfermeira disse que se eu perder a visão não morro não, que posso esperar porque tem outras pessoas piores do que eu”, reclamou o representante comercial Geraldo Porto, de 60 anos de idade. Ele informou ainda que chegou ao Nestor Piva por volta das 11h30 e que o primeiro médico que prestou atendimento no dia de ontem só chegou à unidade às 15 horas.


“Aqui falta tudo, prefeito, governador, quem dirá médico”, desabafou. A dona de casa Maria das Dores Santos Dantas, de 47 anos de idade, fez questão de chamar a reportagem do JORNAL DA CIDADE para falar de sua situação. “Cheguei aqui às 14 horas, morrendo de dor nas pernas e nas costas, já vai dar 16 horas e ainda não fui atendida. A saúde de nosso Estado está cada vez pior. Sou diabética, tenho pressão alta e chego em uma urgência para sofrer mais desse jeito”, disse.


De acordo com o cobrador de ônibus Raimundo Pinheiro Pereira, de 48 anos de idade, o mau atendimento e a falta de médicos nos hospitais municipais e unidades de saúde de Aracaju são problemas diários. “Isso não é só hoje não. É todo dia. Os nossos governantes não dão valor à Saúde, à Educação e outras coisas que são básicas para o povo viver bem. Só querem saber de cobrar impostos”, reclamou.


Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, José Menezes, não é médico que está faltando em Sergipe. “Só falta médico nas redes públicas”, disse. Segundo ele, no Conselho Regional de Medicina de Sergipe (CRM) tem 3.300 profissionais cadastrados. “O suficiente para atender a população sergipana. Mas o problema está nos gestores, que não oferecerem condições de trabalho e não querem pagar o que a categoria reivindica”, observou.


Somente na rede municipal de Saúde, de acordo com Menezes, o déficit é de 87 médicos para preencher as vagas. “Conseguiram contratar 64, mas eles ainda vão assumir. Mesmo assim, ainda fica um déficit de 23 médicos. Já na rede estadual, nem sei dizer quantos faltam porque os gestores não dizem”, afirmou. Os médicos, segundo ele, formam-se em Sergipe, mas quando aparecem propostas para fazer residência em outros Estados eles aproveitam a oportunidade.


“Eles querem plano de cargos e salários. Mas nessa política dos gestores públicos não vão conseguir. Não adianta nem construírem prédios públicos de saúde porque vão ficar vazios”, acrescentou.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Casos de virose lotam postos de saúde e emergências


Segundo os médicos uma pequena mudança no clima já é suficiente para o aumento de doenças respiratórias.

Ainda não chegou o período chuvoso na Capital, entretanto os postos de saúde e as emergências dos hospitais já estão lotados e a maioria dos casos tem o mesmo diagnóstico: virose. Para se ter uma ideia da situação, somente no Frotinha de Messejana são realizados 300 atendimentos diários de pacientes com problemas respiratórios.
Se comparado a dezembro do ano passado, quando foram realizados em média 150 atendimentos, pode-se constatar que o número de casos dobrou.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologista e Recursos Hídricos (Funceme), a quadra chuvosa começa em fevereiro e segue até maio. Segundo a meteorologista Glaucia Barbieri, janeiro é considerado um mês de pré-estação, época em que os ventos dimunuem e a sensação térmica aumenta, podendo também ocorrer chuvas rápidas na madrugada e no período da manhã.
Para a pediatra Patrícia Sampaio, coordenadora da Emergência do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), essa mudança climática já é suficiente para aumentar os casos de virose e outras doenças respiratórias. Em janeiro do ano passado, a unidade realizou 914 atendimentos em pacientes com doenças respiratórias, destes, 514 casos eram de virose. Este ano, somente nos oito primeiros dias do mês já foram 175 crianças atendidas apresentando os sintomas da doença.
A dona-de-casa Ana Paula Ferreira, esperava por atendimento para os dois filhos pequenos no HIAS. Os meninos estavam com dores de cabeça, febre e vômito. Segundo ela, por duas vezes havia tentado assistência na unidade, mas devido a superlotação teve que voltar para casa. A mulher conta que chegou a ir a um posto de saúde próximo a sua casa, no Bairro Vila União, mas o médico só passou remédio para febre e não pediu nenhum exame. De acordo com a coordenadora da Emergência do HIAS, a superlotação é comum na unidade e está associada a dificuldade de atendimento nos postos de saúde. “As unidades básicas de saúde não atendem a grande demanda e encaminham para os hospitais secundários que deveriam cuidar dos casos de emergência”, frisa.
Superlotação

Diante do aumento no número de casos de virose, os hospitais secundários estão enfrentando problemas no atendimento. No Frotinha de Messejana são realizados 900 atendimentos diários, desde grandes traumas até gripe. Mas, este mês, segundo a enfermeira Dalvani Bastos, coordenadora da Classificação de Risco na unidade, o número de casos de doenças respiratórias está acima do normal.
Para piorar ainda mais a situação, o hospital só conta com dois clínicos gerais e dois pediatras em casa período do dia. Os médicos se revezam entre os atendimentos nos ambulatórios e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cuidando dos casos mais graves.
O cortador de castanha, Francisco de Assis da Silva conta que chegou ao hospital por volta das 7 horas com o filho de 12 anos a procura por atendimento e após cinco horas de espera, o menino ainda não havia sequer sido medicado. Há três dias a criança não come direito e apresenta sintomas como febre, tosse, dores no corpo e diarreia.
Silva disse que tentou atendimento em postos de saúde, mas diante do quadro do filho foi encaminhado para o Frotinha de Messejana. “Meu filho está sentado em um banco duro a horas em jejum sentindo dores à espera por atendimento, isso é um desrespeito ao ser humano”, reclamou o pai aflito.
Atendimento
Município promete convocar 126 médicos

De acordo com o secretário interino de Saúde do Município, Reginaldo Alves, para reverter o quadro de falta de médicos, serão convocados ainda no primeiro semestre 126 médicos que passaram no concurso realizado pela prefeitura de Fortaleza no ano passado. Ainda segundo ele, a demora na contratação dos médicos é devido a necessidade da aprovação dos novos cargos pela Câmara Municipal.
Ele ressalta que ainda este ano serão criados 350 novos cargos de médicos para hospitais de atendimento secundários e terciários.
Enquanto o Município não faz a convocação, a população sofre com a demora no atendimento. O motoboy Carlos Matias estava há dois com fortes dores abdominais, febre a vômito. Na manhã de ontem, procurou atendimento no Centro de Saúde da Família de Messejana, mas quando chegou na unidade soube que só poderia ser atendido com hora marcada. Ele foi obrigado a pegar um ônibus até o Frotinha de Messejana.
O motoboy é um entre centenas de pacientes que procuram as unidades básicas de saúde, devido ao aumento no número de casos de virose e sem atendimento precisam ir até um hospital secundários.

Karla Camila
Repórter
Foto 1: Pacientes enfrentam maratona de horas para receber atendimento médico.
Foto2:Espera angustiada: somente nos oito primeiros dias deste mês, o Hospital Infantil Albert Sabin atendeu 175 crianças apresentando sintomas de virose, como febre e dores de cabeça, ou problemas respiratórios JOSÉ LEOMAR.

domingo, outubro 10, 2010

Postos de saúde não atendem aos pacientes com dengue

O marceneiro Severino Carneiro de Souza, 50 anos, morador do bairro de Potengi, com sintomas de dengue, procurou a Unidade Básica de Saúde da Redinha e disseram-lhe que não o atenderiam. Decidiu ir para o Hospital Giselda Trigueiro, com esperança de ser atendido. Maria Elionara Sales do Nascimento, 28 anos, que mora na Vila Paraíso, Zona Norte de Natal, tentou marcar consulta pelo tele-atendimento e disseram-lhe que não havia ficha. Insistiu, procurou o posto de saúde e não souberam informar como proceder. O motoqueiro Ivanildo Felipe, 35 anos, decidiu ir direto para o Giselda, pois sabe que os postos encaminham os suspeitos de dengue para o local.
No Hospital Maria Alice Fernandes, A jovem Josefa Rizete, 18 anos, do município de Campo Redondo, estava com seus dois irmãos internados na enfermaria, enquanto sua mãe foi procurar atendimento no Hospital Santa Catarina, também com suspeita de dengue. Valtércia Barbosa de Lima, de 21 anos, do município de Jandaíra veio à Natal com o filho doente, pois no posto da cidade não informaram nada sobre a doença do menino.
Esses são apenas alguns dos muitos casos que se repetem todos os dias nos Hospitais Giselda Trigueiro, localizado no bairro das Quintas, e Maria Alice Fernandes, que fica na Zona Norte. Esses fatos constatam a ineficiência da rede básica de saúde em atender os casos de dengue no estado. Essa situação leva os dois hospitais a estarem sempre lotados e realizarem com dificuldade seus atendimentos.
Severino Carneiro de Souza começou a sentir dores no corpo, na cabeça e febre alta no dia 10 deste mês, num sábado. O marceneiro conta que não há um posto de saúde próximo de onde mora, no bairro de Potengi, e por isso procurou a Unidade Básica da Redinha. No posto, disseram-lhe que alí não atendiam o pessoal do bairro onde mora. Na manhã da terça-feira, 13 de maio, Severino estava na fila de atendimento do Hospital Giselda Trigueiro, no bairro das Quintas. Mesmo esperando na fila por cerca de duas horas, Severino afirma que o atendimento no local é melhor.
A jovem Josefa Rizete teve de vir do município de Campo Redondo, no Seridó, para cuidar de seus dois irmãos menores, Silvania Maria, de 9 anos, e Vasco Neto, de 8 anos. Sua mãe, Maria Paulina, de 48 anos, que veio no fim de semana passado com as crianças à Natal, teve de ir na quinta-feira ao Hospital Santa Catarina, pois também estava doente. As crianças estavam doentes desde o domingo. A menina teve, além da febre alta, sangramento pelo nariz. Ambos foram internados na enfermaria do Hospital Maria Alice Fernandaes, Zona Norte de Natal, e estavam tomando soro fisiológico. Josefa contou que os médicos não lhe disseram por quanto tempo mais seus irmãos permaneceriam internados.
A mãe da Gisley Eduarda, de 6 anos, Maria Elinora Sales do Nascimento, passou 15 dias de muita preocupação por causa da filha doente. No começo deste mês, a menina teve febre por três dias e também estava com a barriga inchada. A criança não conseguia se alimentar direito. Elinora tentou marcar uma consulta pelo tele-atendimento no posto de saúde mais próximo de onde mora, na Vila Paraíso, mas diziam-lhe que as fichas para atendimento tinham acabado.
Angustiada com a situação da filha, decidiu procurar uma clínica particular. A criança foi submetida a exames de sangue e ultra-som. O médico que a atendeu teve de viajar, e orientou a dona-de-casa para procurar logo um atendimento médico, mesmo antes de receber o resultado dos exames. Na segunda-feira, dia 12, ela levou a criança para o Hospital Maria Alice Fernandes.
Maria Elinora disse que chegou com sua filha ao hospital às 10h30 da manhã e só foi atendida por volta de 4h da tarde. ‘‘Ficamos na ala de observação até a noite da quarta-feira, quando nos transferiram para a enfermaria. Aqui é bem melhor. Ela (a criança) diz que gostou da cama’’, revela a dona-de-casa, que acrescentou não ter falado nada ao marido, que é pescador, pois ele estava embarcado. Ela tem medo que o esposo fique preocupado com a filha e acabe causando algum acidente de trabalho. Ainda na quinta-feira, dia 15, a criança recebia soro fisiológico e tinha sua pressão sanguínea frequentemente monitorada.
A dona-de-casa Valtércia Barbosa de Lima também estava com o filho Paulo Erik internado com dengue na enfermaria do Maria Alice, na quinta-feira. Ela mora no município de Jandaíra. Procurou atendimento no posto de saúde da cidade e não lhe disseram nada sobre a doença da criança. ‘‘Deram soro e mandaram volta para casa’’, conta Valtércia. Como a situação não melhorou, procurou o hospital de João Câmara. Daí encaminharam os dois para o Maria Alice.
Valtércia revela que ficou o final de semana passado inteiro no pronto-socorro do hospital, aguardando que o filho fosse levado para a enfermaria. Somente na terça é que o levaram para a ala. Paulo Erik estava com dengue hemorrágica, por isso esperava que a taxa de plaquetas no sangue subissem. A princípio o menino apresentava febre alta e inchaço pelo corpo. Ivanildo Felipe também era um dos que aguardavam na fila de atendimento do Giselda na terça-feira. Os sintomas da doença começaram a surgir naquela madrugada. Ivanildo teve febre, olhos ardendo e dores pelo corpo. O motoqueiro, que mora no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, decidiu ir ao Hospital Giselda Trigueiro logo que amanheceu, pois, segundo ele, sabia que os postos dos bairros encaminham os suspeitos de dengue para o local. Ele entrou na fila de atendimento do ambulatório às nove da manhã, e faltando 5 minutos para as onze, ainda não tinha sido atendido. ‘‘Ainda faltam sete na minha frente’’, conta Ivanildo, visivelmente enfraquecido pela enfermidade.

Paulo de Sousa ESPECIAL PARA O POTI